CAPÍTULO 4

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Hanma estava mais lindo do que eu me lembrava e enquanto servia as mesas eu me pegava olhando em sua direção e ele sorria e acenava com a cabeça para mim, até que deu a hora de eu ir embora e fui até onde ele estava sentado.

- Estou indo embora. - Falei e Hanma se levantou.

- To indo nessa, Kazutora. - Hanma de despediu do menor que me olhou estranho.

Eu sai na frente mas podia notar Hanma atrás de mim. Assim que saímos do lado de fora senti o vendo frio no meu rosto, estava fazendo bastante frio esses dias, então eu dei uma encolhida e ajeitei minha blusa.

- Você está do que? - Ele perguntou.

- Vou de táxi. - Falei.

- Eu te levo então. - Fiquei olhando para ele que veio até mim passando um braço pela minha cintura né guiando até seu carro.

- Hanma, a gente pode conversar aqui mesmo. - Falei parando de andar.

- Eu vou te levar para casa. - ele falou firme e me assustou um pouco e ele percebeu. - Desculpa, só entra, eu quero conversar com você.

Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Ficamos em silêncio por alguns minutos até Hanma quebrar o silêncio.

- Por que esta trabalhando em um lugar desses? - Ele falou ainda focado na direção.

- Por que quer saber? Não te devo nada. - Falei irritada, eu estava brava com Hanma fazia 10 anos ele sumiu e agora ele volta do nada. Ele tirou o olhar da estrada me encarando sério.

- Aquilo não combina com você. - Ele falou voltando a atenção na estrada.

- Eu só preciso de dinheiro. - Falei.

- Seu pai não te ajuda? - ele perguntou.

- Ajuda sim, mas não quero depender dele, quero comprar um apartamento, uma carro e terminar de pagar minha faculdade sem pedir ajuda para ninguém. - falei olhando pela janela já estava quase chorando. - Agora me fala Hanma, por que foi embora e nem se despediu de mim? Por que me deixou Hanma? - Com essas perguntas meu rosto molhou em lágrimas.

- É complicado S/n.- Ele falou sério.

- Por que Hanma? - Insisti.

- Eram caminhos diferentes S/n, eu não podia continua sendo seu amigo eu ia acabar colocando você em risco. - Ele falava sem tirar os olhos da direção, nesse momento percebi que o caminho não era o da minha casa.

- Onde você está me levando? - perguntei um pouco assusta, por mas que era Hanma eu não o conhecia mais então um medo correu pelo meu corpo.

- Vou te levar para minha casa. - Ele falou simples.

- Por que? - O olhei assustada.

- Eu estou com saudades de você, só isso. - Ele falou e apertou o volante levemente.

Eu fiquei quieta depois disso.
Alguns minutos depois ele entrou em um estacionamento de um dos prédios mais caros da cidade.
Ele desceu e abriu a porta do carro para mim, entramos em um elevador e ele apertou o botão para a cobertura. Assim que entramos eu fiquei de boca aberta, nem dava para disfarçar.
O apartamento era enorme, seu móveis chiques eram pretos, as paredes eram escuras também o que deixa o apartamento bem escuro, mas isso combinava com ele, as janelas iam do chão ao teto com cortinas do mesmo tamanho e escuras também, o sofá era enorme, tinha poltronas e um puff, uma mesinha de centro, em um canto tinha uma mesa de jantar grande e ao fundo uma ilha com bancos e a cozinha, ao lado tinha uma escada que devia levar aos quartos e escritório.

- Gostou? - Ouvi Hanma perguntar me fazendo voltar em si perceber que eu estava reparando demais.

- Desculpa. - Ele riu. - É bem grande aqui né.

- Se quer saber se eu moro sozinho a resposta é sim. - Ele falou indo até o aparador que tinha uma garrafa com bebida dentro, deveria ser Whisky.

- Porque eu ia querer saber se você mora sozinho, não faz diferença para mim. - Falei indiferente.

