Já estava no final da aula e eu estava copiando a última atividade do dia e Robin vêm até mim.
-oi... É, eu posso passar lá na sua casa, né?!- ele diz encostando na minha carteira.
-pode ue, por quê não?- falo não tirando os olhos da atividade.
-é que você tá com raiva de mim e sabe...- ele é interrompido.
-robin, vamos falar sobre isso lá em casa, ok?!- digo olhando pra ele.
-ok.- ele sai.
Se passaram 7 minutos e tocou o sinal para irmos embora e finn veio atrás de mim.
-o que Robin queria com você?- ele chega por trás pegando em meu ombro.
-ah, ele só queria saber se podia mesmo passar lá em casa.- digo andando.
-entendi, e ele pode?- finn pergunta.
-pode. Até porque eu quero perdoar ele, eu quero conversar com ele melhor, eu ainda não tive essa oportunidade desde que cheguei.- digo.
-pois é... Eu espero que aquilo que ele disse no banheiro seja verdade.
-eu acho que é. Você viu como o tio dele estava.
-você acha que ele está muito encrencado?
-nao sei... Como você disse, o tio do Robin nunca bateria nele.
-verdade, mas ninguém sabe nesses casos.
-você acha melhor a gente ir com ele? Só pra garantir...-sugiro.
-você e eu somos a última pessoa que o tio do Robin quer ver agora.
-é... Então é isso, a gente se separa aqui. Tchau, quando Robin for embora lá de casa ligo pra você e digo o que aconteceu.- digo.
-ta certo! Tchau Chloe!- ele diz e logo vai saindo.
-TCHAU!- digo e sigo meu caminho.
Quando cheguei em casa minha mãe estava no quarto dormindo. Ela estava bem calma ultimamente, eu amo quando ela esta assim. Eu saio do quarto dela e vou na direção do meu.
Eu arrumo o quarto já que eu vou receber visita. Não é nada pessoal com o Robin, é só porque vou receber visita mesmo.
Eu arrumo o quarto e desço pra comer algo, eu nem tinha trocado de roupa ainda. Eu comi um pedaço de bolo que minha mãe tinha comprado acompanhado com um suco.
Se passaram alguns minutos e eu escuto a campainha tocar, eu já sabia quem era. Por impulso eu vou arrumando meu cabelo, quando atendo, lá está Robin.
-oi.- ele diz.
-entra.- eu digo abrindo mais a porta pra ele entrar.
-valeu.- ele diz entrando.
-o que quer falar?- digo fechando a porta e virando pro Robin.
-você ainda está com a mesma roupa que foi pra escola?
-qual o seu problema? Vem, sobe.- digo indo em direção às escadas para irmos pro meu quarto.
-nenhum, mas é que você nao se deu o trabalho de trocar de roupa.- Robin diz subindo as escadas.
-qual é?! Você é do mesmo jeito! Só trocou de roupa porque vinha pra cá e queria se arrumar pra me ver.- digo quando entramos no quarto.
-isso você tem razão.- ele diz sentando na cama.- que milagre, seu quarto está arrumado!
-cala a porra da boca, Robin!- digo perdendo a paciência com o mesmo.
-então vem calar.- Robin diz formando um sorriso em seu rosto.
Lembro que quando ele costumava falar isso, eu o beijava. Eu me contento e apenas ignoro o que Robin diz e fico na minha.
-eu sei que você tá doida pra vir aqui calar.- ele diz sorrindo.
-vai se fuder, Robin.
-você tá muito estressadinha. Oh, vi que ainda tem minhas fotos no seu mural de fotos. Isso é um "sim"?- ele fala ironicamente.
-robin... Sendo bem sincera, eu sinto sua falta. Você mudou desde que eu voltei, o que aconteceu? E isso é seu, não tem nada a ver com o seu tio, me diz o que está acontecendo.- eu digo enquanto me sento na cama ao seu lado.
