Capítulo 18- Ainda tem que significar algo

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Malu

Quando vir que o corredor dos quartos estava vazio quase sorri pera mim mesma; senti uma agitação com o vazio oco que me rondava.

Bati na porta do quarto de Matteo e ele não demorou para aparecer, curvou a cabeça provavelmente satisfeito por não ter demorado.

Matteo me guiou pelos corredores e uma brisa suave com cheiro de rosas passava pelas janelas levemente abertas e acariciava meu rosto.

O luar banhava os azulejos do saguão da entrada principal. Segui seus passos sem dizer uma palavra, estava ocupada com meus pensamentos para decidir provocá-lo agora.

Matteo está estranho dês de mais cedo, não reagiu a minhas pirraças da maneira de sempre.

Passamos pelo hall do hotel sem fazer quaisquer barulho. Seus pés quase derraparam no momento que cruzamos o corredor de saída mas seguiu adiante

Observei seus ombros tensos cobertos pelo blaser de seu terno e uma camisa social branca seu maxilar estava travado. Ele parecia chateado, diria intrigado, talvez estressado.

Caminhou a minha frente com as mãos no bolso e chegamos ao estacionamento pela saída do prédio

—Aonde vamos?—Questionei por ser quase dez da noite e ele ter me mandado uma mensagem me convocando.

—Tomar um iogurte.

Ele acabou de ser grosso comigo?
Caramba.

—O que eu te fiz? Olha eu tenho sentimentos, Okay? Não pode simplesmente ser ignorante comigo—Fiz bico me aproximando

—Olha Malu...eu não estou com um pingo de paciência pra aturar a suas gracinhas, ou você decide ser profissional ou saia da minha frente.

Quase gargalhei por sua expressão entediada e mexi meus pés em mais um passo, levei minhas mãos a sua gravata o provocando. Ele me encarou feio

—Para alguém com o coração de pedra, o seu certamente anda molenga amorzinho.

Ele tirou minhas mãos de sua gravata e lançou um de seus olhares mortais, poxa...eu gosto de mexer em suas gravatas.

—Eu vou te pedir uma única vez, Okay? Me.deixe.em.paz—Sibilou

—Okay, Okay...

Ele me encarou aliviado

—Amorzinho

—Porra garota!—Quase gritou

—O que você tem?

—Não é de sua conta! viemos aqui pra trabalhar não para nos abrirmos um com o outro. Se fosse pra isso eu procuraria um psicólogo não um traficante.

Mas o que diabos esse homem tem?

—Tudo bem—Resolvi não insistir...por enquanto.

Entrei no seu carro quando ele pediu sem usar palavras, coloquei o cinto de segurança e suspirei fundo. Espero que dessa vez possamos pegar Marroquín

Matteo apertou com um pouco de força o volante e sua mandíbula estava encadeada, seus olhos pareciam distantes e seus ombros estavam mais tensos

—Me deixe dirigir—Pedir e ele me encarou—Matteo você claramente não está em condições de fazer isso.

Eu poderia deixá-lo em paz? Poderia.
Mas vou? Claro que não.

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