Capítulo 83

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POV: Perseus Heitor Jackson.

Abri meus olhos, a enorme claridade ofuscava minha vista, aos poucos fui acostumando com a luz, eu estava na sala dos tronos, no Olimpo, pode ver o braseiro ardendo extremamente baixo, nunca o vê assim, estava realmente quase apagado, quase não podia ver o fogo, vê formas turvas e ofuscadas, várias formas enormes, talvez fossem os Deuses em sua forma divina. Senti algo em meu peito, pesando, olhei para uma longa cabeleira vermelha, uma cabeça, uma cabeça de criança, enterrada em meu peito, era minha senhora Héstia, mas ela chorava, chorava compulsivamente é muito, ela estava desesperada, eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas vê-la assim, me doía, nunca vira chorar antes, pude sentir o liquido levemente quente que caia em meu peito. Acariciei seu cabelo, ela levantou sua cabeça em um salto, seus olhos vermelhos como fogo, em puro espanto, lágrimas vermelhas como lavas, desciam livremente do seu rosto, isso que molhava e esquentava meu peito, eram suas lágrimas. Héstia, tentava dizer algo, mas não conseguia, as palavras travadas em sua garganta, ela mexia a boca, mas não conseguia formar uma palavra.

---CHEGA, CHEGA. ---Gritou minha mãe, fazendo todo o Olimpo tremer e meus ouvidos doerem. Como sempre dona Hera, sendo dona Hera, ou seja, gritando com alguém. ---CHEGA DE MORTES. ---Gritou a deusa irada.

---Quem morreu? ---Perguntei inocentemente, minha voz ecoou por todo o salão, chamando a atenção de todos pra mim, então de repente todos os olhos se voltaram pra mim, quando digo todos os olhos, digo todos mesmo, passei rapidamente os olhos pela multidão, todos os doze Olimpianos estavam aqui. Todos olhos chorosos e tristes, alguns em puro espanto me olhado, o que me deixou confuso. ---O que está.... ---Mas antes que eu pudesse terminar a frase, eu vê um vulto pular em cima de mim, me fazendo rolar pelo chão, então senti o cheiro gostoso da minha mãe, ela chorava desesperadamente me apertando com um abraço de urso, que me esmagava não me deixando respirar. ---Me solta mãe, está me matando. ---Disse sem conseguir respirar, ela me soltou, mas eu preferia que ela continuasse me apertando, por que eu nem vê, apenas senti um tapa na cara, que quase me levou a nocaute. ---mãe pra que isso? ---ela não respondeu, apenas me apertou de novo em outro abraço, eu ri, nunca entendi essa bipolaridade da minha mãe, ela me batia e beijava ao mesmo tempo, chorava e ria, mas eu rir, não foi uma boa ideia, pois eu recebi outro tapa na cara, quase desmaie com esse.

---SEU IDIOTA, IMBECIL, DESGRAÇADO, IRRESPONSÁVEL. ---Gritou ela chorando, eu não estava entendo nada, ela me abraçava, depois me batia e xingava, isto estava rápido e confuso demais para eu conseguir acompanhar. Mas ela voltou a me abraçar, ainda chorando, eu não conseguia entender nada. ---Não faça mais isso, por favor, eu te amo tanto, te amo tanto. ---Disse ela chorando baixinho agarrada ao meu pescoço, eu não entendi, mas eu fiz o que meu coração mandou, a abracei forte e sussurrei no seu ouvido.

---Eu também te amo, mãe. ---Disse chorando, eu não entendia, mas eu estava emocionado também. Então senti braços pequenos me abraçando também, soltei-me da minha mãe, era minha tia Héstia, ela sorria e chorava, eu me ajoelhei e a abracei forte, eu sinceramente não entendia o que estava acontecendo. ---Tia, o que está acontecendo? ---Perguntei baixinho para ela, ela deu uma risada meio chorada e soltou-me olhando.

