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(Maiara)

Fiquei pensando sobre a possibilidade de ter um filho com o Fernando e acabei dormindo. Só acordei no outro dia sentindo um bebê em cima de mim e uma menininha do meu lado, mas continuei com os olhos fechados.

-Pai! A tia Mai não acordou ainda! - Alice falou.

-Tenta de novo! Ela tem que acordar, e nada melhor do que acordar com os dois anjinhos mais lindos do mundo! - ele falou e eu tive que me segurar pra não sorrir.

-Mamãe! 'Coda! (Acorda) - Miguel falou ao mesmo tempo em que me abraçava e eu abri os olhos.

-Bom dia amores da minha vida! - sorri e dei um beijo em cada um.

-E eu não ganho beijo não? - meu namorado perguntou fazendo bico e eu ri.

-Claro que ganha vida! - dei um selinho nele e percebi que a nossa princesinha fechou os olhos, ao mesmo tempo em que tampava com a mão, a visão do nosso menino.

-Isso mesmo! Vocês não tem idade pra ver essas coisas! - Fernando falou e eu segurei o riso.

-Um dia eles vão beijar, e fazer outras coisas também... - falei me levantando e vi ele me olhar bravo.

-Um dia muito distante! - ele rebateu.

Nossa manhã seguiu assim, nesse clima gostoso, cheia de risadas e com o carinho dos nossos filhos. Quando deu a hora nós nos arrumamos e fomos pra produtora trabalhar.

Horas depois:

Tava distraída resolvendo os compromissos da semana do meu chefinho e tentando achar um dia pra gente sair pra jantar, quando vejo a puta da recepcionista vindo na minha direção.

-Bom dia Maiara... - ela falou cínica e abriu um sorriso.

-Bom dia Júlia! - forcei um sorriso.

-Eu te avisei, mas você não quis me ouvir! 

-Não entendi, do que você tá falando?

-Não se faz de tonta! Eu sei que você e o Fernando terminaram, as notícias correm rápido...

-Ah, é sobre isso que você tá falando? - perguntei e ela assentiu - A gente teve uma discussão e decidimos terminar! - menti, porque eu não vou contar pra ela que a gente já voltou.

-Bom saber... Agora o caminho tá livre pra mim... - ela falou e saiu andando, mas eu consegui alcançar ela.

-Escuta aqui Júlia! - puxei o braço dela - Se eu fosse você parava de ser uma vadia pra tentar conseguir ficar rica, e lutava pelo seus próprios objetivos!

-Eu não te devo satisfações da minha vida!

-Não deve mesmo, e eu nem quero ouvir o que uma puta tem a dizer! - soltei o braço dela e saí andando.

-PUTA É VOCÊ, RUIVA IDIOTA! - ela rebateu e eu só abri um sorriso.

-O que vem debaixo não me afeta, querida!

-VAI SE FODER SECRETÁRIAZINHA DO CARALHO!

-Eu vou mesmo, vou pedir pro Fernando me foder! - dei uma piscadinha pra ela, e vi ela ficar ainda mais puta.

-AH MAS VOCÊ NÃO VAI MESMO! - ela me puxou pelo braço - FILHA DA PUTA! DESGRAÇADA! - ela agarrou o meu cabelo e começou a puxar, mas eu fui rápida e agarrei o dela também.

-O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI?! - meu namorado chegou gritando e ela me soltou na hora.

-Foi essa puta que você contratou! Ela que me provocou e depois começou essa briga! - ela falou com cara de coitadinha, e eu fechei a mão de raiva.

-Não Júlia, eu sei muito bem que foi você que começou essa briga! - ele rebateu.

-Mas...

-Não tem nada de mas! Volta pro seu trabalho agora! - Fernando pediu apontando pra porta e ela saiu sem falar mais nada - Tá tudo bem amor? Ela te machucou? - ele perguntou passando a mão no meu rosto e eu sorri.

-Tá tudo bem, ela só puxou o meu cabelo e agarrou meu braço... - olhei pra marca vermelha no meu braço.

-Desculpa por te fazer passar por isso! Eu juro que demito ela amanhã!

-Não precisa! Eu não quero que demita uma funcionária, só por minha causa!

-Mas eu quero demitir! E além disso ela não faz porra nenhuma, só fica fofocando o dia inteiro! - ele falou e eu ri.

-É verdade... Mas esquece isso, depois a gente resolve! 

-Tudo bem... - ele me deu um beijo na testa - Arruma suas coisas, eu vou te levar pra casa...

-Que? Mas por quê? - perguntei sem entender nada.

-Porque você merece uma folga depois do que aconteceu aqui! - ele chegou mais perto de mim - E porque eu quero que você arrume suas coisas, pra ir pra minha casa logo!

-Tá bom! - revirei os olhos - Obrigada por me defender amor! - dei um selinho nele.

-Não precisa agradecer vida!

Júlia se deu mal dessa vez...

Depois da TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora