Capítulo 9

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O dia havia começado tranquilo para ambos, Draco fez sua rotina como sempre. Ele visitou cada paciente com um sorriso nos lábios, mas havia um em específico, era um moreno de olhos verdes.

Harry, havia recebido uma carta de autorização do ministério, e agora estava encarregado do caso de estrupo, violência doméstica, e "maus tratos" ao possível filho.

Ele agora tinha uma equipe em suas mãos, para fazerem as investigações, escondidos. Rony estaria junto com ele, ambos trabalhariam no caso por ordem da ministra, que era sua amiga.

- Bom dia, como vai o paciente?- Ouviu a voz maravilhosamente angelical, e ao se virar observou um ser loiro altamente encantador. Harry nunca iria admitir, mas era um completo idiota, por não ter notado seus sentimentos antes do último ano em Hogwarts.

- Estou bem. - Respondeu sorrindo para ele.

- Que bom, tem sentido alguma dor? - Duas enfermeiras entraram no quarto, tímidas por Draco estar ali, elas eram novas na carreira de enfermagem.

- Bom dia, Doutor Malfoy. - Uma enfermeira resolveu se arriscar, ela era um pouco bonita, na humilde opinião de Harry.

Sua pele clara como a neve, seus cabelos castanhos claros que agora estão presos, mas quando o solta deve chegar perto de sua cintura, a mesma tinha curvas excepcionais. Seus olhos cor de mel brilhavam em direção ao loiro, sua altura batia no ombro de Draco.

E quando o mesmo sorriu para ela, e lhe desejou bom dia educadamente. As bochechas da jovem, ganharam fortes e notáveis rubros, enquanto Potter a analisava, com um olhar encriminador.

- Não, não tenho sentido nenhuma dor. - Respondeu finalmente, após sentir discretamente a mão de Draco sobre a sua.

- Fico feliz por isso... Tem dormido e comido adequadamente?

- Tenho dormido com o homem que agora é meu, acredito nunca ter dormido tão bem em minha vida. - Foi direto ao ponto, fazendo com que Draco, ganhasse uma leve vermelhidão por suas palavras.

- Oh, lhe desejo felicidades... E se precisar de algo, por favor, chame as enfermeiras. Apenas mais um pouco, e poderá ter alta. - Respondeu o loiro visivelmente envergonhado, ele saiu apressados fazendo com que Potter sorrisse latino

Oh, Harry agora tinha seu amor ali, e fazia questão de marcar presença. Mesmo sabendo que o loiro estava apenas brincando como ele, aproveitaria o máximo para tornar aquilo real, pois, queria Malfoy não apenas como médico.

O dia havia se passado calmo para ambos, Harry havia recebido visitas de seus amigos, o tempo todo. Mas quando recebeu a visita de seu superior para tratar da missão, foi quando o deixou ainda mais animado.

- Auror Potter, vim lhe passar algumas informações, sobre o homem que está investigando.

- Sim senhor, obrigado antes de tudo por ter me permitido tomar a frente do caso. - disse com o tom cortês.

- Não seja tão educado, Potter. Trabalhamos juntos a anos, e você realmente parecia interessado por esse caso. Mas... Posso perguntar o por que? - Nesse momento, Draco apareceu com uma enfermeira da manhã lhe seguindo, o mesmo parecia cansado, e Harry apostaria que ele gritaria com a pobre coitada, se não fizesse nada.

- O motivo é... Uma pessoa que eu amo é a vítima do caso, e não se preocupe, pois, não irei deixar as informações me atingir. - Prometeu, e seu superior sorriu com aquilo, mas logo seguiu seu olhar.

Malfoy esperava pacientemente, que a conversa acabasse, para poder descansar um pouco, pois, desde que saiu dali de manhã ele não havia sentado nem por um minuto. E tinha também a nova enfermeira em sua cola, o loiro se perguntava a cada segundo se quebraria alguma regra, se lança-se um feitiço nela, a fazendo ficar quieta.

- Bom, já vou indo. A pasta está aqui com todas as informações, que conseguimos achar por agora- Disse o entregando - Tenha uma ótima recuperação, Harry. - Por fim passou por Draco, o cumprimentando com um leve, e elegante aceno de cabeça.

