Capítulo 8

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         Era de madrugada, quando Morgana acordou assustada e completamente sem fôlego, por causa do pesadelo. Levou suas mãos seus fios de cabelos, tirando sua franja de sua testa, na qual se encontrava úmida pelo seu próprio suor e arfava com seus lábios carnudos e avermelhados estando entre aberto. Fechou fortemente seus olhos engolindo o nó que teria formado em sua garganta, novamente teria sonhado com morte de alguma pessoa aleatória completamente estranha para si. A jovem senhorita de Changy nunca saberia explicar sobre isso, mas após seu aniversário de 15 anos, Morgana teria começado a ter sonhos de mortes que sempre se concretizavam, além de quando tocasse em pessoas podendo ter vislumbres de seu passado. Segundo sua vó Sandra, era comum algumas ciganas acabarem desenvolvendo habilidades psíquicas após uma certa idade. Isso também foi um dos gatilhos necessários para Morgana aprender a ler linhas das mãos das pessoas e cartas de tarot, obviamente que aprendeu isso com as mulheres mexicanas que convivam no acampamento de seus avós adotivos que acolheram sua falecida mãe. Eram habilidades que exigiam muito de seu físico, fazendo com que fique exausta.

          Um suspiro arrastado escapou de seus lábios, se tinha uma coisa que aprendeu com o tempo, era que nada podia mudar umas das linhas de destinos que as pessoas possuíam, afinal essas probabilidades eram nada mais nada menos que, as consequências, das escolhas tomadas por elas, assim fazendo com que a linha de seus destinos, sejam definidas de maneira permanente.  Essa era a parte mais cruel de suas habilidades, somente podia prever e quase nunca interferir. Colocou seus pés descalços no chão, se levantando da cama, sabia que não iria conseguir voltar dormir, então decidiu fazer alguma coisa para distrair seus pensamentos conflitantes e inquietos. Pegou a sacola improvisada de roupas sujas e saiu do quarto, Morgana ainda usava sua camisola de seda verde escura e como sabia que todo mundo estaria dormindo, não iria precisar se preocupar com as pessoas lhe encarando.

A ruiva andava pelo corredor meia imersa em seus próprios pensamentos, estava ponderando quando ia começar a sua investigação sobre o tão temido “Fantasma da Ópera” de maneira silenciosa para não chamar a atenção da Madame Giry e da sua tia Meg, pois sabia que ambas dariam bronca em relação a sua curiosidade, um calafrio forte desceu por sua espinha a fazendo virar para trás, vendo o restante do corredor atrás de si vazio. Jurou a si mesma que teve a impressão de alguém a observando, franziu suas sobrancelhas confusa.

        — Eu jurava ter tido a impressão de ser observada...— murmurou para si mesma, ainda sem entender a reação de seu próprio corpo. Balançou negativamente sua cabeça, espantando qualquer pensamento paranoico que poderia ter ou surgir em sua mente. Continuou andando pelo corredor, apoiou sua mão no corrimão da escadaria que dava acesso atrás das cortinas do palco, andava pôr aquele pequeno corredor indo em direção da cozinha dos trabalhadores da Opera Garnier. Morgana saiu do cômodo, indo diretamente para o fundo estando na área improvisada que as bailarinas e as outras funcionárias usavam para lavar suas roupas ou figurino, pegou o cesto de madeira redondo colocando suas roupas dentro dele, encheu o mesmo de água enquanto pegou o sabão em barra também.

          Tirou suas roupas da sacola e as colocou dentro da água, começou a mexer nas peças de roupas molhadas fazendo movimentos de levantar e imergir dentro da água. Pegou o sabão em barra e começou a esfregar no tecido de um de seus vestidos preto, ficou esfregando a barra sobre o tecido, vendo a fina camada de sabão surgindo sobre o tecido, sem perceber começou a cantarolar baixinho o ritmo da música que teria escrito no seu diário a três noites atrás antes de passar mal no internato.

"Sua culpa não encaixa mais em mim
O seu medo não funciona mais em mim
Eu larguei esse conceito agora enfim
Eu vivo o paraíso "

Começou a cantar baixinho esfregando o tecido em suas mãos, mexeu sua cabeça um pouco para o lado fazendo com que seus fios longos ruivos escorram por suas costas pálidas. Moveu o tecido debaixo da torneira que estava aberta escorrendo a água corrente, começando a torcer a roupa, repetiu os gestos, lavando os restantes das roupas. Andou em direção ao grande varal improvisado que tinha atrás de si estendendo, suas roupas.

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⏰ Última atualização: Dec 09 ⏰

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O Fantasma da Ópera: A Cigana.Onde histórias criam vida. Descubra agora