DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
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Dia 1 depois do fim
AURORA
— Acorda, preguiçosa — a voz de Lori invade meu sono tranquilo. — Aurora, já é de manhã!
Tudo bem a Lori me acordar cedo no meu dia de folga do hospital, mas abrir a janela na minha cara já é sacanagem.
— Fecha a janela, Lori — Afundo o rosto no travesseiro. Ouço sua risada. — Para de ser chata, é meu dia de descanso!
— Ainda está sonhando? — Ela me cutuca. — Aurora?
Com um suspiro pesado e sonolento, abro os olhos. Me arrependo no mesmo momento. Impressão minha ou o sol está me encarando?
Não é impressão, ele realmente está se exibindo em todo seu esplendor, na minha cara!
Solto um gemido de frustração ao perceber que tudo aquilo não foi um pesadelo e que realmente dormi no meu carro.
— Bom dia. — Lori tira uma mecha de cabelo do meu rosto e abre um pequeno sorriso. — Apagou mesmo ontem, hein?
— Nem percebi o quanto estava cansada. — Jogo a coberta para o lado e me sento. — Onde está o Carl?
Olho para fora do carro e estranho o que vejo, parece que estamos em algum tipo de acampamento familiar. Não era para todos estarem se preparando para ir embora?
— Seu sobrinho está brincando com as outras crianças.
— E Shane?
— Saiu pra procurar algum lugar onde o rádio funcione melhor, está tentando contatar algum posto de controle ou local seguro.
Prendo meu cabelo em um rabo e ajeito a franja.
— Achei que fôssemos pegar a estrada logo cedo.
— Shane foi até a estrada com alguns dos outros, disseram que está um horror lá em cima. Várias pessoas foram atacadas e a maioria está abandonando os carros e tentando voltar para a cidade.
— O que vamos fazer?
— Ninguém sabe ainda, Rora.
Saio do carro me alongando. — Essa merda está começando a ficar pesada demais.
— Vou checar o Carl, ele está se afastando muito — ela diz.
Pego minha garrafa de água que não terminei de beber ontem e escovo os dentes, cuspindo a água em um canto mais afastado. Passo as mãos molhadas no rosto e sinto minha cabeça latejar.
Volto para o carro e dobro a coberta, deixando em cima do banco com os travesseiros. Fecho as portas e resolvo dar uma volta pelo "acampamento". Tudo que eu queria nesse momento é um banho, o que sempre faço ao acordar, mas não parece haver um chuveiro embutido em alguma dessas árvores. Provavelmente, tem um banheiro naquele trailer e um chuveiro que funciona, mas não me atreveria a pedir para tomar um banho ali, afinal nem conheço essas pessoas.