- Já está pensando em trabalhar? Não lembro de lhe dar alta, ou muito menos permissão para isso. - Draco brincou, logo se sentando na poltrona, ao lado da cama.

- Eu preciso resolver esse caso. Então, sim eu já estou pensando em trabalhar. Ele é muito importante.

- Pode ir agora, lhe chamo se tivermos alguma emergência. - Draco se virou para a enfermeira, a mesma apenas acenou e se despediu.

- Ela ficou lhe seguindo o dia todo?

- Infelizmente sim, ela é nova aqui e por mais que eu também, eles me deixaram encarregado. Enfim, sobre o que é esse caso? Sei que pode ser confidencial, então não se sinta na obrigação de falar. - Ele falava, enquanto se sentava mais confortável.

Harry pensou um pouco, enquanto tentava formular palavras, pode observar a porta se abrir. - Eu me ofereci para um caso de violência doméstica, e então me permitiram entrar. E esse que acabou de sair é o Gellert, ele é meu chefe. - Falou, enquanto observava Scorpius ir em direção ao seu pai.

- Só não se esforce muito, sim? Seu corpo precisa de cuidados. Então, por favor, se cuide. - Falava, enquanto estendia os braços para seu filho.

- Estou atrapalhando alguma coisa? - O mais jovem perguntou, logo vendo ambos os adultos negarem - Pai, quando irá para casa?

- Daqui a pouco, monstrinho. Mas por que a pergunta?

- Estou entediado lá em casa, a sua amiga pansy está me tratando como se eu tivesse três anos. Isso está me deixando maluco, por favor, tire ela de lá. - O falava aos poucos, ele não demonstrava nenhuma presa.

- Oh, já irei com você para casa. - Draco falou rindo.

- Eu quero ir para a minha também! Draco, me dê alta logo! - Harry resmungou.

- Farei um exames completo amanhã, e se nada estiver errado, eu lhe dou alta. Está bem?

- Está bem, Doutor. - Potter brincou, logo um lindo sorriso em seus lábios surgiu. Draco não sabia como, mas só com aqueles poucos dias juntos eles se tornaram "próximos", e isso deixa o loiro feliz, ao ponto de não conseguir esconder muito bem.

- Venha a nossa casa, Harry. Quero muito lhe conhecer assim quando você tiver alta, aceita? - Scorpius mudou o rumo da conversa, ao ver que seu pai não estava conseguindo disfarçar direito.

- Oh, claro! Poderei lhe conhecer melhor também, então por que não? - Seu sorriso agora era direcionado ao menino, que admitiu internamente sobre seu pai ter razão, em não conseguir disfarçar.

- Bom. - Scorpius disse, logo voltando para Draco que apenas observava a cena - Podemos ir? Estou com fome.

- Sim, vamos.- levantou- Harry, sem fazer movimentos que me faça te prender nesse hospital, por um ano. - Ameaçou o loiro mais velho, enquanto andava em direção da porta, com seu jaleco branco ainda sobre os ombros.

Potter, engoliu em seco pela ameaça, e logo tratou de responder - Não se preocupe, seria mais tempo com você!

Ele apenas pode, ver a cabeleireira loira balança de um lado para o outro, como se estivesse negando Algo. Com certeza, tinha um sorriso nos lábios de Malfoy, mas Harry não conseguia ver corretamente.

Assim que as horas foram se estendendo, Potter voltava a trabalhar no seu caso. Ele ia descobrindo tudo incrivelmente rápido, afinal queria colocar aquele homem para dentro das grades!

Mas, quanto mais descobria ficava surpreso, Draco Malfoy viveu sobre o mesmo teto de um Contrabandista? Ao qual não somente o loiro sofreu em suas mãos, mas sim outras vítimas.

Única coisa que diferenciava Draco das outras vítimas, era que ele foi violentado e ficou mais de um ano com ele, pois, todas as vítimas fugiram antes de completarem um ano direito.

- Draco, com quem você se meteu? - o moreno perguntou ao vento, ele faria de tudo para fazer esse homem pagar!

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