51 - Último teste

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          Aquele era um momento que eu estava esperando para servir como um teste das intenções de Draco. Se ele realmente ia me respeitar, ou tentaria me forçar. Durante o período menstrual, os homens ficavam mais atraídos pelas mulheres. Devido a mistura do cheiro natural de fêmea e o cheiro de sangue. Os vampiros tinham mais dificuldade em controlar seus impulsos e precisavam de mais sangue para saciar a sede. Draco se alimentava dos humanos nos finais de semana e recebia a taça no intervalo das aulas, no meio de semana. Realmente agindo como eu e meu irmão sempre fizemos. Não buscava mais o êxtase. Pois sabia que comigo ele sempre sentiria.

         Desde que decidi o considerar como pretendente, eu percebia coisas que antes não havia notado. A aura dele era mais atraente para mim, do que a dos outros. Tinha uma química envolvida. Como se as energias estivessem na mesma frequência. Por isso sua companhia pareceu tão agradável. Além de nossos auras ressoarem, o que explicava ele ser tão afetado, o cheiro de seu sangue era mais convidativo. Sempre notei sua beleza e charme, porém só comecei a me sentir seduzida quando resolvi baixar a guarda e lhe dar uma chance. Antes eu o rejeitava veementemente e isso me impedia de perceber tais coisas. A mente manda no corpo. E eu tenho uma muito forte e controlada. Com a permissão na minha mente, meu corpo começou a reagir. Senti falta de segurar suas mãos e afagar o seu cabelo. Gostava de abraçá-lo. Queria mordê-lo. E me arrepiava quando ele me mordia. Além de sentir que o prazer da mordida estava se intensificando. Já não era montanha russa e sim, um pulo de bungee jumping. Mas continuava apenas o formigamento na barriga. Ainda não havia sentido o tal efeito na intimidade que tia Sabrina explicou. Era inegável que estávamos aos poucos nos tornando mais próximos e criando vínculo. Minha insegurança estava travando de me apaixonar. Mas se ele passasse no teste eu estaria tranquila para lhe entregar o meu coração. Pois saberia que ele faria o mesmo. Não precisava abrir mão disso, já que para ele, eu dizer sim era o suficiente e não precisava ceder em mais nada.

           Caminhei decidida na direção dele. Que já estava na fila aguardando sua taça de sangue. Tomás estava de mãos dadas comigo, como sempre.

          Draco olhou para mim. Seus olhos estavam vermelhos. Notei ele engolindo em seco. Prova do desconforto em sua garganta. Respirou fundo, fechou os olhos e se virou para a frente. Acompanhando a fila.

           Tomás me ofereceu sua taça.

           _ Não, meu irmão. Sabe que me preocupo com você também. Esteja alimentado que mais tarde eu vou precisar te morder.

           _ Tudo bem. Imagino que agora o Draco vá lhe pedir para não compartilhar com os outros primos. Então terá apenas meu sangue e o dele.

           _ Depois de insistir tanto que compartilhássemos fora do núcleo biológico, ele finalmente entendeu.

           Draco se manteve distante. E após devolver a taça vazia, foi para a sua próxima aula.

           Eu e meu irmão fomos para o jardim. Pois já não tínhamos as aulas extras.

           Nossos amigos nos encontraram ali. Leonard deitou-se na grama. Com a cabeça no colo da irmã. Tomás estava com a cabeça apoiada no meu ombro. E eu fiz carinho no seu rosto e afaguei o seu cabelo.

          _ Meu pai disse que a reunião do conselho foi impressionante. A confiança do rei no Lorde Viktor, desconcertou os que são contra o formato de seu clã. Ficamos curiosos sobre como ele pretende lidar com os rebeldes. _ Leonard disse.

         _ Nós conversamos. _ Tomás contou.

         _ Sério? E o que resolveu? _ Barbara perguntou.

Is It Love? CristinaOnde histórias criam vida. Descubra agora