-chloe... Eu... Eu achei que ia te perder por completo. Eu fiquei confuso e com medo! Você não sabe o quanto eu chorei na noite antes de te encontrarem. Eu não consegui dormir, eu conversava com Deus, eu nunca conversei com Deus... Você foi o motivo de eu ter sorriso nesses últimos meses. Você sumiu e meu mundo desabou... Você foi encontrada e diz que os espíritos das outras crianças que ele sequestrou e matou falaram com você e eu não consigo acreditar, desculpa! Mas eu realmente consigo acreditar agora, eu fui um babaca com você, sabe?! Eu realmente espero que você possa me perdoar, sei la. Chloe, eu só espero não te perder de novo!- ele diz isso segurando em minhas mãos.
-robin... Eu também não quero te perder!- eu digo isso e dou um beijo no mesmo.
-eu estava com saudades disso... Eu estava com saudades de você!- ele diz isso e me beija novamente com as mãos em meus cabelos.
-é melhor você ir se acostumando em me beijar agora com a mão em minha nuca.- digo com os lábios pertos do dele.
-por que, gatinha?!
-eu vou cortar...- digo e volto a beija-lo.
-vai ficar ainda mais linda!- ele diz saindo do beijo e logo voltando.
Foi tão maravilhoso, eu não me imaginei tendo esses momentos novamente com Robin... Eu só sei que eu nunca mais quero que isso acabe mesmo sabendo que isso provavelmente é só um amorzinho de infância que não irá durar muito.
Quando crescermos talvez ele se case com outra pessoa e eu faça o mesmo mas eu quero que esses meus momentos com ele, mesmo sendo amor de adolescência.
Quebra de tempo
Nós já tínhamos conversado sobre muitas coisas, eram 15:43 e nós já tínhamos vivido tanto dentro daquele quarto que parecia que já tínhamos vivido tudo.
-aí, se parar pra pensar... Minha namorada é uma assassina.- ele fala do nada.
-namorada?- eu falo com um sorriso.
-ah, claro! Esqueci... É... Chloe Barker, você aceita ser minha namorada e viver comigo daqui pra frente?- ele fala ficando em pé na cama.
-qual é... Para com isso!- digo rindo.
-"qual é... Para com isso!" Resposta errada!- ele diz.
-sim, aceito!- eu digo e ele começa a rir.
-eu tenho que falar com sua mãe ou algo assim?- ele fala se sentando na cama novamente.
-ah, claro! Só que ela tá doente e tá dormindo agora, então temos que esperar ela acordar. Ainda temos que rezar que ela esteja de bom humor.- digo.
-ah, claro!- ele diz.
Nós ficamos sentados de frente pra uma parede e ele fica num silêncio absurdo e do nada Robin me dá um susto e começa a fazer cócegas em mim me fazendo rir alto.
-meu deus... Essa é sua verdadeira risada?- ele fala rindo.- agora sempre vou fazer cócegas em você, que risada maravilhosa.
-qual é... Você é muito idiota- eu digo rindo.
-então tá!
-ei... Como ficou entre você e seu tio?- eu pergunto.
-ta difícil... Nossa relação sempre foi boa e agora tá um caos.- ele diz mudando de expressão.
-eu sinto muito por isso...- digo me sentindo culpada.
-ta tudo bem. Quando a gente tem essas crises na nossa relação eu converso com ele pela madrugada e ele entende. No fundo ele gosta de você.
-eu espero.
Nós se olhamos e escutamos uma buzina do lado de fora da minha casa, era um carro preto. Eu desço e vou ver quem é.
-oi?- digo abrindo a porta pro moço.
-oi... Chloe!- o homem da minha frente diz com um sorriso no rosto.
-quem é você?- pergunto confusa.
-como assim? Eu sou seu pai! Seu querido pai.- ele diz sorrindo.
Quando ele diz isso, eu faço uma cara de desgosto na hora e a única coisa que penso é em mandar ele embora.
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Vai ter mais tarde família!
Ele/dele
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