ˡᵘᶜᵃˢ ᵖᵃᵠᵘᵉᵗᵃ́ | 𝐥𝐲𝐨𝐧

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| x Paquetá - Paris - Madrugada Turbulenta:

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| x Paquetá - Paris - Madrugada Turbulenta:

O corpo do mais velho estava gritando, pedindo arrego. Não aguentava mais ansiar por algo que não era seu. Ele encara Nina, a namorada do seu melhor amigo, dançando colada a ele. Os dois pareciam felizes. Lucas bebia e encarava aqui, com nojo, desgosto. Horas atrás eles tinham transado até não poder mais, mas agora, ela estava ali, dançando como se ele não fosse nada. Uma garota se aproxima e conversa um pouco com ele.

— O que acha de irmos lá pra trás? — A garota pergunta, mas Lucas não consegue focar muito, perdeu Nina de vista. — Lu? — O tom manhoso da garota chamou a atenção dele.

— Ele não vai com você. — Nina diz ao puxar Lucas para o seu lado e a garota apenas revira os olhos ao sair. — Posso saber por que 'tava falando com ela?

— Não sabia que te devia satisfações, não estamos namorando. — Lucas não tentou esconder a sua raiva e um possível "q" de ciúmes. — Se eu quiser comer alguém, eu como. — Você bebeu demais, por isso eu perguntei, idiota. — Ela diz ao sair e ele se sente pior do que já estava antes.

Lucas suspira ao pegar mais uma bebida e ir até o local que aquela garota tinha comentado. Como a festa era na casa do seu amigo, ele sabia bem onde era. A mansão entregava vários locais escondidos. Mas mesmo que fosse dormir com aquela, ou qualquer uma, não era a mesma coisa que ficar com Nina. A mais nova significava muito para ele, até demais. A posição de ficar com a garota do seu amigo, não é a melhor. Até o caminho, ele fica pensativo no corpo de Nina, aquelas curvas, os fios loiros e os olhos claros. Mesmo trabalhando a noite toda, ela ainda encontrava tempo para ele.

"Não sei como consegue ser enfermeira e ter tanto controle emocional."

"Digamos que é mais fácil do que conduzir uma bola."

"Estás caçoando do meu trabalho?"

"Jamais, tirando o fato de você ganhar bem mais do que eu e não fazer nada..."

Ela sempre brigava com ele sobre isso, mas no sentido de retrucar mesmo, sabia que não era culpa dele, mas sim da sociedade. Ela passava horas nas salas de cirurgia, mas mesmo assim, mandava sempre um boa noite ou bom dia. Lucas não pensou encontrar tanto conforto em alguém já comprometido, essa nunca foi a intenção dele. E quando mais ele pensa nisso, cada traço dela se destaca. Seja aquele perfume doce ou as suas unhas ralas fazendo carinho em sua barba. Ver ela deitada de costas para, era a maior dádiva do mundo.

Ver as suas pintas, as suas cicatrizes e marcas de uma vida passada. Ele amava tudo nela, só tinha uma coisa que ele detestava nela. O seu melhor amigo. Eles nunca conversaram sobre isso, apenas deixaram rolar. O problema é que o mais machucado é Lucas, ele fica com os restos e se sente bem por conta disso. Pedro, seu melhor amigo, nunca desconfiou. Até porque, mesmo Lucas querendo muito negar, ele também traía Nina. Parecia um jogo duplo onde as regras nunca foram ditadas. Como se todos fossem cegos, de forma proposital.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐈𝐄𝐒  -̲  ᶠᵘᵗᵉᵇᵒˡOnde histórias criam vida. Descubra agora