capítulo V : Conhecendo o caixão do vampiro

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"Não existe coisa mais confortável do que está entre os mortos, mesmo estando vivo, Edmundo ganhou na loteria ( nota-se a ironia )".

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Caspian não foi contra quando Edmundo sugeriu voltar para seu apartamento, talvez ficar na Suíça seja perigoso demais para ele depois do que aconteceu aquela noite, ficar em casa talvez seja a melhor escolha.

As sombras voltaram bem rápido ao corpo de Caspian mas na primeira oportunidade o largaram para ficar com Edmundo, o mortal reclamava para tirar elas porque precisava urgentemente de um banho, elas grudaram nele assim como um carrapato.

- Não sei se você sabe mas certos tipos de mortais precisam de privacidade em um banho, tirar a roupa com elas presas em mim não me parece muito confortável - Reclamou Edmundo, Caspian só soube sorrir diante da expressão irritada dele.

É raro o deus se sentir intimidado por alguém e não é um mortal que o fará se sentir assim, na verdade, ele ainda ressalta que Edmundo fica mais atraente estando irritado.

- E o que você quer que eu faça? Elas não vão sair, a não ser que eu tome banho com você e controle elas para_

- NÃO, só...preciso de privacidade - Edmundo disse no desespero, novamente suas bochechas queimando e vermelhas de vergonha ao imaginar ver Caspian nu, seria uma visão interessante mas isso não significa que ele queira ver - Aliás, você vai ficar morando aqui? Não tem um reino para cuidar?

- Tenho, mas ele está em boas mãos - Quando saiu, Caspian deixou seu tio no comando das almas, ele tem a certeza que Miraz cuidará de tudo, não porque confia mas Miraz pode ser controlado facilmente, a diferença de poderes entre eles dois é enorme - Enfim, seu próximo desejo seria? - Caspian se sentou no sofá, aquele móvel ainda continua desconfortável, com certeza ele precisa dar um jeito nisso se vai morar aqui por tanto tempo - Talvez um sofá novo? Isso está muito desconfortável.

- O que tem de errado com meu sofá? - Edmundo fez uma careta irritada - Comprei ele faz alguns meses.

- Comprou bem barato pelo jeito.

Edmundo revirou os olhos para aquela cena, obviamente Caspian iria reclamar, ele é um deus e deve ter tudo em mãos desde seu nascimento, nunca que ele iria ter que mover seus lindos pés pelas ruas para comprar um simples sofá, e ainda ter que juntar dinheiro para isso.

Edmundo deu todo seu suor e lágrimas para comprar aquela simples sofá, ele chorava todas as noites quando não aguentava mais por não dormir porque teria que cuidar do trabalho, tudo por um simples sofá que não é perfeito mas tem seu amor.

- E você deve morar em um Palácio de ouro, certo? - Exclamou Edmundo.

- De ouro não mas com certeza melhor que esse lugar.

Edmundo bufou e desviou o olhar, Caspian é um homem que se acha muito. Com isso uma idéia passou pela cabeça de Edmundo, ele não tem nenhum desejo em mente, talvez possa fazer seu gênio da lâmpada realizar isso para ele.

- Eu já tenho meu próximo desejo - Falou com um sorriso travesso no rosto, Caspian murmurou para que ele continuasse sem ao menos olhar para Edmundo, seus olhos estavam presos naquele vaso de flores na mesa, rosas brancas, lindas - Quero que você me leve para conhecer sua casa, ou castelo, seja lá onde você mora.

Caspian desviou o olhar do vaso para Edmundo que sorria orgulhoso por sua idéia, o deus soltou uma risadinha e fez uma careta como se perguntasse "é sério isso?", para a sua infelicidade Edmundo parece estar falando sério.

- É o meu desejo, você não pode negar - Respondeu Edmundo antes que Caspian pudesse arranjar meios para ele desistir - Eu vou querer conhecer sua casa, seu reino dos mortos.

Desejos - CASMUNDOnde histórias criam vida. Descubra agora