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Vá com calma comigo, querido

Eu ainda era uma criança

Não tive a chance de

Sentir o mundo ao meu redor

Não tive tempo de escolher o que escolhi fazer

Então vá com calma comigo

Então vá com calma comigo

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— E aí? Me conte. Como foi? O que aconteceu lá?! — metralho Diana antes que ela tenha tempo de pensar em alguma coisa, sendo que a única coisa que me impede de segurá-la e a sacudir é Lourenço em seu colo.

— Onde eu posso colocar ele? — sussurra baixinho e David o pega cuidadosamente. — Está meio sonolento, sogro.

— Deixe comigo — ele some com o garoto e Diana abraça sua sogra agora, beija a testa de Bethânia e senta na mesa.

— Solte logo, mulher — a apreço. — Como ela é?

— Ela é uma mulher inteligentíssima e você está desclassificado para conquista-la — eu fecho a cara e as três começam a rir. — Ela é uma princesa, Jensen. E, você, não é nem o cavaleiro da armadura de lata.

— Ah, claro, eu sou o inimigo, não é? — eu me levanto novamente, já que tinha sentado pra ouvir a história e dona Sol pega minha mão.

— Se acalme — pede, o que me faz respirar fundo. — Eu acho que o que Diana quer dizer é que Jasmine talvez seja muito delicada para a nossa família, compreende?

— Vocês têm a Arabella — argumento. — Escute, Sol, eu estou muito interessado nela. Muito. Acho que faz muito tempo que eu não me interesso por uma mulher como agora, não será Diana e sua ignorância que vai destruir isso.

— Aí — a outra faz drama.

— Foi amor à primeira vista — Beth suspira fundo, como a menina apaixonada que adora um conto de fadas.

— O ponto não é esse. Eu me interessei de verdade. Eu me conheço, estou interessado. Só que não é legal ouvir da sua melhor amiga que ela é delicada demais pra você, porque você é o inimigo, é o bandido, é o sujeito que... — esfrego as mãos nervosamente por meus cabelos. — Obrigado, Diana. Licença.

Saio de perto delas sem sequer conseguir escutar alguma resposta, ouço Sol chamando por meu nome e sinto por desapontá-la, no entanto não posso me aproximar agora.

É como Diana insinuou, eu sou o inimigo e — talvez — eu não faça parte do mundo vermelho dos Rossi como todos fazem.

Entro em meu veículo e até penso, até pondero, em fazer algumas merdas, porém penso em meu afilhado e dirijo até o meu apartamento. Uma vez aqui, no meu mundo, pego minha pasta com o próximo serviço, uma garrafa de uísque e trabalho até o momento que estou muito bêbado ao ponto de sequer me levantar direito.

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