ANNABETH
Todos haviam acordado pelo estrondo. Estávamos sendo atacados.
O sangue de Annabeth estava quente. Ela tirou as facas no cinto e subiu às pressas as escadas, deixando sua cabine para trás. A cada passo era possível ouvir a agonia fantasmagórica dos mortos e o som das lâminas se encontrando. Annabeth cerrou os dentes e se defendeu do ataque pelas costas.
— Romanos! — Annabeth cuspiu como xingamento — Vão pagar pelo o que fizeram.
A garota riu.
— Será mesmo?
Elas se afastaram e foram de encontro outra vez. A garota podia ser mais alta e mais forte do que Annabeth, mas não tinha a sua sagacidade. Ela conseguira derruba-la e cravar a faca no abdômen.
Um grito soou.
Grover.
Annabeth e Thalia se aproximaram com os olhos arregalados. Como um menino-bode daquele tamanho podia ter tanto sangue?
— Cuide de Grover. Vou ficar bem — afirmou Thalia.
— Não posso fazer isso. Não irei deixar você.
— Então deixará Grover? — seu rosto estava sério.
— Thalia, por favor . . .
— Vá!
Annabeth o carregou pelos ombros e lágrimas rolaram pelo seu rosto. Grover soltou um suspiro cansado.
— Fique comigo. Fique comigo. — suplicou.
Grover não podia morrer. Não daquele jeito.
— Clarisse! — gritou. — Ajude- me aqui!
Clarisse se virou. O olhar se fixou em Grover e ela correu o mais rápido possível, colocando a maior parte do peso do corpo dele em seus ombros.
— Você está bem? — perguntou Clarisse.
A pergunta a pegou de surpresa, porém respondeu:
— Sim. Está machucada?
— Não. Silena e Beckendorf estão mortos. — Clarisse sentiu a garganta fechar — Não podemos perder Grover também, Annabeth.
Annabeth concordou com a cabeça. E uma voz feminina as chamou atenção.
— Aonde vão?
Elas não se conheciam. Mais um motivo para não hesitar. Ela não pouparia Annabeth, tampouco Grover e Clarisse. Annabeth embainhou a adaga, dando espaço para Grover e Clarisse escaparem.
Annabeth soltou um grito de revolta e correu para o ataque.
— Irei abrí-la como um peixe — rangeu os dentes.
— Você é um desafio e tanto. Obrigada por não deixar a noite entendiante. — disse a garota jogando uma piscadela. Seus cabelos eram lisos escuros e sua pele cor de oliva.
As lâminas se encontraram, a garota dos olhos verdes fez com que Annabeth ficasse de costas em direção ao mar. Era possível ver uma aura através da garota. Encanto. E Annabeth despencou mar abaixo.
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PERCABETH
FantasyPercy e Annabeth numa aventura envolvendo seres do mar, mistérios e muito romance