Capítulo 1

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Como tudo começou.

Polônia, Varsóvia, março de 1944

Há muito tempo, desde a primeira Guerra Mundial, a paz reinava soberana sobre o território polonês e seu povo.

A data era 1° de setembro de 1939, quando o exército alemão, sob o comando do ditador Adolf Hitler, invadiu a Polônia e reteve mais de um milhão de soldados poloneses, assim enfraquecendo, consideravelmente, o exército que guerreava na linha de frente de batalha objetivando defender o país polonês e o seu povo.

Naquela época o território da Polônia era ocupado, em sua grande maioria, pelo povo judeu que, conforme o exército nazista avançava e se propagava pelo país, tinha seu destino traçado pelas mãos de soldados que seguiam como cães carnívoros, desalmados e fiéis o ditador Adolf Hitler.

Contudo, foi somente a partir de 1941 que os assassinatos em massa contra os judeus e diversas outras minorias foram iniciados.

Os judeus eram levados em trens de comboio para as redes de campos de concentração de Auschwitz, para ali desempenharem trabalhos forçados, escravos ou serem brutalmente assassinados em câmaras de gás.

Desde a invasão da Alemanha Nazista à Polônia cinco longos anos de infindáveis dores e sofrimentos já haviam se passado, e milhões de judeus entre estes crianças, jovens, idosos, mulheres e homens tiveram suas vidas ceifadas de maneiras cruéis.

Era só o começo da façanha mortífera camuflada sob a roupagem de uma promessa de dias melhores.

Mais tarde tais assassinatos genocidas ficariam conhecidos como o denominado Holocausto.

***

Oskar Schindler

Oskar Schindler era um homem de negócios que aproveitava as oportunidades para se promover na vida pessoal e profissional. No ano de 1936 ingressou no Escritório Alemão de Inteligência Militar Estrangeira, alcançando um patamar ainda maior e promissor em sua carreira laboral.

Com o início da Segunda Guerra Mundial iniciada pela Alemanha, Oskar vislumbrou mais uma oportunidade em sua vida de negociante oportunista. Filou-se ao Partida Nazista com o intuito de se auto promover. Era um homem egoísta e, considerado por muitos, um vigarista. No ano de 1939 se mudou para Cracóvia e comprou do pai de médica judia Margareth Holland, o Sr. Muhammad Holland, uma fábrica de utensílios esmaltados, que fora destituída do judeu e de sua família, e a reinaugurou sob um novo nome: Emalia.

Ele parou seu Ford 1940 diante de uma belíssima casa branca de fazenda antiga, de altos pilares e portas vitorianas.

Ali residia a família judia: os Holland.

A requintada propriedade do século tinha uma tênue semelhança aos castelos medievais da idade dourada da antiga Inglaterra.

Havia sentinelas por todos os lados. Eles tinham um único objetivo: proteger a herdeira judia da família Holland.

O exército nazista ainda não alcançara o Norte de Varsóvia, porém, não tardaria a fazê-lo. E aqueles poucos soldados poloneses não seriam páreos para os cães carnívoros do exército nazista.

Oskar adentrou à propriedade, após ter se identificado logo na entrada.

Séquitos de pessoas vestidas de preto conversavam pelos quatro cantos dos aposentos da propriedade.

Criados desfilavam por entre as pessoas presentes na cerimônia fúnebre, servindo chás, cafés e bolachas.

Na sala havia dois caixões pretos, lustrosos, e uma bela mulher toda vestida de preto olhava abatida para cada um deles. Lágrimas escorriam dolorosamente de seus tristes olhos. Tratava-se de Margareth Holland, a única filha dos judeus Holland.

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