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Os gêmeos levaram o Dino, Gina levou a Luna, eu levei o Cedrico, Hermione a Cho, Harry e Rony o Simas. Todos amaram nosso mais novo clube, e tinha diversão para todos os gostos.
Levamos algumas bebidas, e os gêmeos surrupiaram da cozinha algumas comidas que os Elfos deram de bom grado.
Havia um karaokê, e hora ou outra alguém subia no palco para passar um pouquinho de vergonha.

— Chegamos atrasados, e a culpa é sua! Você disse que sabia o caminho. — ouvi a discussão na entrada e me virei naquela direção, vendo Pansy brigar com Zabini. — Você não sabe de nada, Zabini!

— Por que chamou ela mesmo, Malfoy? — Zabini perguntou encarando o amigo.

— Era ela ou a Astória, e eu já estou cansado daquela garota. — Draco respondeu.

— E a outra Greengrass? — Matteo perguntou.

— A Daphne é uma vaca. — Pansy respondeu e olhou em minha direção, acenando com um sorriso. — Olá, Lia!

— Pensei que o convite era apenas para a nossa rodinha. — sussurrei encarando Fred.

— Pensei que o Zabini e o Draco também fizessem parte da nossa rodinha. — Fred disse na defensiva.

— É, eles estavam sempre com a gente. Você sempre fez questão de incluir os dois, então convidamos eles. — Jorge completou a fala do irmão.

— Não estamos conversando. — disse e me afastei dos dois, procurando minhas amigas.

Gina e Luna estavam jogando juntas, Dino estava observando as duas. Harry e Rony também jogavam juntos. Cedrico estava sentado em um canto bebendo o que parecia Whisky de fogo, resolvi me aproximar.

— E então, está gostando? — perguntei me sentando ao lado do garoto.

— Não sei, ainda é estranho... — ele respondeu e virou o restante do líquido na boca. — Meio que eu não converso com ninguém daqui.

— E quanto a mim?

— Não conversamos tanto quanto antes.

— Sim...

— Mas é culpa minha.

— Que bom que você reconhece. — brinco enchendo um copo com whisky para mim, fazendo o mesmo com o copo do Diggory. — Mas eu acho que podemos ser amigos.

— Melhor que ser um estranho para você.

— Você não é um estranho.

— Mas por um tempo você me tratou como se fosse.

— Quer que eu peça desculpas, Diggory?

— Não, você não me deve desculpas. — Cedrico sorriu, um sorriso genuíno. — Amigos então?

— Amigos.

Esvaziamos mais uma garrafa de whisky de fogo, antes de Draco propor um jogo de verdade ou desafio. Pansy estava com cara de quem queria fazer polêmica, e Malfoy não estava tão diferente.
Todos concordaram em participar, e até o momento as coisas estavam "leves". O jogo só começou de verdade depois que Zabini desafiou Dino a levar Pansy ao quarto do prazer por meia hora, e enquanto isso, os desafios seguiram, e as verdades começaram a aparecer.

— Santo Potter... — Draco disse sorrindo ao notar que a garrafa havia parado no garoto. — Vamos ver se você vai ter coragem...

— Desafio! — Harry disse interrompendo o garoto.

— Você é um babaca, Potter. — Malfoy disse fechando a cara. — Eu te desafio a contar toda a verdade para a Lia, sem rodeios. E você sabe muito bem do que eu estou falando.

— Verdade sobre o que? — questionei encarando Harry.

— Foi para isso que você veio então, Malfoy? — Harry se levantou, se aproximando do garoto de punhos serrados. — Você não tem nada que se meter em nenhum assunto que se diz respeito a mim.

— Não diz respeito só a você, Potter. E eu te dei a chance de contar. Vai agir como homem e dizer a verdade, ou eu vou ter que contar para a Lia sobre o que eu vi? — Malfoy disse também se levantando.

A essa altura eu já não estava entendendo mais nada. Encarei Zabini na esperança de que ele fosse dizer algo, mas ele permaneceu sério e não disse nada. Cho se levantou e saiu, Luna e Gina trocaram olhares, e quando encarei Rony, vi culpa em seus olhos.

— É bom vocês começarem a falar. — disse e me levantei, encarando primeiro Harry e Draco, e depois voltei minha atenção para Rony. — Do que eles estão falando?

— Não sou eu quem tem que dizer, eu não fiz nada. — Rony respondeu.

— Ele sabe de alguma coisa. — Fred comentou.

— Ele com certeza sabe. — Jorge também opinou.

— Mione? — encarei a amiga, que deu de ombros. — Qual é, vão mesmo continuar escondendo seja lá o que for de mim?

— Abre a boca de uma vez, Potter.

Draco disse, e em seguida foi acertado por um soco em cheio no meio de seu rosto. Harry o acertou, fazendo Malfoy cair no chão, mas ainda não estava satisfeito. Puxou o garoto pelo colarinho de sua camisa, dando outro soco no mesmo.

Petrificus Totalus! — disse lançando o feitiço em Harry, que caiu duro no chão ao lado de Draco. — Já chega dessa palhaçada, o que você viu Malfoy?

— Harry beijou a Chang. — Rony respondeu. — Depois do último jogo, ela estava esperando por ele no vestiário.

— O que? — encarei Harry paralisado no chão. — Isso só pode ser brincadeira...

— Diggory, você pode levar ela para a comunal? — Draco perguntou para Cedrico, se levantando e limpando o sangue na manga do uniforme. — Fica com ela.

— Eu não preciso de babá. — disse encarando Malfoy.

— Não vai ser legal pra você ficar sozinha agora. — Draco respondeu.

— Eu vou ficar bem. — disse seguindo até a saída.

— Lia... — Rony me chamou, me seguindo.

— Você sabia...

— Eu disse para ele contar.

— Você sabia e deixou ele me fazer de tonta, Rony!

— Não era eu quem deveria te contar uma coisa dessas. Não coloca a culpa em mim, Amélia. Eu não fiz nada!

— Isso mesmo, você não fez nada! Disse que eu era como uma irmã para você, mas deixou uma coisa dessas acontecer. Olha, eu tenho é pena da Gina por ter você como irmão!

***

Acordei no dia seguinte como uma dor de cabeça horrível, mas não estava no meu quarto. Reconheci o uniforme de quadribol, estava no quarto de Cedrico. Os acontecimentos da noite anterior começaram a voltar a minha memória, e eu desejei tanto que fosse apenas um sonho ruim. Mas não era.
Harry beijou a Chang, pode ter feito isso diversas vezes e escondeu de mim. Talvez Draco já sabia disso a muito tempo, talvez por isso tenha tentado interferir. Eles jogam no mesmo time, são da mesma casa, tem alguns amigos em comum. Draco deve saber de muita coisa.

— Você acordou... — Cedrico disse entrando no quarto com uma bandeja cheia de comida, provavelmente estava voltando do café. — Fred e Jorge me ajudaram a entrar na cozinha, e os elfos foram bastante generosos.

— Obrigada, Ced. — sorri me sentando na cama. — Sinto muito pelo trabalho.

— Você não me dá trabalho. Somos amigos de novo, esqueceu?

— Não, eu não me esqueci.

— Legal, agora come. Nós temos um jogo em algumas horas.

𝕎𝕙𝕒𝕥 ℍ𝕒𝕡𝕡𝕖𝕟𝕖𝕕  𝕥𝕠 𝕞𝕪 𝕊𝕔𝕣𝕚𝕡𝕥? [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora