Era o dia sete agora, e no santuário principal do País dos Demônios, havia uma intensa correria dos guardas e demais protetores do local. Todos estavam com diversas armas como lanças e arcos, se preparando para qualquer invasão, se espalhando por todos os andares do santuário, bem como ao redor dele.
— Susuki. Susuki! – um homem jovem de cabelos castanho curtos e óculos chama seu colega, que parece acordar – Vamos trocar.
— Por favor. Deixe-me continuar. – pede o identificado Susuki.
— Já faz três dias que você não dorme, certo? – manda o outro.
— Tudo bem. Deixo o resto com você. – decide Susuki, que sai dali e deixa a guarda para seu colega.
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Ao amanhecer, os quatro ninjas servos de Yomi estavam em um penhasco que dava uma boa vista para o santuário principal, e Kusune ia calmamente até os demais.
— Nii-san, rápido! – exige Gitai.
— Não se desespere, não se desespere. – responde Kusune. As cobras negras então saem de seu corpo e entram na nuca dos outros três ninjas, lhes dando um reforço de chakra.
— Isso aí! – Gitai era o mais entusiasmado com aquilo, conforme as mudanças causadas pelo chakra obscuro começavam a aparecer em seus corpos, tornando-os mais demoníacos.
— As características dos chakras são como já foram ditas. – explica Kusune.
— Vamos acabar logo com isso! – Gitai ergue o enorme punho.
— Não falhem! – ordena Kusune, e os quatro se movem rapidamente dali.
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Dentro do santuário, um par de olhos se abre com medo, brilhando em um roxo caleidoscópico enquanto um pequeno sino tocava ressoando com aqueles olhos. Em seu quarto, uma garota loira de quinze anos parecia catatônica enquanto revia cenas de seu pesadelo em mente.
— "O que é isso afinal"? – pensa a garota, encarando o teto.
— Ataquem! Ataquem! – os guardas do santuário avistam os ninjas inimigos, que respondem às flechas com uma chuva de kunais, começando a empalar vários deles.
— Continuem! Reforcem a guarda dos aposentos! – ordena o líder da guarda, que então vê um de seus colegas passando rapidamente à frente – Susuki? Susuki, espere! Não vá!
O outro segue em frente, enquanto os gritos de vários dos guardas sendo empalados e cortados por variadas lâminas ninja. Mais acima, Susuki corria ao lado do líder da guarda.
— A Shion-sama teve uma premonição, certo? – Susuki fala – Eu não me importo! Se a minha vida salvar a da sacerdotisa, esse será o meu desejo!
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Enquanto eles estavam indo para os aposentos da sacerdotisa, chamada Shion, os quatro ninjas inimigos seguem sua invasão, ignorando completamente as flechadas dos guardas e seguindo com seu ataque, causando ainda mais vítimas.
— Estou entrando! Shion-sama, está ocorrendo uma invasão de inimigos! – o líder da guarda entra no quarto, acompanhado de Susuki, mas um buraco se abre no teto, e Gitai já chega batendo, jogando Susuki em uma veneziana, que cai e revela Shion, sentada em seu futon.
— Aí está você! – Gitai fala com uma voz absolutamente zombeteira, socando o líder da guarda enquanto os outros três ninjas também invadem o aposento, lançando kunais com cordas de ferro contra a loira no futon.
— Shion-sama! – grita o líder da guarda. As kunais atravessam um corpo, e sangue pinga no futon.
— Taruho! Cuide da Shion-sama...! – balbucia Susuki, enquanto Shion tinha um olhar taciturno pra baixo, sem nem olhar para o homem que abria mão de sua vida por ela, caindo de lado. Taruho então saca uma espada e se posiciona frente a Shion.
— Será que eu posso pegar a vida dessa sacerdotisa? – Kusune fala, se aproximando com seus comparsas.
— Esperem aí! – os quatro olham pra trás, vendo uma sombra se aproximando e aumentando contra o sol – Eu não vou deixar!
O loiro se aproxima e salta sobre os inimigos, pousando do outro lado frente a eles e se posicionando pra lutar, sacando uma kunai na mão esquerda.
— Aparecer assim, sem disfarçar a sua presença, e ainda gritando... – murmura Shizuku – Será que ele é forte como a gente?
— Ou talvez seja um grande idiota? – zomba Setsuna.
— Quem quer que seja, ele não é qualquer um... mas não parece. – Kusune também zomba, no que Naruto estreita o olhar, ouvindo em seguida um barulho atrás dele, no que vê o homem chamado Taruho levando Shion por uma passagem secreta.
— Muito bem, preparem-se! – brada Naruto.
— Hahahaha! Acha que pode nos deter sozinho? – zomba Gitai.
— Quem disse que estou sozinho? – Naruto sorri de volta, fazendo um selo – Tajuu Kage Bunshin no Jutsu!
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Segundos depois disso, os quatro ninjas de Yomi saltam pra fora do santuário, começando a ser perseguidos por centenas de clones do loiro.
— Um Tajuu Kage Bunshin desses... realmente ele não é qualquer um! – percebe Kusune. Os quatro pousam no pátio central do santuário, cercados pelos inúmeros clones, que estavam prontos pra avançar – Gitai! Shizuku! Setsuna! A combinação de técnicas de terra, fogo e vento!
— Hai! Doton: Tsuchi Kairou! – Gitai é o primeiro, batendo os punhos no chão e levantando grandes rochas, prendendo todos os clones em uma enorme armadilha de caverna, com uma única saída.
— Droga! Ficamos presos embaixo da terra? – os clones começam a se agitar.
— Deixo o resto com vocês. – Kusune sai dali pra ir atrás da sacerdotisa.
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— Ainda não confio nessa ideia. – diz Neji, observando de longe.
— Eu poderia ter ido também, mas... – Souichirou fala.
— Sua antipatia pela tal sacerdotisa já está ficando chata, Nagi. – avisa Sakura.
— Certo! – Naruto surge repentinamente atrás de Maya, passando o braço ao redor da cintura fina da prateada – Enquanto eles lutam com os clones, podemos ver daqui suas técnicas.
— Como chegou aqui tão rápido? – Sakura arregala os olhos.
— Se-gre-do. – brinca Maya – Faz parte do plano secreto que estivemos bolando na vinda pra cá.
— Vocês ficaram só planejando mesmo? – Bob ergue uma sobrancelha.
— Quieto, Bob. – responde Naruto, sem se alterar, assim como Maya. A prateada carregava uma Hiraishin Kunai em sua bolsa de armas, para que Naruto pudesse saltar diretamente até ela a qualquer momento, mas demoraram muito pra voltar até os outros porque deixaram os corpos falarem mais alto.