Narração em terceira pessoa
Ao anoitecer, Francis foi para a casa junto com o diretor. E ali naquele sala ficou apenas Felipe, seus pais, a senhora Maclain, Bernardo e o amigo detetive de Francis que já estava indo embora.
Todos estavam tentando encontrar uma solução para tirar Colin das garras de Celso, o único que não estava ajudando em nada era Laércio que estava ali apenas para levar informações para Gilda e Laila
- pessoal infelizmente eu tenho que ir. Tenho que resolver algumas coisa na delegacia onde vou trabalha - falou Laércio se levantando do sofá
- fique de olho nas ações da Gilda Laércio, eu ainda imagino que ele queria se vingar - falou Felipe se levantando para acompanhar o garoto até a porta de saída
Os dois se despediram, e Laércio seguiu por um caminho alternativo ao da delegacia. Na verdade o garoto iria para onde Gilda e Laila estavam.
As duas estavam hospedadas em um hotel perto de onde Felipe residia, para elas quando mais perto estivessem de seu alvo, mais fácil seria a suas vinganças. Laércio andou alguns minutos e logo chegou ao hotel, ele pediu para recepcionista avisar de sua chegada, e assim ela fez.
Gilda logo permitiu a entrada de Laércio, o garoto subiu até o quarto duzentos e trinta e cinco, deu algumas batidas na porta, e foi puxado para dentro por Laila.
- e então, como estão as coisas ?- perguntou Gilda que havia acabado de sair do banho
- como vocês já sabem, o Felipe saiu do hospital sem que o medico lhe desse alta, então convenhamos que ele ainda esta um pouco debilitado por conta de suas costelas. O diretor do hospital psiquiátrico apareceu por lá, ele pediu para que todos esperassem dar vinte e quatro horas do desaparecimento, para assim poderem convocar a polícia, mas eu sei que o Felipe vai fazer alguma coisa sem que os outros saibam - disse Laércio calmamente
- Gil, esse é o melhor momento- falou Laila encarando a mulher que estava confusa
- melhor momento para que ?- perguntou Gilda secando os cabelos
- vamos aproveitar que todos estão dormindo, e fazer alguma coisa, sei lá, colocar fogo na casa, ou quem sabe matar todos dormindo - sugeriu Laila
- até que a ideia não é ruim. Mas para colocar fogo em uma casa completa, temos que arranjar muitos galões de gasolina
- isso eu posso dar um jeito, tenho um amigo que trabalha em um posto de gasolina, se levarmos os galões ele enche para a gente - falou Laila sorrindo
- você também tem amigo em tudo que é canto, fez o que deu para cada um deles ?- perguntou Laércio encarando Laila
- não seu idiota, são amigos antigos de escola - falou ela tentando contornar a situação
- parem os dois de brigar. Na minha casa tem quatro galões de gasolina que eu as vezes levava para emergências com o carro, vamos ter que passar lá para pegar - disse Gilda colocando a calcinha
- já temos os galões, agora temos que ir rápido, e esperar que um dele deixem alguma porta aberta- falou Laércio dando um meio sorriso
- quando namoravámos, o Felipe me deu uma cópia das chaves de sua casa, quando nos separamos ele não pediu, acho que esqueceu, ou pensou que eu iria jogar no lixo - falou Laila sorrindo vitoriosamente
- mas onde está ?- perguntou Laércio
- na minha casa, lá na favela
- lamento informar querida, mas vai ter que ir buscar sozinha, por que em favela só entra quem mora lá- disse Gilda recuando
- até que não, se eu estiver com vocês ele permitem as suas entradas, basta apenas não falarem nada e deixarem que eu eu resolva
- tem certeza, não quero levar um tiro pelas costas - falou Gilda com medo pela primeira vez
- hum, cadê aquela Gilda que eu conheci ?, aquela que não tem medo de nada, e ainda é mandona - falou Laila querendo sorrir da mulher
- é por que favela é um pouco pesada. Todas as minhas experiências foram frustrantes
- como assim ?- perguntou Laila curiosa
- vamos depois eu explico, se não conseguirmos entrar, te esperamos dentro do carro - falou a mulher terminando de coloca a última peça de roupa
Um dos ex namorados de Gilda trabalhava em uma favela. Ele dava tudo que ela queria, até que o relacionamento dos dois foi ficando abusivo, eles brigavam todos os dias, as vezes Gilda recebia alguns murros e não conseguia fazer nada por conta de seu namorado que era mais forte que ela.
Um certo dia, ela se irritou e resolveu jogar tudo para o ar. A mulher foi até a favela onde ele trabalhava, e lá ela contou para o chefe que seu namorado batia nela todos os dois. Naquela favela era permitido de tudo, apenas não era permitido bater em mulheres ou roubar alguém daquela área.
Na mesma hora o chefe da favela pediu que trouxessem o namorado de Gilda. Ele fez algumas perguntas ao homem que negou tudo. Mas para o azar dele Gilda já havia mostrado algumas marcas em seu corpo deixadas por seu namorado.
O chefe da favela, pegou uma de suas armas, e sem nem um pingo de piedade atirou na cabeça do homem. Gilda apenas permaneceu ali imóvel vendo o corpo do homem cair no chão. A mulher havia percebido que amou ver a cena, e ela queria viver mais aventuras como aquela.
Ela passou a ficar com homens daquela mesma favela, e quando discutiam, ela figia uma briga, no dia seguinte ela passava maquiagem em seu corpo para parecer que foi espancada, ou ela mesma se batia.
Com essa técnica ela conseguiu eliminar mais de quatro homens da mesma favela. Até que ela foi pega no flagra por mais um de seus namorados que tinha a casa repleta de câmeras. A mulher foi proibida de pisar o pé naquela favela novamente, caso isso voltasse a acontecer, a morte seria certa para ela.
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Manicômio Do Amor
RomanceFelipe, um homem de vinte e cinco anos, trabalha quase o dia inteiro em um hospital psiquiátrico, e as vezes faz plantões na madrugada, ou noturnos. O homem nunca duvidou da sua sexualidade, pois em sua cabeça ele gostava de mulheres desde quando na...