- Cheguei - falou Marc, entrando na sala de artes vazia.
- Que foi? - perguntou Nathaniel, reparando que o escritor estava com um semblante chocado, parado na entrada.
- Garoto, você tá todo sujo!
- Quê? - olhou para seus braços - Ah, isso. Nem é tanto assim. Eu só tava pintando minha pintura e acabei batendo com o braço na tinta.
- Não é tanto? - riu, enquanto se dirigia a uma das mesas para pegar papel. - Amor, seu antebraço está inteiro colorido.
- Olha que já esteve pior! Comparado com isso aqui é nada - argumentou, ao mesmo tempo que Marc limpava a sujeira.
- Mas e aí, o que estava pintando? - perguntou o moreno, largando o braço e indo o abraçar por trás.
- Bem... - subitamente, Marc começou a beijar seu pescoço, fazendo Nathaniel deixar escapar risadinhas pequenas.
- Você sente cócegas aqui?
- S-sim. Marc, para! Haha!
A sala de artes da escola François Dupont era conhecida pelas cores que contia e pelos professores. Mas principalmente por aceitar todo mundo lá. Para a escola, o que tornava aquele lugar especial era os alunos que a frequentava, cada um com suas diferenças e jeitos de ser. Com mentes diferentes que, juntas ou a solo, poderiam criar obras primas. Todos amavam e respeitavam uns aos outros pois, para eles, a verdadeira arte era a de amar.
Boatos diziam que quando você entra naquele cômodo, você sai de lá com o triplo da sorte que tinha e com esperança de ainda existirem pessoas boas por aí, nesse vasto mundo onde habitam mais de 8 bilhões de seres humanos, um pouco desse número dividido pelos quatro cantos do mundo. Para outras pessoas, aquele cômodo podia ser como qualquer outro, sem valor, apenas um lugar para você se esconder das chuvas turbulentas do outono, mas para Marc e Nathaniel, aquilo valia diamante! Carregava um peso emocional muito forte para ambos, pois foram lá onde se conhecerem. Foi lá onde criaram memórias com seus melhores amigos e onde se sentiam realmente acolhidos.
O moreno não parava de beijar o pescoço de Nathaniel. Queria ouvir mais de sua risada, a que amava tanto. Queria ver mais seu sorriso, o que tanto iluminava seus dias.Foi quando o ruivo baixou sua cabeça para o beijar.
- Vai me deixar explicar minha pintura agora?
- Talvez, se me der mais um beijinho - pediu, encarando ele com cara de bobo.
Recebeu um selinho.
- Só?
- Ué, não era só um?
- Sim, mas eu não quero só selinho.
- Que tal esse agora? - perguntou, beijando seus lábios.
- Melhorou. Então, me fala, estava pintando o quê?
Nathaniel explicou para ele todos os detalhes de sua pintura, de onde tirou inspiração e como esperava que ficasse. Ficava tão feliz que tinha alguém que se interessava tanto pelos quadros que fazia. E ficava mais feliz ainda sabendo que essa pessoa era, ninguém mais ninguém menos, que seu escritor favorito, que demonstrava tanto interesse pelas coisas que fazia.
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oneshots marcaniel
Fanfictionrascunhos/oneshots de cenas que fiz do meu shipp favorito :)