𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟹𝟿

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Amélia Montgomery

Minha respiração estava ofegante, estou correndo a um bom tempo, corri tanto que até cheguei no que parecia ser uma pequena cidade, e mesmo assim ainda não consegui despistar os zombies que estavam atrás de mim, na verdade parecia que a horda só crescia.

Já não aguentava mais, e ainda para piorar minha situação estava chovendo, eu precisava parar em algum lugar para tentar recuperar o folego. Aproveitei que a horda estava longe e me apoiei em um muro, que eu acho que era de uma escola, e tentei regular minha respiração.

Fiquei ali alguns segundos só respirando fundo, sentindo chuva escorrer pelo rosto, e encharcar ainda mais minhas roupas.

- Amy!

Me virei assustada, com minha faca em mãos para ver quem estava ali.

- Eí sou eu! Sou eu! - Carl disse me fazendo abaixar a faca.

- Quer me matar do coração, o que está fazendo...

Minha frase foi interrompida, quando o mesmo tapou minha boca com sua mão para eu ficar quieta.

- Shiu! No meio dessa horda que está te seguindo tem alguns sussurradores, por isso você não consegue despista-la. Essas pessoas são perigosas, lutei com uma delas na floresta, temos que sair daqui, e em silencio. - sussurou, só consegui ouvir o que ele dizia porque estávamos muito perto.

Tirei a mão dele da minha boca, e o olhei no olho por alguns segundos antes que o mesmo segurasse a minha mão e me tirasse de lá.

Viramos varias ruas, para que os sussuradores não nos encotrassem. Mas não podiamos fazer isso para sempre, ainda mais com essa chuva forte. Achamos uma casa pequena, que milagrosamente estava em um bom estado, e daria para nos escondermos, o problema era que a mesma estava trancada.

Bati o cabo da minha faca duas vezes na porta, para verificar se não tinha nenhum zombie. Como não ouvi nada, enrolei minha mão na manga da minha blusa, e quebrei a janelinha que ficava na mesma, enfiei minha mão lá e abri a porta por dentro. Não aguentava mais, ficar nessa chuva congelante.

Assim que entramos, arrastamos o sofá da casa e o colocamos na frente da porta, para garantir que ninguém entrasse.

- Vou checar lá em cima! - Carl avisou antes de subir as escadas.

Eu fui checar o andar de baixo. Na cozinha achei três latinhas de sopa e uma garrafa de vodka, fora isso nada demais, nenhum zombie e mais nenhum tipo de suprimento ou arma. 

- Achou alguma coisa? - perguntei ao Carl assim que ele retornou para o andar de baixo.

- Um homem e uma mulher, ambos trasformados, aparentemente a um bom tempo! Também peguei algumas roupas que achei lá em cima. - o olhei confusa, quando ele as me entregou - Você vai ficar doente se não tirar essa roupa molhada. - explicou.

- Obrigada - sorri sem mostrar os dentes - Vou me trocar lá em cima.

[...]

A blusa que o Carl tinha achado ficou meio grande, mas era bem melhor do que ficar com a minha roupa que estava encharcada.

Voltei para a sala, e me sentei no sofá ao lado do Grimes, que também já estava com roupas secas.

FIRST LOVE | 𝑐𝑎𝑟𝑙 𝑔𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠 (pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora