CAPÍTULO 43

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Matthew

- Vai mais rápido, porra! - esbravejei - ela está fechando os olhos. - Isaac acelerou mais ultrapassando alguns carros.

Ainda falta um pouco para chegarmos em Nova York.

- Calma, caralho, se não assim vamos morrer todos. - ele diz.

- Por que falou todos? Ela não vai morrer! - falo olhando para Sophie que já estava ficando pálida.

Eu estou banhado de sangue, assim como os bancos de couro.

- Foi modo de dizer, cara. - me desesperei quando ela não estava mais respondendo aos meus chamados.

- Ela não está me respondendo.

- Checa o pulso dela.

Chequei e pulsava sem muita freneticidade. 

- O pulso dela não está tão forte. - ele ultrapassa os 220 km/h na pista e avistamos a cidade.

O carro parece uma nave de tão rápido que corre, dos lados outros carros buzinam para nós. Quando chegamos na cidade o tráfego só piora, mas conseguimos pegar um atalho.

- Jackson, você já está no hospital? - Isaac pergunta na chamada de voz.

- Estou preparando a sala de cirurgia, vocês já chegaram?

- Sim, cara, a Sophie não está mais respondendo o Matthew e a pulsação está fraca e ela perdeu muito sangue. - diz.

- Calma, cheguem com ela aqui em no máximo dez minutos.

- Vamos chegar antes, pegamos um atalho e já estamos a dois quarteirões daí.

Dito isso a chamada é desligada.

Quando chegamos na frente do hospital maqueiros vêm ajudar com Sophie e levam ela rapidamente para dentro.

- Eu posso ir com ela? - pergunto.

- O senhor não pode, cirurgias são restritas apenas para médicos e enfermeiros. - diz.

- Matthew, tem que preencher a ficha dela. - Isaac diz.

- Matthew, te garanto que ela vai ficar bem. - Jackson me dá um abraço com tapinhas nas costas e corre para a cirurgia.

Por que isso está acontecendo com ela? Por que ela tinha que entrar na minha frente? Por que ninguém atirou nele logo? Inferno! Por que eu não atirei logo?

Isso é tudo culpa minha.

Levo meus cabelos para trás com a cabeça a mil e acabo chutando a parede com uma imensa vontade de destruí-la.

- Eu quero aquele filho da puta morto, Isaac, morto, está me ouvindo? - esbravejei e fui até o balcão preencher os dados de Sophie.

Meu amigo fica atrás de mim enquanto preencho o folheto em desespero.

- Matthew, você precisa manter a calma nesse momento.

- Que calma? Essa palavra não existe nesse momento no meu dicionário, Isaac... Se ela não ficar bem como vou viver? Como vou aguentar seguir sem ela depois de tudo que vivemos? - prendo meus lábios em uma linha reta a fim de conter o choro.

A Mentira Perfeita - Livro 1 Da Série: Amores PerfeitosOnde histórias criam vida. Descubra agora