Capítulo 32

750 40 3
                                    

BARÃO

Estava na minha sala fumando um baseado e pensando nas coisas que poderiam acontecer com Mia tendo um lance comigo, e como eu poderia protegê-la ainda estando comigo.

— inferno!! — solto a fumaça para o lado e logo a porta é aberta revelando Patrícia, uma das minas que eu pegava. — o que tu quer?

Ela fechou a porta atrás de si e veio andando na minha direção com aquele mine vestido que mostrava tudo.

— mete o pé, Patrícia.

— estou só querendo te agradar
amorzinho — disse com bico e dando um sorriso safado no final.

— sai fora porra — empurrei ela.

— está me recusando mesmo? — eu
ia responder, mas alguma boca esperta foi
mais rápido.

— claro que tá, ô biscate segunda. Tira a barbatana do meu homem, se você não quer perdê-las.

— tá doida porra?! — empurrei Patrícia e fui até Mia puto de raiva.

— tá com raiva porque eu atrapalhei o teu momentinho com a tua piranha? —Mia cruzou os braços e encarou Patrícia por cima do meu ombro.

— atrapalhou o que maluca? Aqui não é lugar de mulher, Mia. Não é lugar pra tu está indo não, desgraça!

— ah, não é lugar de mulher? — ela dar um sorriso sarcástico. — então quer dizer que só podem entrar aqui as minas que for prestar serviços?  — Mia deu uma olhada para Patrícia de baixo pra cima.

— Isadora me alertou de tu, querida! E ela tem toda a razão no que disse sobre tu — disse Patrícia rindo — sem graça...

—  ah, então é o grupo das biscates.  — Mia se afastou de mim e se aproximou um pouco de Patrícia — uma pra cada dia.

— Patrícia dar o fora daqui porra — vou até ela e puxo pelo braço com força e a coloca fora da sala — e tu, carai. Não sabe ficar sossegada dentro de casa não?

— é isso que fazem dentro dessa boca?

— não, Mia, não é. — me sento com raiva — e tu hein? Não consegue me obedecer nunca?

Mia deu de ombros e se sentou na cadeira a minha frente.

— e por que quê eu não posso vir aqui? — ela cruzou os braços.

— não é lugar pra tu ficar frequentando, só tem macho nessa porra e tu vem me aparecer com essa roupa.

— não tem nada de mais nela, agora a roupa daquela tal Patrícia é ainda mais curta e cafona — Mia sentou na minha cadeira — ah, Teresa foi embora mais cedo, teve que fazer uns exames. Eu liberei ela porque você não estava e não tinha como te avisa e é por isso que eu vim.

— falar nisso... — fui até a minha mesa e tirou uma sacola e entreguei pra Mia — conseguir um celular pra tu aí, pode usá-lo. Qualquer coisa que acontecer ou precisar me manda mensagem, nunca mais venha aqui de novo. Tá escutando?

— estou, Barão! — ela ligou o celular e começou a configurar ele.

[...]

No MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora