Chris Evans
17 de janeiro de 2018
Massachusetts, Boston.Dando mais um rolê pela escola enquanto beberico meu café fumegante tentando enrolar para não torturar meus ouvidos mais um pouco ao voltar pra sala cheia de mães e pais protegendo seus alecrins dourados que estão mais pra Tasmânia.
— Alerta de mamãe gostosa na área. — Meu melhor amigo, Léo, surge na minha frente afobado e sorridente.
— Por que não me avisou antes? — Engulo o café quente num gole só e ajeito minha blusa social. — Vamos lá! — Começamos a caminhar. — É gostosa?
— Educada.
— É gostosa?
— Cheirosa e elegante.
— É gostosa?
— É, é muito gostosa.
— Legal!
Entramos na sala de reunião do terceiro ano do ensino fundamental e meus olhos grudam na ruiva sorridente e com os quadris largos e o rosto delicado.
Ela estava em pé encostada na parede junto com as outras mães, e em sua mão continha uma bolsa preta provalmente de marca. Saltos pretos com o solado vermelho e um belo par de coxas grossas em uma saia preta colada e uma blusa social branca em que o botão praticamente fazia uma força enorme pra continuar fechado já que seus peitos pareciam querer voar do tecido.
— Obrigado, amigo. — Dou um tapinha de leve nas costas de Léo e ele sorri sapeca.
Fingimos ouvir e concordar com cada palavra que sai da boca do diretor, por longos minutos.
Escuto o sinal dos alunos para o recreio e observo a correria através da parede de vidro.
Algumas crianças passam devagarinho olhando para nós e sorrio quando vejo Noah acenando pra mim sorridente.
Aceno de volta e escuto Dicaprio prender a risada e olho para trás, vendo a ruiva acenando de volta.
— Acho que não foi pra você.
— Claro que foi! — Murmuro baixinho voltando a olhar entediado para a lousa em que o diretor explicava os horários das crianças. — Não sabia que era a mãe dele. — Léo concorda e eu coço minha barba intrigado. — É nova demais pra ser mãe.
— Agora ser gostosa impede de gerar uma criança? — Enfio meu cotovelo na costela do homem quando vejo algumas mães arregalarem os olhos curiosas achando que estamos falando de algum delas. Vejo-o esfregando o local onde bati.
...
Finalmente a reunião acabou por volta das 15h da tarde e somos liberados para voltar as aulas.
No caso não era todos os professores que ficaram já que estávamos em dia letivo, hoje eu fiquei por ter só a penúltima e a última aula para dar.
Sorrio ao ver o fluxo de crianças entrando na minha sala e respondo os "Boa tarde, professor".
— Ei! — Chamo a atenção do menininho de cabelos loiros escorridos. — Não empurra ela assim! Ela tava passando primeiro. — Corrijo-o, após ver ele bater no ombro de Melissa de forma grossa.
— Oi, Sr.Chris. — Noah me cumprimenta quando entra.
— Garoto, quantas vezes já te disse pra me chamar apenas de Chris ou professor? — Indago e vejo o rubor cor de rosa pintar as bochechas de Noah.
— Senta aqui e me conta uma coisa.
Bato minha mão contra a mesa de madeira em que eu estava apoiando e ele obedece.
— O que?
— Sua irmã veio na reunião, mas você acha que ela vai contar pros seus pais que sua nota em matemática caiu? — Pergunto jogando um verde e ele coça o cabelo curioso. A algumas semanas o menino me relatou a dificuldade enorme em entender divisão o que causou a queda em seu boletim.
— Não é minha irmã. É minha mãe! E eu acho que ela não deve ter ficado feliz, mas não consegui ver ela depois do final da reunião.
— Seu pai é bravo?
— Não tenho pai, esqueceu?!
— Estamos quites! — Estendo minha palma da mão ao menino que ri levemente e bate num hive-five. — Quer saber de uma coisa? — Ele assente. — No seu caso, que não tem irmãos... Você vai sempre ser o homem da casa.
— Sim! — Vejo um sorriso em seu rosto. — Mamãe me chama sempre pra ir matar bicho pra ela.
Bagunço seus cachos e ele ri, indo até sua mesa.
— Bom! — Estalo minha mão na outra chamando a atenção de todos. — Hoje a aula é sobre a independência do nosso querido e amado país. — Pego a caneta azul para brincar com a tampinha enquanto explico e me ajeito sob a mesa. — A independência dos Estados Unidos foi movimento de libertação do país contra a metrópole colonial, a Inglaterra. Os conflitos iniciaram em 1774 e se estenderam até 1776, quando começou oficialmente uma guerra entre Inglaterra e Estados Unidos, vencida pelos americanos em 1783.
...
Desço da minha picape quando entro na garagem do meu apartamento.
Subo as escadas enquanto olho para as paredes azuis claras com a tinta desmanchando de tão antigas.
Abro a porta e a tranco logo que entro.
Deixo as chaves na bancada da cozinha e me estico sobre o armário baixinho pegando um pacote de macarrão instantâneo.
ligo o fogão botando uma quantia de água na panela e vou para a geladeira abrindo uma garrafa de cerveja bem gelada.
Me jogo no sofá zapeando por canais enquanto beberico a cerveja e espero meu miojo ficar pronto.
O cheiro de queimado enche meu nariz e eu me levanto num pulo vendo o pano ao lado da boca do fogão pegando fogo.
Ligo a torneira e jogo ele na pia enquanto assopro meu dedo indicador.
— Merda!
Desligo o fogo e levo a panela até a sala me sentando no sofá e comendo o miojo quente assistindo Gente Grande 2.
Os capítulos podem variar na visão da Sofia e do Chris. Sempre terá um aviso no caso de troca de visão no mesmo capítulo, tá? Fiquem espertos pra não confundir kkkkkk
Continua... Beijão!
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my son's teacher - Chris Evans
FanfictionQuando Noah da uma de cupido entre sua mãe e seu professor de história. #1 em chrisevans