Capítulo 12

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O som de risadas infantis ecoava pelos corredores da ala norte do hospital Senju. Desabituados com aquela demonstração de empolgação, todos os funcionários arranjavam um pretexto para ir até o quarto ocupado por diversas crianças solitárias e normalmente tristonhas. Surpresos observavam os rostinhos sorridentes dos pequenos que pulavam e imitavam duas marionetes que eram manipuladas com maestria por um homem ruivo enquanto a responsável pela ala estava sentada sobre uma das camas admirando a euforia das crianças.

Sakura observava maravilhada a transformação dos pequenos. Tomara a decisão certa ao deixar a desconfiança de lado e permitir que Sasori visitasse as crianças. Sabia que ele utilizava as crianças para se reaproximar, mas, naquele momento, vendo os pequenos brincando com animação pela primeira vez desde que concordara em participar daquele projeto, Sakura lhe era eternamente grata.

– Senhora Uchiha, o horário de visitas acabou. – Informou uma enfermeira que lamentava ter de dar aquela notícia. Era visível que a visita daquele homem operara um verdadeiro milagre no local.

Em coro as crianças se queixaram e cercaram o ruivo com pedidos para que não fosse. Queriam mais da magia que os dedos finos tinham sobre as criaturas de madeira.

– Pede pra ele ficar tia Sakura. – Suplicou uma menina de enormes olhos negros, rosto magro e longos cabelos negros agarrando as mãos de Sakura.

Sakura acariciou os cabelos negros de Mizu, um sorriso bondoso nos lábios, enquanto imaginava se um filho seu com Sasuke seria tão bonito quanto à menina.

Vinha pensando muito nisso nos últimos dias devido há algumas lembranças do começo do casamento. Por causa delas sabia que Sasuke sempre sonhara com filhos e, tirando a primeira lembrança, não conseguia saber o porquê de não os terem.

Antes que Sakura pudesse dizer qualquer coisa, Sasori se manifestou.

– Amanhã eu volto. – Prometeu enquanto guardada as duas marionetes em uma grande maleta.

Com muito custo às crianças deixaram Sasori sair.

– Podemos conversar? - Sakura perguntou ao acompanha-lo.

– Claro.

– Fazia tempo que não me divertia tanto.

– Elas também se divertiram.

Ficaram em um silêncio total até chegarem a grande cantina do hospital que estava parcialmente vazia. Sakura sentou e aguardou Sasori sentar antes de recomeçar a conversa.

– Obrigada por proporcionar um pouco de alegria as crianças, mas, se o fez para me reconquistar não acho que seja uma boa ideia que retorne.

Sasori a observou com atenção.

– Diz isso por causa do seu marido?

– Sim. – Confirmou sentindo uma ponta de vergonha. A atitude de Sasori, mesmo que com interesse suspeito, lhe agradara. – Sasuke não vai gostar de te ver por aqui e não vai adiantar dizer que você veio visitar um suposto amigo internado e passou por acaso na ala em que trabalho.

Sasori riu.

– Vejo que continua esperta.

Sakura sorriu.

– Sempre.

Sasori respirou fundo e, rápido, capturou a mão esquerda da rósea de modo que pudesse ver o anel que cercava o anelar da ex-namorada.

– Então sabe que não desisto fácil. – Seus olhos procuraram os verdes que o encaravam com espanto. – Podemos continuar de onde paramos. – Começou com a voz carregada de sensualidade levando a mão da Uchiha aos lábios e beijando os dedos finos. – Éramos perfeitos juntos.

SasuSaku ~ Páginas em BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora