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*Ponto de vista Emma*

- Está na hora...
Repeti o que Finney disse.

Assim que disse essas palavras, senti uma certa vibração de fora. Não conseguíamos escutar barulhos pela isolação dentro do cativeiro, mas sentimos qualquer vibração.

- Finney... É ele, tenho certeza.
Falei quase aos prantos, estava com medo, muito medo. Só de imaginar que estava viva todo esse tempo, e morrer ao lado de Finn justo na última " fase". Eu encarava toda essa coisa como um filme de sobrevivência, como se o personagem estivesse na última fase lutando por sua vida.
Eu só não sabia se seria o filme em que o personagem principal sobreviveria, ou, se seria aquele que acaba por falta de participantes.

- Emma, não se preocupe agora. Seja forte apenas por esses minutos finais, estamos na última etapa desse desgraçado. Se unirmos nossa coragem, seremos mais fortes do que ele...
Disse Finney.

Nossa como eu amava esse garoto, ele me faz bem. Me faz acreditar no melhor que pode acontecer, ele é um anjo para mim. Após ele falar, me sinto mais confiante e concordo com ele. Nós nos encontramos agora parados de frente para a porta esperando esse filho da mãe aparecer.

Conto segundos, 58, 59, 60... Até ele aparecer, quando percebo que acaba se formando um minuto.... Ele aparece.
Ele está novamente com aquela máscara que faz os pelos do braço subirem, e faz você se arrepiar por todo corpo.
Ele cada vez se aproxima mais e mais... Mas ele decide falar algo primeiro.

- Ah..
Ele suspira.
- Parece que meu planejamento com vocês não deu certo. Com desobediência, grosseria e tentativas falhas de tentar fazer algo comigo. Até mesmo fugir... Hoje vocês vão embora daqui, e sem mais delongas, preciso matá-los o mais rápido que possível.

Ele vai se aproximando e não percebe que tem uma corda abaixo dele, ele tropeça. Mas continua de pé, aproveitando esse tempo, Finney pega o telefone e dá uma pancada na sua cara.
O sequestrador sente o impacto, e mantém-se firme ainda. Ele pega o braço de Finn e tenta empurrá-lo na parede.

Quando vi essa cena, desamarrei a corda do chão e ajustei em minhas mãos. Fui pelas suas costas e puxei seu pescoço com a corda, consegui sufocar ele por muito pouco tempo. Enquanto eu fazia isso, Finney me jogou a faca por baixo dos meus pés. O sequestrador se soltou com sua força, e eu me abaixei pegando a faca, mas ele conseguiu tirá-la de mim e fez um corte que cobria toda minha bochecha direita.

Senti uma ardência que nunca tinha sentido, comecei a tropeçar para trás. Mas o garoto com cabelos cacheados conseguiu atingi-lo com o telefone novamente. O desgraçado largou a faca no chão em um movimento de dor e virou-se para trás tentando agarrar o pescoço do garoto. Mas Finney estava conseguindo se defender com o telefone, mas eu estava com tanto ódio, que peguei a faca do chão e fui até aquele homem que vai me deixar com traumas pelo resto de minha vida.

Enfiei a faca em sua cintura com tanta força que fez ele gritar, e continuei o machucando mais e mais... Ele estava fraco, então Finney jogou ele no buraco que tinha e começou a golpear ele em seu rosto com telefone e depois com suas mãos. A raiva em Finney, era algo evidente.

O filho da mãe estava cuspindo sangue, com os golpes do garoto. Ele realmente estava fraco, e parecia morrer a qualquer momento. Foi quando vi que Finney usava as mãos, e entreguei o telefone a ele. Ele enrolou o telefone em seu pescoço e disse:

- Isso é para você, filho da puta!
E colocou o objeto em seu ouvido.
Eu estava impressionada com as habilidades de Finney, mas principalmente com.... Os garotos mortos falando?
Sim, eram eles. Estavam dando risada e se divertindo com a morte do homem ali, escutei a voz de todos eles e a de Robin também. O garoto Mexicano falava espanhol, xingando o homem de todas as maneiras.

Uma lágrima escorreu, me lembrei das brigas e xingamentos de Robin. Que saudade que eu iria sentir desse meu amigo... Com suas brigas, suas frases, sua amizade... Eu o amava tanto, ele me conquistou com seu carisma tão rápido.
Pensando nisso, escutei Finney fazer um barulho... Quando vi não pude acreditar, aquele homem finalmente havia morrido.

-Finney!
Abracei o garoto que me retribuiu de volta o abraço.
- Emma, você tá bem? Este corte está um pouco feio.
Ele disse me analisando.
- Não, estou bem. Eu que deveria perguntar se você está bem, você fez praticamente tudo sozinho.
Falei a ele.
- Eu não conseguiria sem você, Emma.
E me deu outro abraço, estávamos muito próximos. Nossos rostos principalmente, até que ele pegou em minha bochecha... E me deu outro beijo, um selinho demorado.

Me senti nas nuvens novamente.
- Finney, eu te amo tanto. Obrigada por tudo que fez por mim...
Agradeci a ele.
- Eu também te amo. Agradeço a você igualmente, nos ajudamos de uma forma que eu nunca imaginava...

Com a porta aberta escutamos um latido, era um cachorro preto, forte e feroz. Ele corria atrás de nós, até que me lembrei das carnes no congelador. Peguei uma e joguei até o cachorro que comia em paz agora.

Eu e Finney subimos a escada em um sentimento de vitória, escapamos... Esse era realmente o filme em que os personagens principais sobreviviam. Não é?

Abrimos a porta da frente da casa, e vimos carros, policiais e... Gwen?

𝐒𝐮𝐫𝐯𝐢𝐯𝐞; 𝐅𝐢𝐧𝐧𝐞𝐲 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora