Enquanto Anthony fazia amizades na Lufa-Lufa, seduzia garotas (e garotos), entrava para o time (como batedor, assim como seus pais) e aprontava junto dos gêmeos Weasley, Sirius seguia em seu dilema amoroso. Ver Bella com Charlie, cada vez mais próxima dele, era terrivelmente dolorido. E o aperto no peito de Sirius aumentou quando ele soube sobre o que eram as pesquisas dela e do professor Slughorn. Ela acabou contando que estavam em busca de uma cura.
- Assim posso ter uma vida normal, seguir em frente de verdade. Posso até me permitir, talvez, me apaixonar e... Casar.
Casar? Ela pensava, ela havia então desistido de Sirius? E se Charlie estivesse a conquistando? Por que ela olhou nos olhos dele quando mencionou se apaixonar? Sirius tinha tantas perguntas e se via indisposto a desistir dela, mas ao mesmo tempo impossibilitado de perdoa-la. Era terrível, mas ele teria de lidar com as consequências de suas decisões.
- Espero muito que consiga a cura, se isso lhe trouxer paz. - Arthur disse. - Se lhe trouxer felicidade e se essa felicidade por um acaso puder ser com meu filho, ficaria feliz e orgulhoso de tal. Com todo respeito, claro. - Finalizou ele, olhando para Sirius.
O Black o olhou com um sorriso, demonstrando que não se sentiu ofendido. No entanto olhou para Bella em seguida, sentindo seu peito se afundar. E a cada dia que passava, quando ela não estava na companhia de Horácio, ou não havia ido visitar seu tio ou as amigas (especialmente Lilith, que havia ganhado seu filho, chamado de Johnny). Foram nesses dias que eles souberam que Fabrício e Gley tinham três filhos e que pretendiam os mandar para Hogwarts no ano seguinte.
Eles não contaram antes porque simplesmente achavam que todos deveriam aproveitar Anthony primeiro. Cloe, o mais velho, cabelos pretos, treze anos, pouco mais jovem que Anthony. Sarah, loira, doze anos e Meredith, também loira, onze anos. Eles mostraram fotos e falavam orgulhosos de seus filhos. Os três passaram o início das férias com os pais, depois com Maressa no Brasil, aproveitando para ver seus amigos de lá.
- Como esconderam três filhos de nós? - Sirius perguntou a Fabrício.
- Lilith e Severus já sabiam. Afinal de contas, ambos são padrinhos do Cloe. - Gley respondeu.
- E vocês tem que ver os três! - Bella falou sorrindo. - São os primos mais adoráveis do mundo! Cloe é um pequeno gênio, para a música e quadribol, claro. Sarah é tão curiosa quanto pode ser. Quer saber sobre tudo e todos, está sempre em busca de coisas novas e é ótima em astronomia, pelo o que Maressa contou.
- E Meredith? - Remus perguntou.
- Ela acabou de ir para a escola. Não sabemos muito sobre ela como estudante, mas é uma criança tão gentil e alegre! É a mais parecida com Gley na personalidade, minha afilhada.
- Então vampiros podem ter filhos com humanos? - Foi a vez de Thales perguntar.
- Podemos. Bella, querida, poderia os explicar mais sobre nós?
- Claro. - Ela ficou de pé, diante de todos na sala, ajeitou o óculos e começou. - Temos algumas fraquezas, poucas. Por exemplo, é de crença popular que não podemos andar a luz do sol, o que vocês vêem que é mentira. Não temos essa fraqueza mas não entramos em locais particulares sem sermos convidados.
- Mas sobre os filhos. Vocês não deveriam serem mortos vivos? Tudo em vocês estando morto? - Charlie perguntou.
- Não, isso é diferente. Não estamos mortos, mas somos imortais e nos alimentamos de sangue. Só "morremos", ou seja: perdemos capacidade de gerar vida, quando se passa cem anos, mais a idade que fomos transformados. Então eu "morrerei" quando fizer cento e vinte anos, se eu não encontrar a cura até lá. Meu tio seria aos cento e quarenta e cinco.
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Le Parole Lontane
Fanfiction🇮🇹 Le Parole Lontane - As Palavras Distantes 🇧🇷 Essa fanfic se passa na era dos Marotos O retorno a Hogwarts parecia comum para a garota brasileira. As férias no verão italiano haviam lhe feito bem, mas Bella ansiava por rever seus amigos e na...