Capter 08.

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- Hoje é o dia da porra do meu casamento - Thomas se pronunciou, olhando seus irmãos e sócios reunidos na cozinha com um cigarro entre os dedos - Quero dizer que apesar das provocações, pela Madeline, por todas as irmãs dela que chamaram a família e os sócios, nada de briga. Estão me ouvindo? Nada de briga, sem briga hoje - Disse sério - Eu não quero ter que matar ninguém no dia mais feliz da minha vida, e eu também não quero ver minha mulher matar ninguém. Vocês me ouviram porra?

- Sem neve então? - John se pronunciou olhando o irmão

- Sem cocaína - Pegou no colarinho do irmão olhando ele enquanto falava pausadamente - Se os convidados usarem, não se intrometam. Se eu ver algum de vocês com a pupila maior do que deveria ser, eu arrebento vocês. NADA, DE, BRIGA! - Gritou e então o barulho de saltos foram ecoados na cozinha, fazendo todos direcionarem os olhos para a Madeline que estava nervosa

- Que porra vocês estão fazendo aqui? E porque tem três italianos sentados no meu sofá branco tomando champanhe? - Disse brava olhando todos ali, se entreolharam e então correram para dentro para ver o que estava acontecendo. Madeline não perdeu tempo e então pegou a arma em atrás de sua cintura

- Madeline, não. Hoje não amor, por favor - Thomas segurou a mais nova antes que ela pudesse fazer qualquer coisa com o revólver.

- Esses filhos da puta, como eles entraram aqui? - Olhou Thomas nervosa

- Eu não sei, tá legal? Vamos resolver, não vamos estragar esse dia, me de a arma - Disse de forma calma enquanto olhava a esposa, logo estendeu a mão - Amor, por favor, me dá a arma - Madeline ficou olhando Thomas alguns segundos e então se deu por vencida, entregando a arma para ele. O mesmo pegou e então guardou consigo - Escuta, sabíamos que ia ter coisas assim, sabíamos que teríamos provocações, mas me prometa que hoje vai ser o melhor dia das nossas vidas, me prometa que você vai ficar do meu lado o tempo todo.

- Eu prometo - Madeline suspirou, já mais calma. - mas se eles fizerem coisa pior do que nos olhar, você mata eles, três tiros em cada um, me prometa que vai fazer isso.

- Eu te prometo. - Thomas disse confiante e então se aproximou, selando os lábios da mais nova - Vamos, quero ver o que eles estão fazendo.

{...}

       No salão principal, Madeline passava cumprimentando os convidados reconhecendo cada rosto presente. As irmãs convidaram alguns familiares próximos, sócios e amigos em comum entre os Shelby. Arthur fez questão de ir falar com os italianos, por pura provocação, Ágatha quis matar ele nesse momento.

- Achei que não queria mais um Shelby na família, irmãzinha - Lilian tirou sarro de Madeline, que apenas cerrou os olhos olhando a irmã.

- Fique quieta, Lilian. Daqui a pouco você paga sua língua com um filho na sua barriga, aí teremos mais dois Shelbys na família - Madeline respondeu a altura, também rindo.

- Tia Ada veio? - Olhou uma senhora andando para lá e para cá observando as pessoas com nojo

- A velha está inteira, hm? E pelo visto o ego gigante continua inteiro também - A noiva tirou sarro. Ada era conhecida na familia das noivas como a matriarca, as irmãs perderam os pais ainda novas e acabaram sendo criadas pela tia.

- Mamãe deve estar se remexendo no túmulo vendo com quem nos casamos - Ágatha tirou sarro

- Ágatha, pare de fazer piada com defunto. - Madeline repreendeu ela

- O que? É apenas a verdade! - A mais velha riu ainda observando sua tia. - Papai não ligaria, sempre gostou de se envolver com negócios. Ele não se importaria com nossa felicidade, e sim com as ações.

- Nisso você tem razão - Madeline sorriu assentindo com a cabeça. A mais nova observou Thomas se aproximando enquanto arrumava o botão de seu terno.

