E Todos Os Dragões Rugiram Como Um | HOUSE OF THE DRAGON

Capítulo 15

Kania reflete e recarrega.

Tyland contempla seus próximos movimentos e se apaixona.

Alicent fodeu.

Kania

Deixar o calor da sombra e da chama nunca foi tão fácil, deixou-a esgotada e seu sangue um pouco frio demais, mas Kania suportaria. Seu Deus ainda precisava dela, caso contrário ela não teria acordado do que deveria ter sido uma ferida mortal. Mas ela se sentiu indigna. Ela havia falhado com R'hllor e sua Princesa, sua Chama do Dragão.

Kania foi atacada por três homens, três homens grandes e brutos que sorriram para ela com gengivas desdentadas e sem língua. Ela não esqueceria aquela luta, como mesmo enquanto os matava, seu sangue encharcando o vermelho de suas vestes, ela rezou pela segurança dos acusados. Como ela implorou que, se morresse, sua vida garantiria a sobrevivência deles.

Mesmo agora, mesmo depois de acordar, semanas após o incidente, o ataque, ela podia sentir a mordida de aço quando separou sua carne. Ela se cansava facilmente. Ela não conseguia comer como antes, e sua mente doía tanto quanto seu corpo. Mas Kania resistiria. Seus pupilos estavam seguros, sua família estava segura. Bem, tão seguros quanto podiam estar, cercados por pessoas de lealdade questionável, com um alvo nas costas da Chama do Dragão. Kania jurou nunca sair de seu lado, mesmo que seu Deus exigisse isso dela. Mas ela sabia em seu coração, e nas chamas que ela estudou, que Ele não o faria.

Proteja ela. Guie-a. Quando os ecos do passado servirem de base para as canções do futuro, você pode descansar, meu filho.

Foi assim que ela se viu seguindo a princesa e suas primas enquanto dançavam pelo salão. Lorde Jason havia dado vários banquetes grandiosos desde sua chegada, mas este era de longe o mais extravagante. Ele estava honrando os dias do nome das crianças reais que haviam sido perdidos enquanto viajavam de fortaleza em fortaleza, enquanto abraçavam a natureza das terras pelas quais eram responsáveis. Pois não era apenas o dever de um rei ou rainha, mas um dever de todos aqueles de sangue Targaryen, aqueles com fogo em suas veias e dragões ao seu chamado, lutar contra os ventos frios.

Westeros era uma terra estranha, Kania sabia que era verdade, tão diferente de Essos com suas regras e regulamentos. Parecia que as pessoas haviam esquecido a magia da terra, que subia e descia como água em um riacho. Ele ondulou, acumulando-se em certos lugares, e era tão diferente da magia da chama e do sangue, mas não a rejeitou. Ou Aemara. No entanto, ninguém parecia perceber que seu mito e lenda eram verdade e fato.

"Você deveria estar descansando." Erryk murmurou enquanto roçava seu ombro blindado contra o dela. "Você está bem?"

"Meu Senhor provê, Ele empresta Sua força, para que eu não falhe em meu dever novamente." Kania respondeu facilmente, sorrindo enquanto Aemara girava um Baela risonho. Na verdade, ela estava exausta, e Erryk percebeu, ele sempre percebeu.

"Se você falhou, então o resto de nós também. Fomos emboscados, atacados por covardes que tentavam assassinar crianças. Embora sabendo o que faço, suspeito que não será a última tentativa."

Ela queria estender a mão e apertar a mão dele, prometer-lhe falsidades de que isso não aconteceria novamente. Mas ela não o fez. Ela não lhe daria o desserviço de mentir sobre o que todos sabiam ser a verdade. Aemara estava em perigo, não por seu status, mas por quem ela era. O que ela era. Kania não sabia se eram os feiticeiros ou alguma trama insidiosa de homens que temiam o poder no sangue da princesa. Ela estava grata por não ser um ato daquele com muitas faces. De qualquer maneira, todos os envolvidos encontrariam seu fim com chamas e aço.