---Você não se lembra? ---Perguntou ela seriamente, neguei com a cabeça, ela pareceu um pouco nervosa, apreensiva, mas mesmo assim respondeu minha pergunta. ---Você estava morto, Percy. ---Disse ela, a olhei confuso, como assim estava morto? Eu estou aqui, na sala dos Tronos, no Olimpo, na minha casa. De repente eu comecei a lembrar, lembrar de tudo, fazia meses que eu não vinha para o Olimpo, quase cinco meses, estive em alto exilio, curando minha mente e meu juízo, por causa das coisas que tinha feito, lembrei de receber um ligação mental do Grover, ele precisava da minha ajuda, precisava da minha ajuda para salvar dois semideuses, Nico e Bianca Di Angelo, lembrei da luta contra o Vice-diretor, Dr. Espinheiro, que na verdade era um monstro, uma Mantícora, o sumiço dos irmãos, eu lutando contra a Mantícora, da Annabeth caindo no precipício, meu reencontro com a Zoë, Phoebe e as caçadoras, como elas agora me odiavam, principalmente Zoë, minha briga com a Bianca, Zoë e Ártemis, como fui duro e cruel com elas e disse coisas horríveis, como encontrei minha senhora Héstia, como ela me ameaçou por eu me considerar um monstro, isso eu devia lembrar para sempre, ela me mataria, depois Apolo, ele nós levou de volta ao Acampamento, depois o Caça Bandeiras, como ganhamos das caçadoras, depois o Oráculo, a missão da Zoë, minha briga com Dionísio, eu salvando a vaca serpente, Bessie, depois a conversa da Zoë e a Phoebe, como Zoë quis me proteger, minha conversa com Nico no pátio, minha promessa, prometi proteger Bianca sua irmã, eu as seguindo, montado em Blackjack, minha nova discussão com o Sr. D, depois Washington, D.C. como encontrei Dr. Espinheiro novamente, Luke e o General, Atlas, os esqueletos indestrutíveis, que me perseguiam, minha luta contra o Leão de Neméia, nossa fuga rápida com o Furgão do Acampamento, como despistamos os mortais mercenários, com a ideia da Bianca, a ajuda do Apolo, seu vagão de Trem, que ia muito veloz, meu sonho, como Héracles era um maldito e o que ele fez com a pobre da Zoë, jamais irei perdoá-lo, o pequeno vilarejo, nossa luta contra os Esqueletos, Bianca destruindo o esqueleto indestrutível, como tive certeza de que ela filha de Hades, por usar o Golpe da morte, como tivemos ajuda de algo misterioso, que segundo Grover, Phoebe e Zoë, foi Pã o deus desaparecido, que enviara o Javali da Erimantia, como eu conseguia prendê-lo, como descobri que Thalia tinha medo de altura, depois montamos nele, e ele nós levou até um vilarejo fantasma, bem se aquilo possa ser chamado de Vilarejo, como discutimos e Bianca perdeu o controle, ao saber que tinha nascido a mais de 80 anos, como eu a apaguei, usando minhas habilidades de controle de emoções, derivado da minha senhor Héstia, eu contando as minhas suspeitas a todos os outros, depois como entramos no Ferro velho dos deuses, Bianca, como ela furtou a pequena estatueta de Hades e como as coisas ficaram perigosas, quando o protótipo de Talos deu a louca, e como ele, Phoebe, meus deuses, não, eu deixei que ela morre-se, não consigo acreditar. Mais memórias inundavam minha mente, como subimos o rio do deserto até a Represa Rover, minha conversa com a Zoë, por que ela estava muito abatida, pela morte da Phoebe, já na Represa Hoover, como encontrei novamente Bessie, a vaquinha serpente simpática, como avistei os Esqueletos chegando e corri para dentro da Represa, que cá entre nós, foi uma grande idiotice, há guarda divina, Atena, minha avó, depois como fui salvo pela bela e estranha mortal, Rachel Elizabeth Dare, como ela falava como uma louca, parecendo uma metralhadora, depois lembrei, como Grover era um gênio, e nós salvou com aquela ideia brilhante, da guerra de comida, depois como fomos encurralados, no alto da Represa, próximo aos anjos metálicos inúteis, como