Capítulo XV

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E vamos lá de mais um 😍❤️

Boa leituraaaaa 😁
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Simone ao menos se importou em responde-la. Acabou com o pouco de distância que as separava e selou seus lábios em um beijo calmo.

Soraya instantaneamente correspondeu, pedindo passagem com a língua, essa que foi concedida imediatamente. Suas línguas se moviam em perfeita sincronia, o beijo ia se intensificando.

Simone mordeu seu lábio inferior, arrancando um gemido satisfeito da loira que subiu suas mãos até a nuca da morena, entrelaçando-as entre os fios pretos, puxando-a ainda mais contra si.

Soraya sabia que aquele misto de sensações boas que lhe preenchiam, vinham de algo muito maior.

Simone estava sempre lhe protegendo e se preocupando com ela, lhe tranquilizava e cuidava dela. Odiava se mostrar vulnerável, mas era bom conseguir desabafar com alguém as vezes.

Ambas encerraram o beijo por falta de ar, Simone encostou suas festas, os olhos fechados e os lábios entre abertos, tentando entender o que estava acontecendo.

Por que seu coração batia tão rápido, por que tinha tanta vontade de fazer aquilo novamente?

Antes que pudesse voltar a raciocinar, Soraya tomou a atitude ao selar seus lábios mais uma vez. Dessa vez um pouco mais intenso, suas línguas brigando pela dominância.

As mãos de Simone passaram á explorar o corpo da loira, deixando um aperto de leve em sua cintura, fazendo com que a mais nova reagisse imediatamente soltando um leve gemido em meio ao beijo.

— Eu espero que isso realmente não seja por conta da bebida.- Sussurrou a mais velha, ao separar seus lábios mais uma vez em busca que ar que já lhes faltava.

— Você acha que eu seria capaz de ficar bêbada com cinco taças de vinho? - Sussurrou ainda de olhos fechados.

Não era possível, como um beijo poderia ser tão viciante?

— Na velocidade em que o bebemos...- Sussurrou de volta, pousando suas mãos no quadril da senadora.

— Eu já queria ter feito isso há muito tempo.- Foi sincera, abrindo seus olhos apenas para ver Simone lhe encarando.

Antes que pudesse falar mais algo, mais uma vez aquela tarde, Simone juntou seus lábios. Estava viciada naquele beijo e Soraya não estava muito diferente.

O beijo ficava cada vez mais intenso com o passar do tempo, Simone envolveu seus braços em volta do corpo da loira e encerrou o beijo com alguns selinhos.

Antes que pudesse falar algo, uma batida na porta se fez presente. Separaram-se e a mais velha encarou o relógio que havia ali atrás, precebendo que já se passavam das sete da noite.

Colocou a garrafa de vinho escondida e guardou as taças. Seguiu até a porta e a destrancou, Luciano estava ali com Luiz ao seu lado. O homem parecia animado, Simone deu espaço para que entrassem e fechou a porta.

— Viram os papéis sob a mesa? - O Senhor Bivar lhe questionou, tendo um assentir em resposta.— Você estará voando para o Rio de Janeiro em breve.

— Começarão os debates e você estará viajando boa parte do tempo, precisa fazer passeatas em busca de votos.-

Simone balançou a cabeça positivamente, Soraya se mantinha ali com as mãos no bolso encarando os dois homens que as encaravam desconfiados.

— Desculpem a pergunta, mas estamos atrapalhando algo? - Questionou Luiz com o olhar entre as duas ali que balançaram a cabeça negativamente.

— Certo...- Concluíu, logo encarando o relógio.— Lhe enviaremos a agenda por e-mail.

          

— Como sabia que estávamos aqui? - Questionou Simone curiosa. O homem deu um balançar de ombros antes de guardar o celular no bolso.

— Não as vi sair.- Respondeu.

— Esse ano estamos claramente entre o atual presidente e o antigo.- Simone concluiu, sentando-se em sua cadeira.

— Estamos fazendo mais sua campanha voltada á uma próxima eleição.- Contou Luciano, sentando-se na cadeira em frente a senadora.

— Oh, então pretendem me indicar em uma próxima eleição?- Questionou cuirosa, vendo um balançar de cabeça de Luíz.

— Claramente.-

— Em caso de perca nossa e a vinda de um segundo turno, podemos ficar neutras? - Soraya questionou se aproximando de Simone, apoiando a mão nas costas de sua cadeira.

— Seria uma jogada inteligente apoiar o que estiver na frente.- Senhor Bivar aconselhou, entrelaçando suas mãos em frente ao corpo.

— Me recuso á ficar a favor de alguém por posição.- Simone pontuou encostando-se na cadeira.

— Pois eu me recuso á apoiar um daqueles dois.- A loira tinha os braços cruzados, pois se recusaria á ficar ao lado de um daqueles dois.— Não está nas minhas obrigações.

— Certo, você quem decide.- Bivar afirmou, afinal, não tinha o direito de exigir o voto.— Mas que seria ótimo para um apoio dos eleitores dele em uma eleição futura, seria.

— Precisamos ir.- Concluíu Luiz, colocando seu celular na bolsa.— Já está tudo esclarecido, certo?

— Esse relacionamento tem que ir até a próxima eleição? -

Simone questionou realmente confusa, Soraya encarou o presidente de seu partido, esse que balançou a cabeça negativamente.

— Claro que não, apenas até o fim dessas eleições.- Ele afirmou.— Pós isso, vocês podem voltar a viver suas vidas normalmente.

Mas para ser sincera, talvez Soraya já não quisesse mais tanto assim voltar a viver sua vida normalmente. Ela não queria ter que parar de levar a filha mais nova da senadora para a escola.

Ou ter sua companhia á noite, ou até mesmo alguém para conversar e aconselhar. Eduarda era um amor de pessoa, conviver com ela se tornava algo tão bom.

— Tenham uma boa noite.-

— Boa noite.-

Com a saída dos dois homens dali, Simone trancou novamente a porta e voltou a sua posição de antes, apoiada em sua mesa.

— Então, você não tem um lado a apoiar? - Questionou Simone recebendo um balançar de cabeça negativo da loira.

— Melhor irmos, olha a hora.- Concluíu ao ver que ja estava á se passar das sete e meia.

Simone arrumou as coisas em seu gabinete que estavam fora do lugar e logo seguiu em direção a saída acompanhada de Soraya.

A loira tinha as mãos no bolso. A morena andava com um pequeno sorriso no rosto, algumas pessoas lhe pediam foto e ela fazia questão de tirar.

Soraya por outro lado, andava com sua habitual cara fechada. Vez ou outra abrindo um sorriso quando alguém lhe cumprimentava ou pedia uma foto.

Ao passar pelas pessoas que haviam ali, entrou em seu carro e ao fechar a porta, suspirou fundo. Não era lá a pessoa mais sociável do mundo.

Ligou o carro e começou a dirigir. Graças a hora, o trânsito estava péssimo. O silêncio entre ambas não era desconfortável.

O beijo ainda era uma das coisas que preenchia a mente das duas, afinal, nenhuma delas sabiam como entrar naquele assunto.

Contrato (Simone e Soraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora