Acordei com os olhos inchados, a luz da janela invadia todo meu quarto mostrando algumas roupas bagunçadas, sentado na minha cama estava kazutora.
— Bom dia.
Ele disse sorrindo e mexendo no celular, admito que fiquei um pouco desconfortável mas estava consciente, assim sentei na cama.
— Bom dia... Oque faz aqui?
— Nossa casa lembra? — Ele diz dando de ombros.
— Sim mas por que você tá aqui, no meu quarto.
Ele olhou para o chão, parecia um pouco distante, estava completamente estranho, ainda mais do que de costume.
— Nada, só vim cuidar da minha irmãzinha.
Kazutora sai do meu quarto sem dizer mais nada, senti arrepios atrás da cabeça, ele nunca foi um irmão muito de família, na verdade ele sempre foi distante.
Após sair eu me levantei, olhei para fora da janela e observei como o dia estava lindo, na rua duas crianças corriam para lá e para cá, me bateu um sentimento de felicidade, apesar de ser algo triste eu sempre quis isso, por ser frágil eu mal saia de casa.
— O dia começa. — Disse sorrindo.
Me arrumei e desci as escadas, meu irmão não estava lá, só pensava que na segunda feira seria feriado e queria planejar algo legal.
Ao olhar ao redor notei que a casa estava arrumada, me deu a entender que Kazutora acordou bem cedo. Caminhei até a entrada, coloquei meus sapatos e sai. Pela primeira vez na minha vida eu não olhei para essa casa triste, eu olhei com felicidade, Baji me trouxe isso, me trouxe animação, movimentou tudo por aqui como um furacão, e trouxe tantas coisas positivas, eu quero esse sentimento de paz para sempre na minha vida.
A rua estava vazia, eu caminhei devagar, mas de repente avistei Hana, namorada do Draken.
— Ah, eai S/N? — Ela sorri quando me vê.
— Oi. — Disse tímida.
— Mikey me falou de você, quer dar um rolê?
— Na verdade tenho aula.
— Saudades disso haha, por causa do trabalho mal tenho tempo de estudar.
Hana era rica, a família dela era Yakuza, de forma sincera ela parecia também ter dificuldades, e mesmo assim mantinha um sorriso no rosto.
— Vem vamos — Ela disse animada.
— Ah, acho que não vai fazer mal né?
Caminhamos um pouco até chegar na moto dela, Hana me entregou o capacete, não demoramos muito e acabamos chegando em uma praça com brinquedos para criança, as coisas estavam rápidas demais, alguma coisa negativa vinha por aí. Ela desceu da moto e nos dirigimos até um banco, na nossa frente 3 crianças brincavam no trepa-trepa.
— Sabe S/N, eu sou da família do Mikey, e durante todos esses anos ele e o Kazutora se deram muito bem... Acredito que você não é burra, e pelo o que me falaram é uma enorme xereta, deve saber das coisas, bom, sendo honesta, chamei você aqui pra conversar contigo sobre algumas coisas.
Eu não conhecia ela direito, mas fiz pesquisas, como queria saber o que aconteceu com meu irmão ela estava na lista de pessoas que o conheceram, e que... Eventualmente conheceram Shinichiro. A força dessa mulher era absurda, ela dominava metade do Japão com uma gangue chamada Iazanagi, nos dados que algumas pessoas me disseram ela até mesmo é mais forte que o Mikey.
— Sei, seria sobre o Shinichiro.
— Não, ele está morto, e você não tem culpa disso, deixe de querer achar coisas onde você não tem relação.
Ela respondeu de forma rápida e concreta.
— Vim falar sobre a Wallhala, sei que conhece o Baji, meus homens viram você e ele juntos, se cuide, ontem de madrugada ouvi quando o Sano entrou em casa, ele me contou sobre uma reunião que teve.
— Reunião?
— Sim, ele reuniu o pessoal e rolou uma treta complicada entre o Takemitchy e o Baji, também entre o Kisaki.
Ela estava concentrada e olhava para mim como se analisasse cada movimento meu, eu não entendi o por que, sabia que era amiga do pessoal e namorada do Draken, mas de toda forma não entrava na minha cabeça o por que dela querer conversar logo comigo.
— Sendo direta contigo, Baji quebrou o Takemitchy no soco, e saiu da Toman.
— Oque? Ele me disse que não faria isso.
— Pois ele fez gata, e olha só, Takemitchy tá esquisitão.
Ficamos em silêncio, as crianças que brincavam foram embora.
— Já que você está tão envolvida com tudo isso achei que deveria te falar.
— Obrigada por isso.
— Relaxa... Aliás aproveita, se não quiser não precisa voltar para a aula.
— Na verdade tenho coisas para fazer na escola, você me leva?
Ela disse que sim, fomos até a escola e eu entrei, fiquei pensando o tempo todo sobre o que ela me falou, e afinal, por que? Por que o Baji saiu, eu não entendia, ele ainda tinha o plano de parar o Kisaki? Mas por que? A vida dele estava em jogo, não queria que isso acontecesse, e se o Takemitchy decidisse voltar sem me avisar eu estaria em panos muito sujos, tinha que falar com ele.
Caminhei pelos longos corredores da escola até chegar na sala dele, lá dentro ele estava sozinho olhando pela janela.
— Takemitchy... — Falei quando entrei
— Ah, oi.
— Desculpa, eu não consegui evitar dele ... — falei baixando a cabeça.
— Fica calma, não pretendo voltar para o futuro, pelo menos não até...
Uma professora entra na sala, ela pede para nós dois irmos para a aula, e de fato o Takemitchy estava estranho.
Eu fugi da escola, não tinha muito o que fazer, e eu deveria descobrir por mim mesma, mas aconteceque nos próximos 2 dias eu não vi mais o Baji, meu irmão também não voltou para casa, vi muita agitação do pessoal da Toman, mas nem mesmo o Takemitchy estava indo nas aulas, e todas as vezes que tentei visitá-lo ele não estava em casa, oque me fez sentir medo, por que tanto silêncio? Onde estavam todos?
Os dias passaram rapidamente juntamente da semana, eu estava desconfortável, não havia acontecido nada importante, Baji sumiu, eu não tinha o número dele ainda, e meu irmão também, só que o Kazutora não atendia minhas mensagens, aquilo me deixava ainda mais nervosa, mas foi durante uma tarde de sábado que a porta de casa se abriu, era meu irmão, mas ele não me disse uma palavra e foi para o quarto, eu não fui atrás dele, não parecia o momento certo de conversar. Durante a noite ele não saiu e eu decidi subir as escadas, a porta dele estava aberta, eu curiosa fui olhar, mas fui surpreendida por uma batida muito forte na minha cabeça, logo acordei, era como se tivesse se passado poucas horas, mas do lado de fora estava dia, hoje era halloween, e o mais curioso, que cheiro forte era esse vindo pela porta?
Oi galerinha de novo! Perdoa a demora, trabalho tá me consumindo! A história logo chega ao fim e eu conto com vocês para continuar! Estou muito feliz, de tantas pessoas lerem minhas histórias e poder criar esses mundos na cabeça de cada um, sei que não sou tão talentosa mas espero um dia ser. Obrigada pelo enorme carinho.
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Keisuke Baji: Livre De Algemas
FanfictionS/N Hanemya é a irmã mais nova de Kazutora, um dos fundadores da Toman. Após seu irmão ser preso ela toma conta sozinha de si mesma e da casa, sem qualquer propósito com a vida S/N vive de forma aleatória e no piloto automático, mas ao conhecer Keis...