51.Um Romântico Incomparável

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CAITLYN

— Diogo, não demore muito — avisou César a Diogo. — Temos compromisso, vamos aguardar lá fora.

— Está bem, chefe.

Ele segurou minha mão e me afastou para longe do gazebo.

— Queria que você não tivesse que ir embora — admiti.

— Eu também. Mas, acredite se quiser, parece que estamos em uma realidade alternativa na qual Anna nos demite e decide se mudar para Hemero e casar com seu irmão.

— Podemos não falar do meu irmão?

— Podemos, mas antes eu queria perguntar como você está?

— Acho que estou mais triste pela situação como um todo do que pela morte do meu pai. Minha família me fez entender o mundo como um lugar ruim, mas... Percebi que minha família é que era um lugar ruim no mundo. Eu queria ter nascido em qualquer outra família.

— E a sua mãe?

— Minha mãe não é uma pessoa boa também, mas ela foi boa comigo, um tanto indiferente, mas gentil, às vezes preocupada. Ela foi o que podia ser, foi o mais perto que eu tive de amor. Por isso que... Não gosto de pensar nela presa, fico com vontade de fazer algo a respeito.

— É, mas não pode, você sabe, não é? Pelo menos não agora, enquanto seu irmão está no poder. Ele é louco para matar você.

— Eu sei. Eu não vou fazer nada.

— E com Thomas? Percebi que vocês se emocionaram.

— Nós fizemos as pazes, de certa forma. Eu fui... Uma idiota. E ele sofreu muito.

— Tenho certeza que não culpa você.

— Não, não culpa. Acho que as coisas estão mudando.

— Graças a mim — ele se gabou.

— Não é graças a você — menti. — É graças à Anna.

— Mas antes de ser graças a Anna, é graças a mim. Qual é, Cait? Tem que admitir.

Eu olhei para ele com os olhos cerrados.

— Você é um aparecido, isso sim.

— Eu queria te dizer algo, na verdade. Sei que não é o momento mais adequado, mas eu queria falar.

— O quê?

— Que eu amo você, Cait — ele disse e eu o encarei surpresa. — Não precisa dizer de volta, eu só queria que você soubesse. Como eu disse, quando sei que sido algo, gosto de expressar isso. E é isso que sinto por você, minha princesa.

Eu sorri um tanto sem graça, tentando não me emocionar com aquilo.

— Eu não fazer isso, Diogo. Eu não sei amar.

— Eu acho que você já ama, na verdade. Só não sabe disso ainda. Afinal, sou eu, não tem como não amar.

Eu sorri meio chorosa.

— Você é um idiota.

— Como sempre, eu sendo o último dos românticos e você me ofendendo.

— Desculpe — eu ri. — Desculpe, é que... Eu nunca tinha ouvido isso de ninguém.

— Eu sei.

— E achei que no dia que ouvisse isso de alguém, não acreditaria, mas nós estamos aqui, e vejo você olhando nos meu olhos, não consigo duvidar. Pelo contrário, só consigo sentir.

Flor De Um Reinado: O Homem e a FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora