Momo encarava o teto enquanto fazia um carinho nas costas de Dahyun. A Hirai não conseguia não pensar em Jisub, ele desapareceu. Estava tudo tranquilo demais, Jennie não deu as caras desde que Suga foi preso no dia em que tentaram sequestrar Dahyun. Momo não poderia negar que estava gostando dessa tranquilidade, impedia pequenos furtos, salvava crianças que estavam prestes a sofrer bullying, resgatava gatinhos em árvores. Estava tudo perfeito, perfeito até demais.
[...]
— O Taecyeon ainda não foi para a casa da sua namorada? Não vamos colocar o plano em prática nunca? — Taehyung falou ao encarar Momo.
— Tae tem razão. Ele ainda não foi? — Tzuyu a olhou. Momo engoliu em seco.
— Na verdade... eu acho que devemos pensar um pouco.
— Pensar? — A taiwanesa a encarou de olhos cerrados.
— Eu falei com ele, tá legal? Ele não é uma má pessoa... e está me ajudando.
— Você o que? — Tzuyu se levantou, assustando a japonesa — E por que escondeu isso de nós?
— Eu queria ter certeza de que ele era realmente confiável.
— E ele é? — Taehyung perguntou. Momo assentiu.
— Tanto que me passou informações das cargas que o Jisub recebe, que Suga sempre buscava e que fala com Jisub por telefone — Tzuyu e Taehyung se entre olharam.
— Tem certeza que confia nele? — A Chou perguntou.
— Sim.
— Em um criminoso? — Taehyung falou. Momo assentiu.
— Ele tem seus motivos... — Momo os encarou.
— Perceberam que está tudo muito calmo? O instituto não dá sinal de vida, Jisub sumiu, Jennie desapareceu... — Taehyung falou. Tzuyu assentiu.
— Momo, conseguiu falar com o Sehun? — A taiwanesa perguntou. Momo negou.
— Não falo com ele desde que o instituto foi roubado, ele deve estar bem ocupado.
— Deve ser isso...
— Acham que devemos nos preocupar com toda essa calmaria? — O rapaz perguntou.
— Eu acho que podemos relaxar por enquanto — Falou Tzuyu — O natal está chegando e acho que devemos aproveitar, vamos ver isso tudo como uma folga.
— Você tem razão — Momo disse se levantando — Vou ver Dahyun. Nos falamos depois? — Os outros dois assentiram.
Momo saiu dali, voando pelos prédios enquanto fazia acrobacias no ar. A japonesa parou na varanda da namorada, esperando ela abrir a porta.
— Caramba! Está congelando aqui fora — Disse enquanto adentrava o quarto.
— Por que veio só com o uniforme? Vai ficar resfriada — Dahyun a repreendeu. Momo tirou a máscara e sorriu. A Kim acabou por sorrir também.
— Queria te perguntar uma coisa.
— O que? — Dahyun sentou-se na cama vendo a outra caminhar e se sentar ao seu lado.
— O natal... pensei em juntar nossas famílias, sabe? Sou só eu e minha mãe a um tempo... é meio deprimente — Soltou um riso. Dahyun sorriu assentindo.
— É uma ótima ideia, meu bem — Deixou um beijo na bochecha da outra. Momo sorriu largamente a puxando para um abraço apertado.
[...]
Tzuyu chegou em casa, tirou o uniforme e tomou um banho quente. Caminhou até seu quarto e se sentou em sua cama suspirando, e então aquilo vem em sua mente pela vigésima vez naquele dia.
*flashback on*
— Quer dançar? — Sana disse alto. Tzuyu assentiu.
Uma música começou a tocar. Sana se levantou e entrelaçou seus dedos a puxando até a pista de dança.
Sana levou suas mãos até a cintura da mais alta, que segurou em seus ombros. Tzuyu estava um pouco perdida, nunca havia dançado sozinha antes, muito menos com alguém.
Tzuyu encontrou os olhos de Sana, a mesma sorria lindamente. A taiwanesa engoliu em seco.— No que está pensando? — Tzuyu perguntou.
— No quão linda você é — A japonesa falou, notando a outra corar violentamente. Riu baixo.
Após mais algumas danças, Tzuyu conseguiu um táxi e seguiram até a casa da mais velha.
Tzuyu caminhou junto dela até a porta. Sana virou-se e sorriu.— Obrigada pela noite. Foi incrível! — Tzuyu sorriu ao ouvi-la.
— Eu que agradeço. Você foi a primeira pessoa que me fez dançar — Riu. Sana a acompanhou.
— Você leva jeito...
As duas trocaram olhares, sem saber muito bem o que fazer. Sana esperava algo da mais nova mas assim que percebeu que a garota não faria nada, desviou o olhar soltando um riso nasalado.
— Melhor eu entrar — Tzuyu concordou. Sana virou-se destrancando a porta, enquanto isso a taiwanesa se xingava mentalmente. Antes da japonesa entrar, a mais nova a puxou.
Trouxe a garota para perto e juntou seus lábios.*flashback off*
Tzuyu tocou seus lábios e sorriu de leve, logo deitando na cama encarando o teto branco. Suspirou.
— Preciso parar de pensar em você... — Juntou suas mãos em sua barriga e sorriu ainda mais.
Ouviu seu celular tocar, indicando uma nova ligação. O pegou, lendo o nome que fazia seu coração disparar. O atendeu.
— Oi — Disse de forma afobada. Ouviu a risada da outra.
— Oi, Tzu. Desculpe te ligar a essa hora...
— Não! Não tem problema — Sentou-se — Aconteceu alguma coisa?
— Não... só queria ouvir a sua voz — A taiwanesa engoliu em seco — Posso te perguntar uma coisa?
— Claro.
— O natal... vai passar com quem?
— Jihyo... ela é a minha única família no momento — Pode ouvir a outra murmurar um "hm".
— Por que não passa comigo e minha família? Pode trazer a Jihyo.
— Serio? — Tzuyu estava animada com o convite — Tem certeza? Não vou atrapalhar?
— Claro que não, Tzu... e eu ia adorar ter você aqui. Podemos ir para baixo do visco e você poderia me beijar.
— O que? — Sana riu baixo. Tzuyu corou.
— Te espero aqui as 18, pode ser?
— Sim! Claro — A mais nova sorria largamente.
— Vá para a cama, Chou Tzuyu.
— Você também, Minatozaki Sana.
[...]
Chaeyoung caminhou em direção a porta e virou-se, encarando a outra.
— Entre — Disse Mina ao colocar as mãos no bolso da jaqueta.
— Vou entrar quando você for — A coreana cruzou os braços. Mina soltou um riso.
— Vai logo, tigrinho — A mais velha falou de forma fofa.
— Ya! Não fale assim! — Mina riu se aproximando e abraçando o pescoço da mais baixa.
— Me de um beijo e eu vou — Sentiu Chaeyoung abraçar sua cintura.
— Não quer entrar? — Mina sorriu ao ouvi-la.
— Eu adoraria, mas outro dia. Vamos, me beije e vá para a cama — Chaeyoung resmungou e logo fez o que foi pedido.