O FAZENDEIRO POSSESSIVO - LIVRO 1

CAPÍTULO 12

É impressionante como Érica não consegue acertar algo que já falei inúmeras vezes. Não quero compromisso com ela e nenhuma mulher.
E por falar na diaba, ela acaba de entrar no meu escritório.

— Os contratos que você pediu. — Érica despejou as pastas na minha mesa.
— Como sempre, você é muito eficiente…

— Qual seu interesse nesses contratos? — Perguntou de braços cruzados.

— Não é da sua conta. Saía!

— Nossa! Hoje, você tá mais difícil do que nunca! — Revirou os olhos.

— Vá LOGO! — Gritei.

Ela sai em seguida batendo a porta do escritório.
Pego os contratos para lê-los Vejamos em que condições seu pai a deixou comigo, minha pedra preciosa.

[…]

Realmente, nesse contrato, o maior beneficiado sou eu. E isso é ótimo, para os meus planos.

Na verdade, tenho dois contratos assinados por Benjamin Smith.
O que me intriga é a pedra preciosa não lembrar de mim. Sendo que tenho um contrato com a assinatura dela. Que, aliás, é um contrato de casamento. Benjamin trouxe uns meses antes de falecer.

Flashback on

— Oliver, meu amigo. Preciso mais do que nunca da sua ajuda… Se eu não arranjar esse dinheiro, ele vai me matar. Você o conhece, sabe que ele não brinca em serviço!

— Benjamin, você só se mete em confusão. Foi por isso que encerrei nossa sociedade. Porque as merdas que você faz poderiam respingar em mim. E, além disso, que garantias você me daria? Para eu poder te emprestar tanto dinheiro? 50 milhões é uma soma alta, Benjamin.

— Oliver, eu posso te dar minha filha em casamento. Ela é uma jovem muito bonita e terá direito a metade de toda minha fortuna.

— Você só pode tá de sacanagem — Ri dessa proposta absurda. — Não vivemos mais no século passado, você está negociando um casamento para sua filha?
Aliás, ela sabe que você está fazendo isso?

Sei que na máfia ainda existem esses costumes de negociar casamentos, sei disso, pois faça negócios com a máfia italiana.

— Minha filha fará o que eu disser. Minha palavra é lei para ela.

— Quantos anos tem sua filha?

— 19 anos, daqui a alguns meses fará 20.

— Bem jovem, não acha?

— Ela pode ser jovem, mas é muito madura. Está fazendo faculdade de administração, como eu ordenei.

— Pobre garota. Ter um pai como você é um castigo.

— ME RESPEITE!

— QUEM É VOCÊ PARA VIR QUERER FALAR DE RESPEITO? Você está negociando sua filha em troca de dinheiro!

— Estou desesperado, Oliver!

— Percebe-se, porém, que para seu total desespero, não estou interessado na sua oferta. Não quero me casar com a sua filha.

— Veja uma foto dela, Oliver. Tenho certeza  que mudará de ideia.

— Não tenho interesse em casamento. Nem agora e nem nunca! Volte com uma proposta melhor, Benjamin, e assim avalio se concedo o empréstimo a você.

Dias depois…

— Oliver, aqui tenho dois contratos. Leia-os e me dê sua resposta. O prazo que ele me deu está acabando…

— Vou lê-los, volte amanhã.

Dia seguinte…

— E então? Qual é sua resposta?

— Você é inacreditável! Ainda insiste em querer negociar sua filha em troca de dinheiro?

— Você não leu as assinaturas? Ela assinou, concorda.

— E o que me garante, que você não obrigou ela a assinar? Ou até mesmo a enganou e a fez assinar sem saber?

— Que tipo de pai acha que eu sou?

— Um péssimo pai! Aliás, você bate nela?

— Está louco? Óbvio que não bato na minha filha!!! Posso não ser um pai atencioso, mas nunca encostei um dedo nela.

— Menos mal…

— E então, qual proposta você aceitará?

— Aceitarei a segunda proposta… Concedo o empréstimo. E se você não me pagar no período de quatro anos. Fico com 50% de ações da sua empresa.

— Tudo bem.

Flashback off

Benjamin Smith, 50 anos. Pai de Safira