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Sina
Deinert

Eu estava deitada na minha cama, já era umas oito horas da noite

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Eu estava deitada na minha cama, já era umas oito horas da noite. Viro-me na cama, então me lembro de algo importante que eu pequei no quarto dos meninos na sexta-feira. Vou até a porta é a tranco. Pego a caderneta. Ela é toda preta e estreita. Abro-a no meio e começo a ler a primeira coisa que vi.

Alemanha, quinta-feira de 2010.
Quando a minha irmã sina nasceu, um oráculo profetizou sobre ela para a minha mãe...

Paro de ler na hora. Isso é um diário, o diário do Josh. Fecho e coloco a mão na cabeça. Eu quero ler, eu posso descobrir tudo que ele esconde de mim. Mas isso é invasão de privacidade. Droga.

- pensa, sina.- digo a mim mesma.

Quer saber... Não me importo se é invasão de privacidade, eu não aguento ficar mais sem saber de nada. Eu vou ler, mas tenho medo do que vou descobrir. Pego meu celular e ligo para a Shivani.

- oi.- a Shivani diz.

- Hey, você mora com o seu irmão?

- não, na verdade moro sozinha em um apartamento. Por que?

- posso te pedir um favor?
- claro, sina.

- posso dormir na sua casa?
- claro que pode, passo para te pegar agorinha.

- obrigada.

Desligo o celular e coloco só o necessário em uma bolsa, sem esquecer o diário.- josh.- bato na porta do seu quarto. ele abre.- vou dormir na casa da Shivani hoje.

Ele franze a testa.
- tá bom. Toma cuidado.- ele me dá um beijo na testa e entra no quarto de novo. Pego minha bolsa e deço, não demora muito e a Shivani chega. Explico tudo para ela.

- não acho que querer saber a verdade sobre você mesma, seja uma invasão de privacidade. Mesmo o diário sendo do seu irmão.- ela diz sem tirar os olhos da rua.

- obrigada por me deixar ir para a sua casa. É que eu não sei o que está escrito, então prefiro ler bem longe dele.- digo.

- eu entendo.- ela estaciona no estacionamento do prédio e subimos para o apartamento dela. Era pequeno, mas bem organizado.- fica à vontade, a casa é toda sua.- ela me leva até o seu quarto onde tinha uma cama de casal que vai dar para nós duas dormirmos, apesar de que não sei se irei dormir hoje.

Deixo minha bolsa no quarto dela, pego o diário e vou para a sala. Sento-me na poltrona e começo a ler novamente.

Alemanha; quinta-feira de 2010.

Quando a minha irmã sina nasceu, um oráculo profetizou sobre ela para a minha mãe. Na visão do oráculo, ele via que a sina e a chave e o futuro companheiro dela era o cadeado. O oráculo disse que quando a sina encontrasse o seu companheiro ela estaria destrancado um grande poder dele, um poder que a décadas nenhum lobisomem possuía. Quando meus pais ouviram isso eles ficaram muito preocupados. O que os acalmou foi o fato da sina ser apenas um bebê ainda.

Mas hoje a sina completou 16 anos e aconteceu sua primeira transformação. E hoje, na primeira corrida, ela foi perseguida por um grupo de lobos de outra alcatéia. Eles querem matá-la, por causa da visão do oráculo.

Meu coração batia acelerado e eu não sabia o que pensar. Não me lembro desse dia, não me lembro da minha primeira transformação, não me lembro da profecia. Por quê? Viro a folha e volto a ler.

Alemanha; terça-feira de 2010.
Desde a primeira transformação da sina não param de vir lobos de outras alcatéia para tentar matá-la, isso está saindo do controle e meu pai não sabe até quando podemos segurar todos eles. Na última vez que a sina foi atacada ela foi ferida gravemente, e eu não pude fazer nada. Essa semana eu e o meu pai conseguimos pegar um dos lobos para interrogar. E, pelo que entendemos, eles estão sendo mandado para matar a sina porque não querem que ela encontre o seu companheiro, senão, seria o fim dos lobisomens. Isso foi o que eles disseram. Eles têm medo do poder que irá ser destrancado. Pelo que o meu pai disse, ele acha que quem está atrás de tudo isso sabe quem é o companheiro da Sina.

Meus pais estão com uma ideia maluca na cabeça, eles querem ir atrás de respostas, eles querem saber quem é o companheiro da Sina e que pode é esse, eles querem proteger a sina como eu. O que eles querem fazer é loucura, mas vou ter que ser obrigado a aceitar. Eles querem apagar as memórias do bailey e da sina, para eles não se lembrarem dos ataques que tivemos nós últimos meses. Nisso, meus pais sairiam em procura de respostas e eu não poderia falar nada para a sina ou para o Bailey. Para a segurança deles, principalmente da sina, nós vamos ter que abandonar nossa alcatéia e não vamos poder ficar muito tempo em nenhuma cidade, pois é perigoso se os lobos a atacarem novamente.

Eu espero que algum dia a sina e o bailey entendam e me perdoem por ter concordado em tirar suas memórias.

Eu já não tinha lágrimas para derramar.

- Hei, sina.- a Shivani vem até mim e me abraçar.- se acalme, por favor.

- eles tiraram a minha memória Shivani, meus pais e meu irmão tiraram a minha memória.- ela me abraça forte.

- Hei, se acalme. Por favor.- eu não conseguia parar de chorar.

- não tinha necessidade de fazer isso. Não mesmo.- eu estava desesperada. Não posso acreditar que isso esteja acontecendo comigo.


O supremo alfa (noart) Onde histórias criam vida. Descubra agora