capítulo 1

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Megan narrando...

3 horas antes

Peter: para onde você pensa que vai assim vestida? - ele se aproxima de mim completamente bêbado e drogado.

Megan: vou ao mercado. Preciso fazer o jantar.- falo com medo, porém sem transparecer.

Ele sorriu para mim e se aproximou.

Peter: prefiro jantar outra coisa, donzela. - ele acaricia o meu cabelo, e logo a seguir o nojo e a repulsa são evidentes no meu olhar. - o que foi? Não faça essa cara, donzela. Vais ter de me satisfazer aqui e agora. Eu sou teu marido! - falou alterado enquanto eu começava a chorar por saber o que vinha a seguir.

Megan: por favor, Peter. Você não está bem, melhor ... Melhor esperarmos amanhã para...- tento acalma-lo, mas ele me corta.

Eu senti a ardência da bofetada forte que ele desferiu no meu rosto. Caí de bunda no chão. Ele se aproximou e começou mais uma sessão de porrada como todos os dias acontecia quando ele chegava bêbado e drogado em casa. Lutei o quanto pude, ele parecia estar possuído. Quando fiquei quase inconsciente a ponto de desmaiar, o senti cair do meu lado direito e vi a minha salvação.  Chloé Morris, minha vizinha e melhor amiga tinha o acertado com uma garrafa de whisky.

A ruiva entrou desesperada para me ajudar. Eu quis agradecer, mas uma dor forte tomou conta de mim. Rapidamente a Chloé me ajudou a levantar, e com ajuda de mais dois homens me levaram até o carro dela e de lá para o hospital.

Sou casada com Peter Lanzani, um homem negro de estatura média que desde o momento que me trouxe para morar aqui em South LA, tem feito da minha vida um inferno. Ele me bate, me obriga a ter sexo, e nunca, mas nunca me deixa trabalhar. Soube há alguns meses que ele usa drogas e as vende. Ele faz parte do quartel de drogas bem mais sucedido daqui. Não sei quem são, mas eu tenho muito medo do que me vai acontecer a mim, ou a minha amiga Chloé.

Assim que cheguei ao hospital, fui levada para a emergência. A dor que eu sentia no baixo ventre era insuportável. Eu estava na maca do hospital, a ser levada para um quarto com certeza, quando senti algo quente entre as minhas pernas. Eu não conseguia dizer mais nada, me deixei levar e acho que acabei desmaiando.

(...)

Agora

Acordo num quarto branco, com máquinas ligadas ao meu braço. De imediato percebo que ainda estou no hospital. Tento me sentar, mas o meu corpo todo dói devido aos ferimentos, hematomas e inchaços que eu vejo no braço e no resto do corpo. Ao olhar para isso, começo a chorar. Choro baixinho, pois foi assim que me acostumei. O Peter nunca gostou de me ouvir chorar, ele sempre disse que se eu for chorar, devo fazê-lo em silêncio. A seguir vejo um homem jovem ruivo, alto, branco, de boa aparência e postura entrar. Noto que é o médico pelo crachá no seu jaleco branco. A seguir a ele entra uma jovem mulher asiática, que penso ser a enfermeira. Por um instante esqueci os ferimentos quando vi o homem que me deixou sem ar. Ele tem uns olhos encantadores. Olhos claros, e uns lábios perfeitos.

Meg você está na cama de um hospital, comporta-te. - o meu subconsciente dizia para deixar de o reparar, mas era impossível. Ele é um verdadeiro deus Grego. Que homem, meu Deus!

Médico: senhora, está a ouvir? - ele põe as mãos enfrente ao meu rosto para me despertar. Só então percebo que eu estava o observando sem dizer nada.

Amor e perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora