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Bárbara on*

- você tem certeza absoluta que você sabe pra onde
tá indo?

- não, mas se a gente se perder, a gente liga pra
Ana.

- oh gênio. - caminhei apressada para parar ao seu lado. - o seu celular não pega na índia sua besta.

Victor me olhou seriamente se perguntando se o celular realmente não pegava no local onde estávamos, por fim ele largou uma risada.

- confio nos meus dotes geográficos, eu fui um bom aluno.

- você pode até confiar mas eu não confio. - cruzei os braços ainda caminhando.

- de tanto você reclamar você vai ficar cheia de cabelos brancos, e alias, chegamos ao lugar onde eu queria te trazer então cala a boquinha um pouco, por favor. - ele revirou os olhos e eu estiquei a perna para dar um chute nele de brincadeira mas ele foi rápido e segurou meu pé. - para quetinha um pouquinho Babi,meu amor.

fiquei séria olhando para ele sem entender o que ele havia dito ou pelo menos tentando entender sua expressão facial que sorria para mim de um jeito fofo

você é um idiota. - bufei entrando no local.

Victor segurou a porta atrás de mim para que não batesse na minha cara e agradeci com um sorriso torto tentando amenizar o que eu havia dito a alguns segundos atrás.

mesmo assim ele não ficou bravo, pegou uma mesa no fundo do local e esperou que eu sentasse para se sentar.

- aqui tem um cardápio, vamos dividir? ou a gente pode escolher algo que a gente conhece e algo que a gente nunca provou, caso a gente não goste.

- quero provar essa samosa, sei la, o nome é estranho. - nós dois rimos por causa da minha pronúncia horrível.

- e eu vou pedir essas batatas fritas com queijo, deve ser a mesma coisa que lá dos estados unidos.
Victor chamou o garçom e tentou explicar o que nós queríamos, fazendo sinais pro cardápio já que nenhum de nós dois sabíamos falar o idioma deles.

- isso é estranho. - comentei sorrindo.

- o que? - ele perguntou fixando seu olhar nos meus olhos, agora a sua atenção era só pra mim.

- isso tudo, você nunca me convidou pra sair assim, só nós dois, e essa coisa de viajar o mundo é muito louco, nunca imaginei estar aqui onde eu estou.

- se você está aqui é por que mereceu, meu bem-Victor sorriu para mim. - e bom, você é lerda e não entende nada nunca.

- por que isso? todos me chamam de lerda, não entendo.

- e ainda pergunta. -  Victor revirou os olhos e sorriu novamente, ele levava tudo na brincadeira, sempre. - como vai o garoto das mensagens?

- não sei quem é ainda, mas vou descobrir. -  Victor assentiu.

- duvido muito, não tem nem uma dica? - neguei.
- pelo menos eu acho que não, mas ele já disse que me deu muitas, vai ver eu sou lerda mesmo. - dei de ombros.

o garçom colocou nossas comidas em cima da nossa mesa e agradecemos pelo atendimento,
Victor comeu um pouco da samosa e eu um pouco das batatas e invertemos os pratos, foi estranho, mas as duas coisas eram maravilhosas.

eu paguei a samosa que era mais barata por ser típica do pais e o  Victor pagou as batatas e as bebidas.

- você sabe o caminho de volta? - perguntei passando pela porta do estabelecimento com uma garrafinha de pepsi na mão.

- claro que sei, ou não me chamo Victor Augusto muito prazer

- você é um palhaço. - revirei os olhos enquanto a gente caminhava lado a lado. - você lembra qual o nome do hotel? por que tinha um monte ali, não lembro em qual paramos.

- é só ver onde o wifi conecta e pronto. - ele deu de ombros. - sinceramente eu não lembro do hotel, mas eu acho que se eu olhar eu sei qual é.

- vou confiar em você.

- se não confiar em mim, em quem mais você vai confiar? - ele olhou de lado sorrindo.

- meu deus  Victor , entendi. - gargalhei porém eu realmente não tinha entendido então dei de ombros.

caminhamos mais um pouco e logo estávamos na rua do hotel, Victor segurou seu celular na mão tentando ver onde o wifi conectava enquanto eu me matava rindo da cara dele.

- aqui, achei, é nesse aqui, tenho certeza de ter passado por essas portas.

- tem que dar o nome na recepção, qualquer coisa vão nos correr.

Victor assentiu e entrou no hotel dando nossos nomes, a mulher assentiu e deu passada para a nossa entrada.

- falei que era esse aqui, eu nunca erro.

- tá certo, você nunca erra. - sorri para ele. - muito obrigada pela noite, Victor,foi realmente incrível estar com medo de nos perder mas você mostrou que é ótimo em geografia - dei um soco de leve no seu braço. - sério mesmo, obrigada por tudo.

- podemos fazer mais vezes, é só eu estudar a cidade e pronto. - ele deu de ombros com as mãos nos bolsos e me abraçou e eu retribui o abraço. - obrigada pela noite babi, juro que se não fosse por você reclamando dos meus estudos de geografia eu teria me perdido. - ele sorriu e eu dei uma gargalhada.

- boa noite Victor.


CONTINUA.....

Anonymous | babictor Where stories live. Discover now