invoquei dois novos poderes incríveis, que salvaram a meus amigos e a mim, mas era perigoso e doloroso, depois eu usando a minha Chave Hacker, para roubar um carro caríssimo, a viagem até São Francisco, as péssimas lembranças que aquela amaldiçoada cidade trazia pra mim, como precisava encontrar o monstro da profecia, tive que seguir a ideia de Apolo, como tive que encontrar aquele bendito Nereu, o velho do mar, lembrei até como ele era extremamente fétido, e nossa luta, como o derrotei, o arrastando de volta a areia, como ele nós contou aquela amedrontadora história e como aquilo me assustou, como ele sumiu e descobri que o Bessie, sim ele na verdade era macho e chamava-se o Ofiotauro, e como ele era a criatura mais pura do mundo, e como mantar aquele inocente, trazia poderes, poderes devastadores, aponto de destruir todo o Olimpo, todos os deuses, como fomos encurralados, pela Mantícora e os mercenários mortais, seu plano escroto e maléfico, que tentou Thalia, como derrotamos eles e eu destruí a Mantícora, nosso plano, minha conversa com meu pai, como ele nos ajudou, levando Grover e Bessie para o Olimpo, depois disso, voltamos para o carro, e fomos para a montanha do desespero, como vê de relance o navio demoníaco de Luke, o Princesa Andrômeda, como quase fomos reduzidos a pó, com um raio que mandou o carro pelos ares, o fazendo em pedacinhos, como entramos para o Jardim da Hespérides, mas antes disso, minha conversa com a Thalia, meu plano de não deixa-la ser o semideus da profecia, mesmo que para isso, eu tivesse que ser este, era o certo, mesmo que isso custe minha vida. Mas as memórias continuavam, caindo como bomba na minha cabeça, uma atrás da outra, nossa discussão com as escrotas Ninfas Hespérides, como tive vontade de soca-las, naqueles belos rostos, depois a ideia maluca da Zoë, e como a ideia falhou e quase custou sua vida, mas eu consegui salva-la, mas ela foi ferida, e eu curei o ferimento, e encontramos em fim, a deusa acorrentada, Ártemis, como começamos uma luta contra Atlas e seus lacaios, entre estes, Luke o filho de Hermes, ele e Thalia lutaram, enquanto eu, Zoë e Bianca, eu principalmente, como eu tive a brilhante ideia de enfrentar Atlas, como levei uma bela surra do Titã, como tive que segurar o céu e senti muita dor, muita mesmo, como Zoë levou aquele golpe e sumiu da minha vista, me enchendo de desespero, depois como Ártemis conseguiu jogar novamente Atlas em seu incrivelmente pesado, fardo de segurar o Céu, como vê Thalia acidentalmente jogar Luke do precipício, direto em rochas pontiagudas e sua forma quebrada e empalada nas rochas, o desespero da Thalia, como tive que usar meus poderes, para acalma-la, depois Ártemis, segurando Zoë, Zoë estava morrendo, minha vontade de me jogar naquele exército e morrer, do que ao ver Zoë morrer, mas como Festus me ajudou, servindo de distração para o exército de Cronos, como fugimos na carruagem lunar de Ártemis, as palavras desesperadoras da Zoë, enquanto ela morria diante dos meus olhos, como ela desistiu da vida, me enchendo de total desespero, então meu plano suicida, então me veio os últimos momentos, eu fazendo o ritual de sangue para salvar Zoë, deuses, será que funcionou? Se estou vivo, eu falhei, não, pelos deuses, não posso ter falhado. Meus olhos correram entre as pessoas, rostos tristes e chorosos, alguns me olhavam espantados, outros felizes, mas eu não dei importância a eles, cacei desesperadamente, até encontrar o rosto que aliviou meu desespero, avistei Zoë, ela me olhava ainda estática, senti um alivio tão grande quando eu a vê bem, viva, que minhas pernas se mexeram por canta própria, corre até ela a abraçando fortemente, ela me apertou contra seu corpo e chorou.

Percy Jackson o Guerreiro Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora