• Eu odeio a Lori Maddox •

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– aqui onde estamos, é os bastidores, e ali...é o palco olha... — mostrei os artistas que estavam se apresentando

– presto atenção, e o som era incrível, era estridente mas bom ao mesmo tempo. O vocalista era tão jeitoso com as mãos e os trejeitos no palco — nossa ele é tão lindo... — coro as bochechas

– que fofinha, nunca viu homem na vida — comecei a rir — você sabe quem é?

– não, quem é ele?

– é o Robert Plant....ele é tão gostoso, sou louca para ser groupie dele

– e por que não é?

– é difícil ser groupie deles, são muito famosos e concorridos.

– e quem é aquele?

– qual?

– esse aqui? — apontei para o de cabelos pretos e cumpridos

– esse haha é o Jimmy Page, o mais tarado do grupo, o mais gato e o mais concorrido

– nossa, deve der mesmo, ele toca tão bem!

– ele não toca bem só a guitarra se é que me entende — mecho meus dedos e dou risada

– não entendi

– ah deixa quieto, mas fica longe dele

– por que? — ela sai de perto da parte de trás do palco

– por que ele já tem dona — revirei meus olhos em sinal de nojo

– dona? Ele namora

– mais ou menos

– nossa que linda...— vejo uma mulher passando com um casaco de pele, saltos altos, batom vermelho nos lábios e o cabelo impecável

– essa é a Lori Maddox...a "dona" do Page, ela é uma cachorra

– olha o palavreado

– mas ela é, uma vadiazinha

– oq? Tá olhando pra mim por que, perdeu algo aqui?

– n-não, perdão...— abaixei minha cabeça

– ela estava vendo se era uma cadela ou uma cachorra passando — protejo a Sarah

– inveja mata viu fofinha — ri das duas

– seu casaco é tão lindo...

– gostou? Meu amorzinho que me deu, é exclusivo! – sorri

– seu amorzinho está te colocado chifrinho

– você tá putinha, por que é groupie de segunda mão, fica com as bandinhas pobres não famosas, agora licença sua idiota, e tchau caipirinha

– aii como eu odeio essa cadela — olho a Sarah — você está bem?

– estou sim, ela é uma bobona

– vou te ensinar a xingar — dei risada do jeitinho dela —

– e você é groupie de quem?

– hoje não vou ficar com ninguém, mas gosto de vir para ouvir as músicas

– que legal, sabe eu nunca achei que iria ver um show de perto

– achei você tão legal, tão fofinha — sorri

– obrigada Catarina! Hoje o dia foi tão ruim...

– acontece nem todos os dias vão ser maravilhosos, mas você não está sozinha, fica comigo e com as meninas!

– eu agradeço, se não for incomodo

– não é não. Vem vamos para a onde eu e as meninas dormirmos.

– claro — sigo ela, e pegamos um ônibus até onde ela morava.

Chegamos no seu prédio, e era algo simples, mas eu achei tão encantador como as pessoas a tratavam, ela com sorriso no rosto conversava e respondia todos os moradores do prédio.

aqui, lar doce lar, está meio bagunçado, mas não repare nesses detalhes

– ah você tem cachorro! — faço carinho nele

– sim é o Spark nosso filhinho, se acomode, vou mostrar nosso quarto

– ela me levou até o quarto onde ela e suas amigas dormiam — nossa quantos pôsteres

– ahh sim, decoramos todas juntas — ri baixinho — olha pode ficar com essa cama!

– obrigada! — sento e coloco minha mochila, e ouço a porta de abrindo e duas meninas rindo vindo em direção ao quarto

– Catarina quem é essa?

– Melissa essa é a Sarah! Nossa nova inquilina, ela vai ficar com a gente

– prazer meninas

– prazer só na cama — rimos — brincadeira, prazer é nosso Sarah!

– então Sarah, conta de você para a gente

– ah não tem muito o que contar

– conta aí Sarah — disse Melissa tirando os sapatos e jogando pelo quarto

– bom, eu vim do interior da Inglaterra, morava em uma fazenda com meus pais

– aí que gracinha, e você tinha bichinhos?

– tinha...– sorri lembrando do meu cavalo — eu tinha um cavalo de estimação, o Snow, ele é branco, muito bonito

– aí gente meu sonho é um cara bem bonito sabe, me buscar de cavalo branco igual uma princesa!

– aham tá bom, ele vai é te levar uma vassoura igual bruxa — eu e Catarina rimos de Melissa

– aí suas insensíveis!

— dei risada junto — temos vacas, porcos e galinhas, e eu que cuidava, por que meu pai....sempre me mandou. Meu pai sempre me prendeu em casa sabe, eu nunca fui a escola como as outras crianças, nunca tive um namorado, nunca fui ao cinema....

– gente você vivia em cativeiro é?

– Melissa!!

– não tudo bem, tinha dias que eu sentia isso mesmo. Mas o que sempre me salvou era minha mãe — sorri — ela cuidava muito de bem de mim, e me incentivou no meu sonho e a vir para cá

– aí que lindo gente, queria que minha mãe fosse assim — disse Catarina

– meu sonho é ser uma modelo famosa....mas acho que isso é impossível...

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