Capítulo 1 - Antônio
-Oi Arlete... Eu já to chegando! - falei enquanto apertava o botão do elevador.
- Tudo bem doutor, vou levar eles para a sala de reunião.
- Até já Lete...
As coisas lá em casa parecem ter vida própria, mais uma vez a chave do carro sumiu fazendo eu me atrasar para uma reunião importante.
Nem mandei mensagem pra Maria Clara, ela nunca sabe mesmo.
- Lete... bom dia! A chave do carro sumiu, maior confusão... O pessoal já está na sala? - perguntei a ela largando minhas coisas em cima da mesa.
- Bom dia. Já ajeitei todos lá! Só falta o senhor mesmo. - não seria diferente, ela era muito boa.
Sai correndo com a minha bolsa, era raro eu me atrasar.
A reunião acabou umas 3 horas depois. Era a primeira do dia, e eu já estava exausto.
O dia passou rápido. Mais reuniões e duas chamadas perdidas da Clara. Com essa correria toda acabei deixando o celular na minha sala antes de sair
Já era quase nove horas da noite quando eu estava me preparando para ir pra casa e um cheiro familiar chegou até mim.
- Oi Lete, já está de saída? – ouvi sua voz.
- Estou sim, Clara. O senhor Antonio esta na sala dele. Até amanhã! - ouvi Arlete bater à porta.
Não demorou nem 2 minutos e ela entrou na minha sala. Um vestidinho preto e um salto da mesma cor, ela adorava roupas escuras.
No segundo seguinte pensei por qual motivo ela estava vestida daquela forma... tão apertada.
Fiquei pensando onde ela estava assim.
Eu precisava admitir... sou completamente obcecado pela Maria Clara.
Fizemos 8 anos de casados mês passado, mas nada mudou. Ainda sou completamente louco por ela. Meus olhos ainda se perdem nela, em qualquer lugar que eu esteja. Tudo que eu tenho pertence a ela.
- Oi... eu te liguei você ... o'que foi ... – ela me perguntou olhando para si mesma.
Fiquei avaliando ela toda.
- Nada ué! Sabe Clarinha estou aqui pensando onde você andou o dia todo com esse vestidinho. – ela me olhou.
Mesmo depois de alguns anos de casados meu tesão por ela continuava o mesmo.
Era nítido também o jeito que eu mexia com ela e isso me deixava mais louco.
- Eu trabalhei – ela disse rindo.
Fui chegando perto dela e vi seus passos para trás.
Clarinha fazia oque podia para me provocar, ela sabia muito bem da minha loucura por ela.
- Porque está indo pra trás? - ela olhou pro chão
- Não to indo... – outro passo pra trás.
Ela esbarrou no disjuntor da luz deixando minha sala iluminada apenas pela luz da lua, já que era tudo de vidro e ficava no décimo terceiro andar.
Eu me achava privilegiado pela vista, claro.
Olhei em volta toda aquela sala iluminada apenas pela luz natural.
- Foi sem querer, vou acender, amor. –antes que sua mão chegasse no botão eu segurei.
- Não vai não... só depois que me falar oque você fez durante o dia com esse vestidinho preto.
- amor ... já disse que trabalhei. Eu tive algumas reuniões com o pessoal do conselho... –nem deixei ela terminar de falar.
Reunião... com um monte de cara olhando para minha mulher. Porra...
Ela é linda. Cabelos longos e olhos claros.
Uma postura maravilhosa, peitinho redondinho acompanhado de uma cintura fina e uma bundinha durinha e gostosa. Eu perdia tudo pra ela.