- Nossa, doeu. - Ele fingiu ficar ofendido e riu. - Quer beber?

- Não. - falei me sentando no sofá. - Hanma?

- Eu. - falou se sentando ao meu lado.

- Me fala a verdade, porque me deixou? - me virei para ele.

- Já falei S/n, é perigoso você está perto de mim. - ele falou.

- Então porque me trouxe aqui, porque não continuou longe, você tem ideia do quanto eu senti sua falta. Agora você reaparece me dizendo que estava com saudades. -falei chorando e dando tapas no braço dele.- Hanma, são 10 anos e não 10 dias, você quebrou nossa promessa. - Falei e tentei me levantar, mas ele segurou meu braço e me puxou para um abraço. - Eu não sabia se você estava vivo, você não tem ideia de como eu fiquei mal Hanma.

- Desculpa. - Ele falou baixo enquanto me abraçava e eu o abracei de volta.

Ficamos ali por um tempo apenas sentindo um ao outro, as vezes Hanma dava um beijo no topo da minha cabeça.

- Esta com fome? - Ele perguntou.

- Não. - Falei e ele se levantou indo até a cozinha, eu estava cansada então deitei no sofá onde dava para vê-lo fazendo alguma coisa para ele comer, mas sem perceber eu acabei dormindo.

No outro dia acordei assustada, minha vida é muito corrida então quando eu durmo ninguém me acorda, eu ia acordar somente no outro dia. Eu estava deitada em uma cama, Hanma deitado do meu lado eu ergui o edredom que cobria a gente e ufa eu estava com a mesma roupa ainda, a única coisa que Hanma tinha tirado eram meus sapatos.

Me levantei devagar para procurar meu celular, pois não podia me atrasar para a faculdade, mas assim que levantei Hanma se mexeu na cama virando para mim.

- Onde tá indo? - falou sonolento e caramba aquilo deixa ele ainda mais sexy do que já é, ele se sentou na cama e esfregou os olhos.

- Eu preciso ir para casa. - Falei.

- Agora? - ele perguntou e eu balancei a cabeça que sim.

- Tenho que ir para a faculdade. - falei e ele se levantou indo até o banheiro.

- Você acabou dormindo no sofá, tentei te acordar mas você estava bem cansada. - Ele falou e escutei o chuveiro ligar e depois de um tempo voltou para o quarto com uma toalha na cintura somente. - Você está se desgastando demais S/n, por que não larga aquele serviço de garçonete?

Ele falava mas eu não entendia, meus olhos estavam presos em seu abdômen perfeitamente definido.

- S/n.... S/n.- Me chacoalhou me fazendo voltar em si, ele estava parado na minha frente. - Você tá se sentindo bem?

- H-Hm, é, sim, to bem. - Sai do quarto indo até a sala para procurar meu celular, porque se eu ficasse mais um minuto com Hanma daquele jeito eu ia acabar fazendo alguma coisa que ia me arrepender depois.

Hanma desceu as escadas usando uma calça jeans preta justa e uma camisa branca.

- Você pode me levar em casa? - perguntei.

- Sim, toma café comigo antes? - ele falou e concordei.

Hanma sempre gostou de cozinhar, ele sempre fazia comidas para a gente quando meus pais estavam trabalhando.
Ele fez torrada, ovos mexidos e café.

- Papai sente falta de você. - Falei. - Você era como um filho para ele, assim como para minha mãe, eles sempre me perguntam de você, mesmo eu falando que a gente não se via mais. - Hanma abaixou a cabeça.

- Eu também sinto falta deles e principalmente de você S/n. - Ele falou baixo. - Eu quero te pedir uma coisa.

- O que? - perguntei confusa.

- Eu quero que você saia daquela boate. - Ele falou sério e eu engasguei com meu café.

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Hanma ShujiOnde histórias criam vida. Descubra agora