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Eu caminhava ansiosamente pelo portão principal da mansão dos Camerons. Tinha acabado de voltar de Outer Banks depois de quatro longos anos, e meu coração acelerava com a expectativa de reencontrar Sarah Cameron, minha melhor amiga de infância.

Enquanto subia as pequenas escadas de mármore branco, uma mistura de emoções me dominava. Lembranças de todos os momentos felizes que compartilhamos inundavam minha mente. Mas também havia aquela angústia de ter estado longe por tanto tempo, imaginando como as coisas haviam mudado.Ao chegar à porta da mansão, respirei fundo, tentando acalmar meus nervos. Levantei a mão trêmula para tocar a campainha, mas antes que pudesse pressionar o botão, a porta se abriu de repente.

Sarah estava lá, com seus olhos brilhando e um sorriso largo no rosto. Seus cabelos loiros caíam livremente pelos ombros, e ela usava um vestido leve e colorido.Nos olhamos intensamente por um momento, e então o tempo pareceu parar.

Nenhuma de nós conseguia dizer uma palavra, pois as emoções transbordavam em nossos corações.Finalmente, não aguentei mais e quebrei o silêncio. Meus olhos se encheram de lágrimas de alegria.

 — Sarah! — exclamei, minha voz cheia de saudade.

— Eu senti tanto a sua falta!

Enquanto nos abraçávamos, as palavras pareciam desnecessárias. Nossos sorrisos, as lágrimas e a força do abraço transmitiam tudo o que precisava ser dito. Aquele era o reencontro que esperamos tanto tempo, e a felicidade transbordava de nossos corações. Enquanto as emoções se acalmavam, Sarah afastou-se e olhou para mim.

 — Você está de volta Mari!. Finalmente estamos juntas novamente — disse ela, com a voz embargada.

— Sim, Sarah, estou de volta e pretendo ficar — Sorri e assenti, sentindo-me em casa novamente.

Nos olhamos, compartilhando alegria e alívio por termos nos reencontrado. Sabíamos que tínhamos muito a colocar em dia. Entramos dentro da mansão com ela agarrando o meu braço, ela estava muito animada, com certeza tinha muita coisa para me contar.
                                       (...)

Depois de Sarah literalmente me contar tudo o que aconteceu enquanto estive fora ela chama para ir na praia.

— vamos na praia? podemos surfar, tenho uma prancha a mais aqui em casa. — diz Sarah animada

—Sarah Cameron sabe surfar? desde quando? — digo rindo

— Pois é, nem eu acredito nisso 

— Primeiro vou passar lá em casa para arrumar tudo e depois vamos.

— Tá bom, quando terminar tudo me manda mensagem que eu te busco. — diz me dando um abraço.
                                    (...)

Eu parei em frente à minha antiga casa, olhando para ela com um misto de nostalgia e excitação. Depois de quatro longos anos, eu finalmente estava de volta. 

Ao empurrar a porta, um aroma familiar invadiu minhas narinas, misturando-se com o cheiro de mofo acumulado.

O lugar estava coberto de poeira, como se o tempo tivesse parado desde a última vez em que estive aqui. Decidi começar pelos móveis. Com um pano úmido em mãos, comecei a limpar o sofá, removendo a poeira que se acumulou ao longo dos anos. Cada passada de pano era uma lembrança revivida, um suspiro de saudade.

Quando terminei de arrumar tudo, dei um passo para trás e olhei ao redor. Minha antiga casa estava mais viva do que nunca. Me sentei na beira da cama e respirei fundo, sentindo uma sensação de paz tomar conta de mim. Aquela casa era muito mais do que um lugar para morar. Era um santuário de memórias,eu sabia que a vida havia mudado nos últimos quatro anos, mas estar de volta àquela casa, arrumando tudo, era uma forma de me reconectar com quem eu era. 

Paradise on Earth - JJ Maybank Where stories live. Discover now