por algum motivo, aquela ligação me tirou o sono.
porque estou pensando nisso? porque eu deveria me importar? nós não somos nada além de colegas de trabalho.
meia hora depois, ouço a notificação do celular do Joey, que ao ler, ele me dá um beijo na testa, levanta da cama e sai. ao ouvir uma porta ser fechada, desci para ver se ele realmente estava indo embora, e lá estava ele, todo agasalhado, entrando no carro e seguindo seu caminho.
eu não podia acreditar no que estava acontecendo. ele realmente saiu no meio da noite sem falar comigo para encontrar outra pessoa... mas o que mais me incomodava era não entender o porquê de me importar tanto com essa situação.
voltei pra dentro morrendo de frio e cai no sono.
quando amanheceu, todos nós tomamos um belo café quentinho com biscoitos que acabaram de sair do forno. eu não imaginava que conviver com uma banda de metal cheio de alucinados seria tão bom.
eu queria perguntar a eles onde estava Joey, mas seria muito estranho e eu não quero que pensem nada demais em relação a isso. mas ao lembrar que praticamente dormimos juntos, me engasguei com o café.
— Lisa? - disse Corey preocupado.
— eu tô bem, só me engasguei. - respirei fundo.
— você parece incomodada com algo. - disse Chris.
— ela é uma pessoa fácil de se ler, mas com certeza ela não vai nos contar. - disse James.
— eu só estou com muito frio, não se preocupem. - forcei um sorriso.
nos aprontamos e fomos para o estúdio. comecei a trabalhar nos figurinos e eles foram ensaiar, sem o Joey. eu não podia acreditar que ele tinha feito isso tudo por causa de uma garota qualquer. apesar de ser bem a cara dele, é sacanagem!
para de pensar nele Lisa! sua idiota.
nessa brincadeira, voando em meus pensamentos acabei cortando meu dedo de leve. não foi nada demais, mas ardeu bastante. fiz um curativo e voltei a trabalhar.
alguns minutos depois pude ouvir os meninos conversando do lado de fora. o som era meio abafado, então ouvia bem pouco.
— que jaqueta foda Joey! é nova? - disse Sid.
— sim, a ... que me deu. - disse ele empolgado.
quem? quem deu a ele??? eu não consegui ouvir!
— bom, eu preciso voltar. ela veio pra ficar pouco tempo, e queria passar mais um tempinho lá.
— vai lá Superball, aproveita e diz que mandamos um abraço! - disse James.
a porta da saída então foi fechada indicando que ele já havia saído. todo esse acontecimento me deixava extremamente confusa e me sentir assim estava me matando. para completar, comecei a tremer e sentir fraqueza. senti que minha pressão iria cair.
— Corey, me ajuda. - utilizei o restinho das forças que eu tinha para gritar.
— Lisa? tá tudo bem? ouvi você gritar. - disse o mesmo, preocupado.
— eu tô me sentindo... meio mal...
então tudo ficou preto. mas eu ainda consegui ouvir ouvir os meninos desesperados, me colocando no carro e seguindo para o hospital.
retomei a consciência já deitada na cama hospitalar, tomando soro na veia e com todos os meninos me olhando. eu não fazia ideia nem de quanto tempo passei desacordada.
— ela acordou! - disse Chris.
— o que aconteceu. - falei sentindo um pouco de dor de cabeça e ainda com a visão meio turva.
— ufa, você acordou. - disse Corey num tom aliviado.
— você tá doente, pegou um resfriado por conta do clima. - disse Paul.
— ah... que merda, odeio ficar doente. - disse olhando para o teto.
— como você pegou esse resfriado? você sempre anda tão bem agasalhada e precavida... - disse Craig.
— eu só vacilei... - falei pensando no momento em que fui ver ele saindo de madrugada. eu estava apenas com meu pijama estiloso e mais nada.
— por favor, não faz mais besteira ok? ou teremos que te vigiar 24/7 e isso não vai ser legal. - ameaçou Mick.
— pode deixar.
algumas horas depois, repondo vitaminas que estavam faltando no meu corpo, eu recebi alta e a receita de alguns medicamentos.
agradeci a eles por terem cuidado de mim, e fui para casa. eu estava desanimada demais para ver ou falar qualquer pessoa no estado físico e psicológico no momento, então pedi para que minha tia dispensasse qualquer pessoa que viesse me ver.
eu dormi assistindo alguns filmes. já eram 19h00 P.M e vejo que meu celular tinham mais de 10 chamadas perdidas do Joey.
pelo visto alguém lembrou que eu existo.
após não atender mais uma de suas chamadas, recebo um telefonema do James e atendo. mas para minha surpresa, não era ele.
— Joey? o que você tá fazendo com o telefone do James? - falei confusa.
— você não me atendeu, então liguei pelo dele. você está bem? me conta o que aconteceu.
— Joey, eu não tô muito bem pra conversar agora, ok? por favor, não me liga mais.
— mas Lisa...
— Joey por favor, não faça as coisas ficarem ainda mais difíceis.
desliguei o telefone e comecei a sentir um nó na garganta. eu estava odiando aquele momento e me odiando por pensar demais no Joey. eu preciso que tudo isso acabe o mais rápido possível.
[P.O.V Joey]
— Lisa? Lisa??? - a chamei, e percebi que havia desligado o telefone.
— iai conseguiu falar com ela? - questionou James comendo uma rosquinha.
— ela não quis falar comigo. eu liguei pra ela 10 vezes e ela só me atendeu por pensar que era você ligando! - disse indignado.
— aí tem coisa viu... se liga Joey. - disse ele pegando o celular e saindo.
eu não conseguia entender. ela está me tratando como se eu tivesse feito algo de errado, mas eu não consigo ver o que eu fiz! será que realmente fiz algo?
[P.O.V Lisa]
um dia se passou e eu pude voltar a trabalhar. eu já estava boa antes, porém o Corey queria garantir que eu ficaria 100% bem. me arrumei, tomei café e fui.
no caminho, acabei avistando duas pessoas juntas na frente do estúdio, mas não conseguia enxergar. me aproximei escondido e senti um aperto no peito.
era o Joey abraçado com uma garota.
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Little Rockstar | [JOEY JORDISON]
FanfictionJoey Jordison, membro de uma banda de metal prestes a decolar, se vê numa posição conflitante e amorosa com sua parceira de trabalho. sentimentos podem ser coisas difíceis de lidar... [uma obra puramente FICTÍCIA baseada na história do slipknot]