CAITLYN
— Diogo, não demore muito — avisou César a Diogo. — Temos compromisso, vamos aguardar lá fora.
— Está bem, chefe.
Ele segurou minha mão e me afastou para longe do gazebo.
— Queria que você não tivesse que ir embora — admiti.
— Eu também. Mas, acredite se quiser, parece que estamos em uma realidade alternativa na qual Anna nos demite e decide se mudar para Hemero e casar com seu irmão.
— Podemos não falar do meu irmão?
— Podemos, mas antes eu queria perguntar como você está?
— Acho que estou mais triste pela situação como um todo do que pela morte do meu pai. Minha família me fez entender o mundo como um lugar ruim, mas... Percebi que minha família é que era um lugar ruim no mundo. Eu queria ter nascido em qualquer outra família.
— E a sua mãe?
— Minha mãe não é uma pessoa boa também, mas ela foi boa comigo, um tanto indiferente, mas gentil, às vezes preocupada. Ela foi o que podia ser, foi o mais perto que eu tive de amor. Por isso que... Não gosto de pensar nela presa, fico com vontade de fazer algo a respeito.
— É, mas não pode, você sabe, não é? Pelo menos não agora, enquanto seu irmão está no poder. Ele é louco para matar você.
— Eu sei. Eu não vou fazer nada.
— E com Thomas? Percebi que vocês se emocionaram.
— Nós fizemos as pazes, de certa forma. Eu fui... Uma idiota. E ele sofreu muito.
— Tenho certeza que não culpa você.
— Não, não culpa. Acho que as coisas estão mudando.
— Graças a mim — ele se gabou.
— Não é graças a você — menti. — É graças à Anna.
— Mas antes de ser graças a Anna, é graças a mim. Qual é, Cait? Tem que admitir.
Eu olhei para ele com os olhos cerrados.
— Você é um aparecido, isso sim.
— Eu queria te dizer algo, na verdade. Sei que não é o momento mais adequado, mas eu queria falar.
— O quê?
— Que eu amo você, Cait — ele disse e eu o encarei surpresa. — Não precisa dizer de volta, eu só queria que você soubesse. Como eu disse, quando sei que sido algo, gosto de expressar isso. E é isso que sinto por você, minha princesa.
Eu sorri um tanto sem graça, tentando não me emocionar com aquilo.
— Eu não fazer isso, Diogo. Eu não sei amar.
— Eu acho que você já ama, na verdade. Só não sabe disso ainda. Afinal, sou eu, não tem como não amar.
Eu sorri meio chorosa.
— Você é um idiota.
— Como sempre, eu sendo o último dos românticos e você me ofendendo.
— Desculpe — eu ri. — Desculpe, é que... Eu nunca tinha ouvido isso de ninguém.
— Eu sei.
— E achei que no dia que ouvisse isso de alguém, não acreditaria, mas nós estamos aqui, e vejo você olhando nos meu olhos, não consigo duvidar. Pelo contrário, só consigo sentir.
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Flor De Um Reinado: O Homem e a Flor
RomanceLIVRO 3 FLOR DE UM REINADO acontece em um mundo paralelo ao nosso, onde não há república, ou seja, o regime de governo de todos os países é a monarquia hereditária. A primeira protagonista é Anna Cruz, princesa de Camellia. Anna é uma menina muito...