12 - Samantha

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   Há muito tempo, em uma pequena cidade, havia uma garota chamada Samantha. Ela era tímida e solitária, com poucos amigos e não muito popular na escola. Mas o que ninguém sabia é que Samantha tinha um lado sombrio e assustador. Certa noite, a garotinha teve um surto psicótico e começou a matar todos que sabiam de sua existência. Dizem que ela matou seus pais, seus professores e até mesmo seus amigos mais próximos. Ninguém sabe ao certo o que causou esse surto, mas de acordo com as lendas, ela foi possuída por um espírito maligno que a levou a cometer esses crimes horrendos. Depois de matar todos que sabiam de sua existência, Samantha desapareceu sem deixar rastros. Mas, segundo a lenda, sua alma ainda assombra a cidade, matando todos aqueles que descobrem sua existência.

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- Já estou indo!! – Gritou Diego correndo para abrir a porta

Do outro lado estava Clarice com o livro de lendas em suas mãos, ela parecia estar bem ansiosa e nervosa, nem parecia que havia escutado assobios sinistros na noite anterior

- Eu ouvi as meninas sussurrarem sobre um tal homem corvo... – Clarice falava enquanto adentrava a casa e folheava o livro – Elas pareciam nervosas e repetiam que deviam falar com alguém...

- Primeiro, bom dia... Segundo, achei o Alan no meio da rua ontem depois de ter encontrado um senhor que queria me dar uma carta, e terceiro, o Kayo e o meu pai não voltaram para casa de madrugada, então não tenho tempo de ficar lendo livros, então vá direto ao ponto que eu já estou perto de ter um treco e ir procurá-los!

- Procurar quem? – Falou Susana que havia acabado de entrar junto de Kayo e Dário, todos pareciam não ter pregado os olhos, devido às fortes olheiras

- Eu estava preocupado com vocês, onde estavam?

- Resolvemos passar a noite no posto de gasolina, as ruas estavam bem perigosas! – Respondeu Kayo se jogando no sofá ainda trêmulo – Que noite mais louca!

- Eu que o diga! – Sussurraram Diego, Clarice e Susana

- Bom, vou subir para dar um banho no Dário! – Concluiu Susana puxando a cadeira de rodas de Dário e se direcionando para o banheiro mais próximo, o olhar que a mulher dirigia para Kayo era como uma ordem: "Não conte nada do que vimos essa noite!"

Os adolescentes que ficaram na sala apenas se entreolharam cansados, observando as olheiras uns dos outros. Cada um com uma noite pior que a do outro.

- Onde está o Erick? – Clarice rompeu o silêncio

- Na cozinha! – Respondeu Diego – Eu encontrei o Alan bem assustado na rua ontem

- Alan é o irmão mais novo do Erick, não é? – Perguntou Kayo

- Sim! Ele tinha me dito que havia uma velha que visitava ele à noite, e queria matá-lo, alguma coisa no livro de lendas da professora?

- Baba Yaga! – Kayo arregalou os olhos

- O Alan ainda é uma criança pode ser que ele tenha tido apenas um sonho, ou tenha uma imaginação fértil! – Exclamou Clarice abrindo o livro e procurando informações sobre Baba Yaga

- Explica isso para as marcas que apareceram no corpo dele, e para as coisas sinistras que vimos essa semana!

- Eu... – Kayo tentou falar

- Eu vou ver como o Erick e o Alan estão! – Diego se retirou rapidamente

Clarice cruzou os braços olhando para os lados, para cima e para baixo, tentando encontrar um assunto em comum para falar com Kayo, enquanto o garoto arranhava o sofá de nervoso por estar perto de uma garota e ódio por Diego não tê-lo escutado.

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