Capítulo 35

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Prontos para um capítulo grandinho? Espero que gostem hein! Temos muitos eventos aqui!

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— Como você escolheu seu nome? – perguntei. — O de drag, eu digo.

Irene franziu os lábios, me maquiando. — Esmeralda é por causa do Corcunda de Notre-Dame da Disney e também é a cor dos meus olhos. Martyn é por causa do Ricky Martin. Amava perfomar Livin' La Vida Loca quando comecei.

— Ícone de música. – murmurei.

— E ela é muito boa nessa perfomance! – Thiago disse, mexendo nos colares da noiva. — Ela vai e dança e faz o lip sync e é muito legal! Ela merecia um prêmio por toda vez que apresenta essa música! Mas, nãoooo, a Missy Thallita ganhou o concurso! Aquilo ali foi comprado certeza!

— Amor... – Irene franziu as sobrancelhas pra ele em tom de censura. Thiago murmurou qualquer coisa parecida com um pedido de desculpas antes de começar a resmungar no que parecia japonês. Irene revirou os olhos e voltou o sorriso para mim. — Precisa de ajuda com um nome?

— Sim. – admiti. — Não sei como escolher.

— Quer que... – ela parou e franziu a testa. — Você quer que eu afine seu nariz? Porque...

— Não! – falei rápido, já cobrindo meu nariz, me inclinei para trás pra me afastar dos pincéis. — Eu gosto do meu nariz.

— Ok. Eu imaginei que talvez você não fosse querer. – sorriu. — A maquiagem drag costuma afinar todos os traços do rosto, mas sei que algumas drags negras não gostam de fazer isso por conta de todo o recorte racial, empoderamento de traços e etc. Acaba podendo ser mesmo meio problemático.

— Amor, me empresta? – Thiago perguntou agora mexendo nos anéis de Esmeralda Martin, olhos brilhantes ao experimentá-los.

— Nem nos seus mais belos sonhos, Iori.

Ela o chamava de Iori com certa frequência pelo que pude perceber. Sempre achei que Thiago escolheu esse nome nas aulas de teatro num ato narcisista já que quando pesquisei um dos significados que me apareceu foi "rapaz bonito." Mas, agora suspeitava que a escolha foi simplesmente porque era o apelido carinhoso pelo qual a noiva o chamava.

— Enfim, o que eu ia dizer... – Irene retomou a fala. — Quer que te batize?

— Ah, eu ia amar!

Ela riu e voltou a passar os pincéis por meu rosto. — Ok, me diz o nome de mulheres que você admira. No teatro, na música, mulheres da sua família ou da sua vida.

— Minha avó. – contei. — Ela tinha um restaurante, é uma ótima cozinheira e é a única que me incentiva no teatro. Ela não curte a ideia de me montar, mas... Enfim. O nome dela é Pauline. Atriz eu gosto da Marylin Monroe, é claro. Gosto muito das músicas da Nina Simone e amava a Whitney Huston quando criança.

— Ok. – pegou um pó e me olhou seriamente. — Esse aqui é presente.

— Como é?

— Apaga da sua mente o pó translúcido. É branco e vai deixar sua pele cinzenta. Pro seu tom de pele, é melhor esse pó bronze ou algum pó amarelo.

Luzes e EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora