Estefanía é uma jovem dedicada que perdeu a mãe muito cedo e nunca conheceu o pai. Quando a tia que a criou morre e ela consegue uma bolsa de estudos no exterior, resolve mudar-se e deixar para trás tudo o que não tem importância.
Morando em Nevad...
Quarta é dia de quê? Capítulo novo para vocês.🥳 . . . . ..
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Que o Giorgio é maluco todo mundo sabe, porém maluco e ainda comprador compulsivo, é nova. Nós estávamos com metade da loja em mãos e ele ainda queria comprar mais. Roupas, brinquedos, chupetas, e eu estou me perguntando para quê tantas, além de objetos de decoração para o quarto e os berços que eu praticamente o obriguei a devolver. Ele parece um tsunami levando tudo o que vê pela frente.
- Você por aqui, gatinho.- Uma mulher um pouco mais velha que eu e com praticamente um quilo de maquiagem no rosto se aproxima e passa a mão nas costas de Giorgio fingindo arranhar.
- O que você está fazendo aqui?- Giorgio pergunta com as sobrancelhas enrugadas e eu resolvo me aproximar.
- Nossa, para que tanta surpresa. Te vi de longe e achei que poderíamos repetir aquilo que fizemos em Los Angeles.
- Nós não fizemos nada e nunca vamos fazer.- Giorgio fala e põe a mão em minha cintura beijando meu rosto e voltando a falar logo em seguida.- Caso não saiba, essa é minha esposa, Estefanía.- A mulher que tinha um sorriso falso nos lábios, me olha com cara de nojo.
- Vocês ainda estão casados?- Ela fala parecendo surpresa.
- E vamos continuar até o fim dos tempos.- Meu marido fala sorrindo. A mulher que parece não gostar do que vê, finta meu rosto novamente, dá um sorrisinho falso e em seguida vai embora.
- Quem é ela, Giorgio?- Pergunto quando ela se afasta.
- Amore, ela não tem importância.
- Eu quero saber.- Insisto.
- Ava Sinclair, era minha acompanhante na festa do Lucca. E antes que me julgue, nós nunca tivemos nada.
- Por que?
- Eu estava disposto a sair com ela naquela noite, mas eu vi você e desde então todas as outras mulheres deixaram de ter minha atenção, já que foi amor a primeira vista.
Ele sorri e me beija apaixonado como sempre, depois continuamos as compras e votamos para casa, porém a mulher que parecia tão íntima ao falar com ele continua aparecendo em meus pensamentos.
- Jesus, eu já estava enlouquecendo com a demora de vocês.- minha sogra aparece descendo as escadas assim que entramos em casa.
- Não era bem a demora deles que estava te enlouquecendo.- Meu sogro sussurra enquanto ajusta as mangas da camisa social, descendo as escadas logo atrás de Anna, a deixando vermelha. Ela gagueja um pouco, mas recompondo-se rápido volta a falar, curiosa com o que tínhamos em algumas bolsas que Giorgio resolveu mostrar antes, aos pais. Meu marido sorri para o pai e pisca um olho, logo meu sogro retribui o gesto e se aproxima da esposa.
- Então, o que tanto vocês compraram?- Luigi pergunta e Giorgio mostra o body infantil minúsculo com uma gravata desenhada que ele amou, meus sogros demoram um pouco para assimilar a dica, mas quando entendem abrem o maior sorriso juntos.
- É um menino?- Meu sogro pergunta com um enorme sorriso de felicidade.
- Um não, dois.- Giorgio fala orgulhoso.
- Dois?- Meu sogro repete e puxa Giorgio, o abraçando e minha sogra que só depois de alguns segundos parece entender o que se passa vem até mim também me abraçando.
- Você não sabe a felicidade que trouxe para essa família.- Ela fala quando nos afastamos e em seguida meu sogro vem em minha direção.
- Muitas vezes o meu filho vai errar, porém, vai ser tentando acertar. Quando isso acontecer, saiba que eu e Anna sempre estaremos ao seu lado para apoiá-la e ajudá-la no que for preciso. Você trouxe para essa família a maior alegria que poderíamos ter e eu serei eternamente grato a você por nos proporcionar isso.- ele fala e me abraça e assim eu posso ver Anna e Giorgio abraçados e chorando, de felicidade.
- Nossa, aconteceu algo e eu não estou sabendo? Até você chorando, Luigi?- Hernán entra pela porta da sala e fala preocupado.
- Essa mulher aqui vai me dar dois netos, Hernán. Dois.- Hernán fica surpreso, porém abre um sorriso de felicidade e sem pensar me abraça, logo parece perceber o que fez e se afasta, porém não deixa de sorrir.
- Agradeço a felicidade, Hernán. Mas os netos são meus.- Luigi fala e sorri fazendo todos gargalharem.
- Eu sei, engraçadinho. Apenas fiquei feliz pelo meu afilhado. Falando nisso, preciso conversar com você, em particular.
- Vai acabar com a minha festa, assim?
- É um assunto urgente.- Hernán fala sério e meu sogro parece entender o amigo, os dois saem juntos e ficamos eu, minha sogra e Giorgio olhando alguns brinquedos e roupinhas compradas. Logo, o telefone de Giorgio toca e ele se afasta para atender voltando alguns segundos depois parecendo incomodado.
- Aconteceu algo?- Pergunto tirando Giorgio de seus devaneios.
- Não, amore. Nada com o que se preocupar.
- Mas, você é quem parece preocupado.
- Não é nada, bambola.- Ele fala segurando meu queixo.- Agora vamos subir, guardar essas coisinhas minúsculas e você vai descansar enquanto eu vou resolver alguns problemas na empresa.- Giorgio levanta-se do sofá e aponta para que eu o acompanhe, minha sogra apenas acena, mas parece desconfiada do filho assim como eu. Chegamos ao quarto e Giorgio vai tomar banho enquanto eu tento encaixar as pequenas roupinhas no espaço livre do closet de Giorgio que é mais meu que dele. Tudo calmo, até o telefone de Giorgio tocar.
Atendo a chamada de um número desconhecido e o silêncio se faz presente durante alguns segundos, até que a pessoa do outro lado da linha resolve falar.
- Oi gatinho, tudo bem?- Demora um pouco, mas reconheço a voz, porém fico em silêncio.- Sua querida esposa está por perto e você não pode falar, é isso? Então eu ligo depois, não se esqueça do que combinamos. Estou te esperando.
A mesma mulher da loja, eu não me confundi tenho certeza.
- Quem era, fiore?- Giorgio aparece com uma toalha na cintura.
- Engano.- Falo deixando o celular na cama e voltando para o closet, logo Giorgio se aproxima me abraçando por trás e beijando meu pescoço, e por mais que eu fique tentada a retribuir os gestos de carinho, a voz da piranha se referindo a Giorgio no telefone me faz querer afastar meu marido.
- O que há de errado?- Giorgio pergunta com as mãos em minha cintura.
- Nada. Acho que o cansaço. A médica disse que eu ficaria mais sonolenta durante o dia. Acho que é sono e cansaço, só isso.
- Tem certeza?- Giorgio fala sério quando eu dou passos me distanciando dele tentando voltar ao quarto.
- Sim.- Respondo e tento sair novamente, mas ele me para ao segurar meu braço me fazendo olhar em seus olhos.
- Eu a amo. Não esqueça disso.- Giorgio diz sério e me dá um selinho antes de me soltar e me deixar ir. Porém, seu rosto deixa claro que ele sabe que há algo errado. Deito em nossa cama e durmo o restante da tarde sem ao menos ver o momento em que ele sai.
