Corte De Maldições E Profecias

2. 5 "Um nome tem poder, e é preciso tomar cuidado ao dizer"

*NARRADOR*

- A Matriarca? - pergunta Elain confusa

- Au, não me conhece, uau isso atingiu mais meu ego do que eu esperava - ela parece realmente ofendida.

- A líder do filhos do amanhecer, aquela com o poder da criação - responde Astéria em um sussurro, imediatamente a ruiva bate palmas e dá alguns pulinhos de alegria

- Ah, você já é a minha favorita - diz a mulher - e sobre o poder da criação, não se iluda criança, não sou só alguém que apenas cria, tenho muitas outras habilidades- diz em uma voz ameaçadora

- Matriarca, o que quer conosco? - pergunta Elain incerta

- Primeiro, odeio esse título, e entre meus infinitos e ridículos nomes, podem me chamar de - ela parece pensar um pouco - bom, como preso a sinceridade, me chamem pelo meu nome de batismo, Lilith - o nome ressoa pelo local onde elas estão, e sem nem notar elas dão um passo para trás ao ouvir o nome da mulher, e ela apenas ri - e segundo, queria conhecê-las, e lhes propor um acordo. Vocês estão atrás do livro do Destino...

- Livro do destino? - Astéria a interrompe - quer dizer, Livro do Caos

- Isso - ela sorri para Astéria - por isso é minha favorita, há tantos livros por aí que me confundo, enfim, sei que estão atrás desse em específico, e olha que surpresa eu também, e vocês são muito fortes, já conseguiram vencer meus soldados mais de uma vez, então minha proposta é, se entreguem e entreguem o livro, e prometo que não sofrerão - ela faz uma pausa - tanto, desculpe meio que vai ser um pouco doloroso todo o processo mas, confio que que fortes o bastante para isso, então temos um acordo? - ela diz sorrindo, e dessa vez é a vez de Astéria rir

- Não, você mesma disse, derrotamos seus soldados mais de uma vez, além do mais, você sabe que não vai vencer, por isso nós trouxe pra cá , tentando nos amedrontar, estou certa? - diz Asteria desafiando a ruiva, se aproximando dela, e a todo momento a mulher sorri ainda mais

- Ah, finalmente oponentes a altura - ela gargalha mais uma vez - séculos de tédio, e agora vocês, estou tão feliz que você não tem ideia, não, não está certa, estou lhe proponho o acordo porque queria ajudá-las, deixar as coisas mais fáceis, mas se recusam a sair do meu caminho, então sofrerão as consequências - sua voz perde a diversão - porque nada e nem ninguém fará com que eu não conclua meu objetivo.

Elain e Asteria a encaram, a determinação, a convicção dessa mulher, só isso já é amedrontador.

- Bom, já tivemos nossas apresentações, e como ambas já aterrorizaram meus soldados acho justo fazer o mesmo, uma pequena curiosidade sobre mim, preservo muito a justiça - Elain e Astéria acharam isso extremamente irônico - Você- disse apontando para Astéria - disse algo sobre amedronta-las, mas não faz ideia do que é mesmo o medo que posso lhes causar.

Os olhos de Lilith parecem brilhar, e ambas ficam hipinotizadas pela mulher, ficam paralisadas enquanto ela se aproxima, Lilith vai até Elain e beija levemente seus lábios fazendo assim a garota sumir. Quando se dirige a Asteria, Lilith tem um brilho dos olhos, um sorriso nos lábios

- Experimente uma gota do meu poder criança- é a última coisa que Astéria escuta antes de sentir os lábios de Lilith.

E enquanto Asteria e Elain entram em um espaço de pura dor e terror, de onde dificilmente sairão sozinhas, em algum lugar em Montsere, em um grande castelo, uma risada cruel e divertida pode ser ouvida pelos criados.

- Acho que encontrei finalmente alguém poderoso o bastante pra mim, duas na verdade - diz Lilith sentada em um sofá, olhando o horizonte pela janela enquanto come seus amados chocolates - estou até falando sozinha, diabos desse jeito pareço maluca - e ela gargalha mais uma vez com a ironia de suas últimas palavras.