VI - Parece brincadeira?

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Mais tarde naquele dia, Aurora e Taylor estavam reunidas na cama de Aurora, terminando de assistir novamente o filme Enrolados no notebook dela. Aurora, como de costume, tinha lágrimas nos olhos, e abraçava o seu stitch de pelúcia, já a Taylor abraçava a própria Aurora.

-Que ódio. Eu queria que a vida real fosse que nem esses filmes da Disney, tudo perfeitinho, tudo bonitinho e felizes pra sempre.

-Você diz isso toda vez, amor. - Taylor acariciava o cabelo dela.

-E nunca se torna igual aos filmes! - Choramingou Aurora, e Taylor deu vários beijinhos em sua cabeça.

-Claro que pode se tornar. Pensa comigo, se a sua vida já se tornou um slasher, por que ela não pode se tornar um Enrolados?

-Nossa, Taylor. Que momento incrível pra você me lembrar disso. - Aurora secou as lágrimas, fungando alto.

Taylor riu alto, dando-lhe um beijo na boca.

-Eu tô brincando, sua boba. Quer dizer... eu bem queria, mas... enfim, vamos deixar isso pra lá.

-Obrigada. - Aurora sorriu, acariciando o rosto da namorada - Que bom que eu tenho você ao meu lado...

-Que bom que eu tive a oportunidade de sobreviver até aqui, né. - Taylor deu de ombros - E agora eu tenho essa namorada gostosa pra caramba. - Taylor começou a encher o pescoço de Aurora de beijos provocativos.

-Eu vou acabar ficando com tesão desse jeito, e eu não tô no clima! - Aurora riu, afastando a cabeça dela.

-Ué, por que não? Ah... espertinha... - Taylor piscou pra ela - Eu saquei...

-Então me conta, porque nem eu saquei essa. - Aurora franziu o cenho.

-Você não quer que morramos igual àqueles casais de filmes slashers que morrem no meio do coito. Inteligente, Aurora Collins. Nem eu tinha pensado nisso!

Aurora revirou os olhos, sem poder evitar de sorrir.

-Adianta eu discordar da sua teoria? Boba. Ninguém aqui vai morrer e fim de papo.

Aurora tirou do filme, preparando-se para escolher outro logo em seguida, mas Taylor a puxou para cima dela.

-Então nesse caso, acho que um bom sexo poderia aliviar a nossa tensão...

Taylor passou a mão por dentro do couro cabelo da Aurora, dando-lhe um beijo, e Aurora apalpou o seio dela automaticamente. Entretanto, após alguns segundos, ela se afastou, ofegante.

-Deixa disso, Taylor. Eu tô falando sério, tô deprimida por causa de tudo isso. Digo... tudo o que me aconteceu, tudo o que está acontecendo... tudo isso está me trazendo memórias horríveis.

Aurora saiu de cima dela, e Taylor apoiou a cabeça na mão, reflexiva.

-Então vamos dar mole pro assassino e vamos morrer sem gozar mais uma vez?

-Sem essa, Taylor. Para, eu não quero. - Aurora se deitou, suspirando alto.

-Tudo bem. - Taylor se virou para ela, acariciando seu rosto - Eu me delicio com sua fofura angelical de qualquer forma... não precisa de muito para fazer uma Taylor feliz. - Ela sorriu.

Aurora sorriu de volta, a encarando.

-Eu não sei o que seria de mim sem você. Você é o meu anjo.

-E pensar que até pouco tempo você sonhava em obter o seu príncipe encantando. - Taylor não pôde evitar de rir.

-Ah, eu obtive a minha princesa encantada, né... - Aurora ergueu as sobrancelhas, sorrindo mais abertamente.

-Eu? Imagina! - Taylor se virou pra cima, aparentemente envergonhada - Eu sou toda errada, toda estranha. Uma garota que se declara não-binário claramente tem algum neurônio faltando no cérebro.

O Mal Retorna (LIVRO 4) - Mistérios de GreenworshOnde histórias criam vida. Descubra agora