- E então? - Mad olhou ele, logo depois olhando a festa

- Estou a ponto de matar Arthur. Ele não para de fazer piada com a cara deles - Bebeu um gole de seu whisky

- Pare com isso, amor. - Mad bufou pegando o copo dele e então colocando na mesa ao seu lado- Escute, se fez eu prometer que não iria matar ou brigar com ninguém hoje, então eu quero que você pare de se importar com coisas fúteis e aproveite nosso dia - Pegou ele pelo braço, fazendo o mesmo se aproximar mais de si e então enrolou os braços em seu pescoço.

- Tudo bem, desculpe - Suspirou e então passou o braço pela cintura de Madeline. A mesma se aproximou e selou os lábios do mais velho

- Quero te apresentar uma pessoa. - A garota então segurou na mão de Thomas e se aproximou de Ada, sua tia. - Olá tia, como está? Fico feliz que tenha vindo, quero te apresentar meu marido, Thomas. Tom, essa é Ada, minha tia. Fomos criadas por ela - Sorriu gentil

- É um prazer conhecer a senhora - Thomas manteve sua expressão séria, e então apenas aproximou a mão para um aperto.

- Então se casou com um Shelby? Tenho tanta dó de você, querida. - Ada disse olhando Thomas de cima abaixo - Imaginei isso iria muito além de negócios. Três moças solteiras e bem-sucedidas sozinhas, isso agrada os peaky blinders.

- O que a senhora está querendo insinuar com isso? - Thomas deve seu maxilar trincado, encarando a mulher em sua frente - Nunca ouvi sequer o nome da senhora, então imagino que não tenha nenhuma autoridade para falar sobre mim ou minha família.

- Ada, já está soltando seu veneno? - Ágatha se meteu na conversa, atraindo o olhar da tia

- Desculpe, Ada. Mas acho que você é a última pessoa que deve se intrometer nos nossos assuntos pessoais. Passou a vida casada com um militar que te dava o básico e você achava pouco, não satisfeita o matou e ficou com toda a fortuna dele - Madeline jogou as palavras na cara dela, a olhando com nojo - A única que deve ter dó aqui, sou eu da sua pessoa. - Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Thomas segurou a mão de Madeline mais forte indicando para se acalmar,"sem brigas hoje" ecoou pela cabeça da mais nova.

- Com licença - Ada só conseguiu dizer aquilo, e então se retirou do recinto.

- Você colocou a velha no lugar - Ágatha riu arrancando também uma risada de Madeline

{...}

       A festa aconteceu como os planos de Thomas, não tiveram brigas e nem nada do que ele tinha abominado para seus irmãos. Os italianos não fizeram nada por Arthur fez questão de ficar na cola deles durante a maioria da festa, as vezes vinha verificar Ágatha. John e Lilian se comportaram como deveriam, não passaram de alguns cigarros e whisky. No final, restaram apenas as seis pessoas no salão, se passavam das 04:00 da amanhã. Madeline e Thomas agora tinham uma aliança dourada em seus dedos e dividiam um último cigarro juntos.

- Você viu, amor? Coloquei aqueles filhos da puta no devido lugar deles - Arthur se gabou deixando um beijo na bochecha de sua mulher, que apenas o olhou

- Aham, se importou tanto com os velhotes que esqueceu da sua esposa a festa toda - Ágatha disse enquanto ascendia o último cigarro do dia - Da próxima compramos coleiras e você coloca neles, assim aproveita mais a festa comigo - Arrancou risada de todos, inclusive de Thomas e Madeline que estavam aconchegados no sofá.

- Estou orgulhosa, meninos. Não mataram ninguém hoje, dignos de um prêmio - Madeline disse enquanto acariciava os cabelos de seu marido que descansava a cabeça em seu peito.

- Vontade não me faltou, mas respeitamos o dia de vocês - John disse meio alterado por causa da bebida.

- O mesmo - Arthur disse também.

- Obrigada meninos - Madeline sorriu.

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