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Minha pequena Alice, pensei em como iria te contar sua história, poderia simplesmente dizer que eu e seu pai nos apaixonamos perdidamente e fim mas qual seria a graça? Você vê as mesmas coisas em filmes da Disney, então lhe contarei toda minha tra...

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Minha pequena Alice, pensei em como iria te contar sua história, poderia simplesmente dizer que eu e seu pai nos apaixonamos perdidamente e fim mas qual seria a graça? Você vê as mesmas coisas em filmes da Disney, então lhe contarei toda minha trajetória, dês do dia em que o conheci, infelizmente você nunca terá a versão dele mas sei que sua tia Elly tem longas histórias de seu pai, espero que ela lhe conte todas. Com amor mamãe.

Olhei novamente para o espelho, meus olhos estavam fundos, as olheiras tomavam conta do meu rosto. Estava cansada, cuidar de um recém nascido não era fácil, muito menos quando se tinha que trabalhar. Faltava um mês e meio para o lançamento da coleção, e tudo deveria estar perfeito. O que tornava tudo mais difícil para mim era não poder ver com meus próprios olhos todas as coisas, estava me mantendo em casa o máximo que podia.

Pedia tudo o que precisava pelo celular, desde comida até coisas para a casa. Alice era nova demais para passar horas fora de casa juntamente comigo, Shivani havia recomendado ficarmos em casa e eu estava seguindo à risca.

Joshua estava "desaparecido" a duas semanas, não mandou e-mail – conferi todos que haviam no spam -, não ligou, ele apenas sumiu, sabia que estava bem e vivo pela suas redes sociais.

O choro de Alice me fez deixar o espelho e minha aparência para trás, indo até seu quarto. O vestidinho de girassóis fazia a bebê parecer uma boneca de porcelana. Não precisei de muito para descobrir que o choro era graças a fralda suja. Após meio mês eu já estava pegando o jeito para cuidar dela, claro que tudo foi graças a Shivani que me dava dicas ótimas, mas irei permanecer com meu crédito mesmo assim.

Coloquei a bebê no trocador, levantei seu vestidinho, tirando a fralda em seguida. O cheiro era algo insuportável, como um ser tão pequeno poderia feder tanto assim? Retirei sua fralda suja, passei um lenço umedecido e coloquei uma fralda limpa.

Peguei Alice no colo, guardei o que havia usado e descartei a fralda suja. A pequena se ajeitou mais em meus braços, pronta para voltar a dormir. Me aproveitei disso e lhe deixei em minha cama.

Arrumei a leve bagunça que havia feito ali, estava tentando criar algumas peças novas, porém nada tomava forma, talvez fosse o fato de estar vivendo quase um mês com um bebê, mas minhas únicas ideias tinham referencias à Alice, infelizmente não me ajudariam muito na Beauchamp.

Deitei-me ao seu lado na cama, dormindo logo em seguida. Quando se tem uma criança em casa, deve se aproveitar desses momentos únicos.

Estava no meu último ano do colegial, contava os dias para poder me livrar daquele lugar, pensava que a vida seria bem mais fácil depois (mas não é). A aula de educação física nunca foi a minha preferida mas não podia escapar mais (passei os dois anos fugindo das aulas de educação física, sempre uma desculpa em cima de desculpa), estava em uma aula que não era a minha, eu precisava repor minha nota e aquela era a única solução. Foi então que conheci sua tia, Any Gabrielly Soares, já havíamos trombado pelos corredores mas nunca nos falamos.

𝐃𝐑𝐏| 𝗗𝗲 𝗥𝗲𝗽𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗠𝗮̃𝗲Onde as histórias ganham vida. Descobre agora