Chapter VIII

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Athena.

Max nos levou até um corredor sem saída, depois de sair daquele estado de transe.

— Tá aqui, bem aqui - diz Max.

— Um relógio de pêndulo? - Nancy, que tinha chegado a pouco tempo, perguntou.

— Era tão real - a garota ruiva diz inconformada - e quando eu cheguei perto eu acordei.

— Era tipo um transe...

— A mesma coisa que o Eddie disse que aconteceu com a Chrissy - Dustin completou meu pensamento. Agora eu estava realmente acreditando em tudo, parecia que as peças se encaixavam e estava surtando, mas tinha que manter a calma pra não piorar toda aquela merda.

— Essa nem é a pior parte. - Max falou se virando.

Voltamos pra sala da Kelley. Robin se sentou, Dustin e Nancy ficaram um de cada lado da garota, Steve atrás do Dustin e eu ao seu lado, atrás da Robin, e a Max estava na nossa frente.

—Fred e Chrissy vieram falar com a sr Kelley, os dois tinham dor de cabeça, enxaquecas que não passavam. Depois, pesadelos. Insônia, acordavam suando frio, e começaram a ver coisas. Coisas ruins, do passado deles. E essas visões foram piorando, até que tudo acabou!

— A maldição de Vecna! - Robin diz.

— A enxaqueca da Chrissy, começou a uma semana. - disse lendo uma das fichas que tinha pegado na mesa - A do Fred a seis dias. - disse lendo a outra e logo olhando para Max - Você tá tendo não tá? - a mesma só assente - a quanto tempo?

— Há 5 dias! Não sei quanto tempo eu tenho, só sei que os dois morrem em menos de 24 horas depois da primeira visão. E eu acabei de ver a porra do relógio, acho que vou morrer amanhã.

— Não, você não vai, vamos arrumar uma... - fui interrompida por um barulho, no corredor, que fez todos nós nos virarmos para a porta.

— Fiquem aqui! - Steve disse indo em direção à porta. Quando estava quase saindo, voltou e pegou um abajur, de metal, para fazer de arma.

Assim que o garoto saiu eu fui atrás com a lanterna em mãos.

— Falei pra ficar lá! - me disse o garoto sussurrando enquanto andávamos no corredor.

— Não sou seu cachorrinho, não manda em mim! - Disse sussurrando de volta.

— Você é muito teimosa garota!

— E você é muito mandão. Acha que eu sou as crianças?

— Você consegue ser bem pior! - olhou pra mim com um sorriso convencido. - só tô te protegendo.

— E quem disse que eu preciso de proteção?

— Droga, você não tá entendendo aonde eu quero chegar. - olhei o garoto confusa e escutei passos atrás de nós. Era o pessoal.

— E aonde exatamente você quer chegar?

— Esquece!

— Sério mesmo? - pergunto erguendo as sobrancelhas.

— Depois a gente conversa! - me indicou com o olhar o pessoal atrás de nós. Eu assenti com a cabeça. Logo o barulho se intensificou e parecia estar chegando perto.

Steve ergueu o abajur para a figura que apareceu em nossa frente correndo, e enquanto todos gritavam, inclusive a minha pessoa, eu decidi atacar jogando a lanterna na criatura, que soltou um grito seguido de um "puta que pariu".

— Sou eu porra! - Disse Lucas com a mão na cabeça, onde a lanterna havia batido.

— Lucas? - perguntei.

𝐌𝐎𝐕𝐈𝐍𝐆 𝐎𝐍 - 𝐒𝐓𝐄𝐕𝐄 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐈𝐍𝐆𝐓𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora