I AM HERE | Daryl Dixon

Novo Arranjo

ENJOY GUYS!

" Quando as feridas são curadas com amor as cicatrizes são lindas. "

- David Bowles.

Me remexo na cama atrás da quentura confortável que emana nas minhas costas, meu quadril se encaixando no de Daryl, sinto sua mão apertando minha cintura antes de se infiltrar por baixo da blusa dele que está em meu corpo, a palma quente e áspera abrindo caminho até estar sob minhas costelas, sinto a ponta do seu nariz roçando sobre a curva do meu pescoço, a respiração quente arrepiando minha pele, guio minha mão direita para sua abaixo do tecido e suspiro em satisfação, a névoa do sono me envolvendo. Quando olho pela janela, algumas horas depois, a pequena fresta na cortina indica que ainda é noite, uma suave batida na porta do quarto me deixa ciente que está na hora do meu turno de vigia. Com um gemido preguiçoso arrasto meu corpo para fora da cama, meu arqueiro se remexe acordando também, seu sono leve, sorrio para ele e me enfio na calça jeans, procuro o par de meias que tinha deixado pelo quarto na noite anterior e os calço junto as botas, arrumo um casaco sob a blusa de Daryl, pego minha faca e besta, caminho até a cama onde Dixon me encara sentado, encostado a cabeceira de madeira, o peitoral desnudo, a pele bronzeada roubando toda minha atenção, me aproximo deixando um beijo em seus lábios, o mesmo me aperta em seus braços antes de me deixar ir.

- Continue descansando. É uma ordem. - Aviso ao Dixon ainda na porta do quarto, o mesmo revira os olhos para mim e ignorando completamente o que eu havia dito se levanta caminhando para o banheiro, rindo abro a porta do quarto dando de cara com Tara.

- Boa madrugada. - A comprimento rindo, ela me dá um tchau sonolento e vai caminhando em direção ao seu quarto, desço as escadas e caminho até a varanda, a propriedade está escura e tirando o barulho dos grilos tudo está silencioso, decido dar uma olhada nos arredores antes de ficar de vigia na varanda. A sensação era calmante, sempre gostei do barulho que a natureza fazia e seu efeito de total paz em mim, alguns minutos de caminhada no escuro e uma movimentação em minhas costas, me faz virar rapidamente e apontar a besta para o possível intruso, Daryl me encarava do outro lado da minha besta, sua cabeça na minha mira, com o coração acelerado abaixo a arma.

- Foi um reflexo tardio, eu já estava atrás de você a um minuto. - A voz grave e baixa me repreende pela guarda relaxada, frustrada por ele ter razão, ajusto a besta no ombro e me viro para esconder a frustação comigo mesma, nesse mundo não havia espaço para erros, eu precisava dar o meu melhor para manter todos protegidos, com a responsabilidade pesando nos ombros arrumo a postura, retiro a besta do ombro e deixo a mesma armada e pronta para qualquer eventualidade.

- Qual o problema? - Daryl caminha ao meu lado, os passos tão silenciosos que se eu não estivesse vendo o mesmo agora jamais saberia que ele estava aqui.

- Não temos um problema. - Resmungo voltando meus olhos para a propriedade, engolindo a insegurança que fazia meu coração acelerar.

- O cacete que não temos, você está tão tensa quanto a corda da minha besta, desde que todos vieram para fazenda você só anda assim. - Sua mão segura o meu braço me virando para ele, seus olhos nos meus como se pudesse enxergar a minha alma e nesse momento tinha certeza que ele o fazia, os olhos azuis revirando minhas inseguranças e medos.