Lance Criminoso

Capítulo 3

Nicole 🐍

Me apoie na grade e fiquei olhando para os cantores no palco, as meninas tinham ficado na mesa.

Eu: Tu não quis brotar né? Tu não quis sentar né? Agora tu rende pra mim, na cara de pau quer ser minha mulher.- Cantei animada balançando o corpo.

Xx: Curtindo? - Alguém falou no meu ouvido e eu tomei um susto, olhando para o lado, era aquele gostoso.

Eu: Muito. - Dei um sorrisinho.

Xx: Satisfação, Leal. - Me estendeu a mão.

Eu: Nicole. - Apertei sua mão. - Satisfação...

Leal: Posso ficar aqui contigo? - me olhou dos pés a cabeça, até chegar no meu rosto e ele olhar nos meus olhos.

Eu: À Vontade. - Engoli saliva, reparando em cada detalhe do seu rosto, de perto é mais gato ainda.

Leal: É de maior? - perguntou colocando sua latinha de cerveja no chão, mantendo o contato das nossas mãos.

Eu: Não, tenho 17.

Leal: Tem carinha de novinha mesmo. - Passou a língua nos lábios.

Eu: E você tem quantos anos?

Leal: 28. - Coçou o pescoço. - Tem namorado?

Eu: Não. - Olhei para sua mão tatuada que ainda segurava a minha. - Maneira essa tatuagem.

Leal: Valeu, a tua também é foda. - Passou o polegar por cima da minha tatuagem que também era na mão. Ele ficou um tempo me olhando calado até falar. - Quais são as chances que eu tenho de ficar contigo hoje?

Senti meu rosto queimar de nervoso.

Eu: Não sei.... - Falei envergonhada.

Leal: Tô te mirando desde a hora que tu chegou, te achei gata pra caralho.

Eu: Eu também te achei um gato, mas não sei se seria uma boa a gente ficar.

Leal: O que te impede? - se aproximou mais ficando com o rosto bem perto do meu.

Eu: Minha mãe não ia gostar nenhum um pouco nem minha amiga que tá logo ali.

Leal: É só tu não contar nada pra tua mãe, hum, o que tu me diz? - Colocou uma mão no meu pescoço.

Eu: Mas e minha amig.... - Ele me interrompeu.

Leal: Esquece ela pô, vai ficar deixando de fazer os bagulhos que tu quer só porque tua amiga não vai gostar?

Olhei em direção a mesa e a Luana tava de lá me olhando com uma cara nada boa, diferente da Karen que tava com um sorrisão no rosto.

Eu: Não, foda-se ela. - Ele abriu um sorriso bem de cafajeste e me beijou.

Nossas línguas estavam em perfeita sincronia, o beijo tinha gosto de cerveja misturado com cigarro. Ele girou minha cintura e me encostou na grade, ficando com o corpo bem colado no meu. Desci com as mãos pelo seu peito coberto pela camisa da Adidas e segurei uma das suas correntes, ele sorriu entre o beijo mordendo meu lábio inferior e tocou meu cabelo, colocando a mão por dentro dele e puxando de leve, beijando com mais vontade.

Suspirei já sentindo um fogo subir pelo meu corpo.

Afastei nossas bocas e ele ficou me olhando.

Leal: Beijo bom do caralho, que isso. - passou os braços em volta da minha cintura e deu um cheiro no meu pescoço, voltando a me olhar em seguida.

Eu: Digo o mesmo, encaixou perfeitamente. - abracei seu pescoço com os braços e lhe dei um selinho.

Ele retribuiu me dando mais um o que me fez sorrir.

Leal: Essa música é foda. - Estavam cantando "Papo de Agustinho".

Concordei puxando ele para mais um beijo. Se eu pudesse ficava beijando ele pra sempre, muito maravilhoso.

Suas mãos foram parar na minha bunda mas ele nem apertou só ficou com elas paradas ali.