Capítulo Vinte e Um - Apatia.

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Notas do autor: Pois bem, estou de volta. Eu estava relfetindo esses dias que fazem três anos desde que comecei...quase como a claire, que iniciou no terceiro e agora esta no quinto. É um prazer ter vocês comigo nessa trajetória! Aproveitem esse capítulo, porque só temos mais quatro pela frente.
E como sempre...OUÇAM A MÚSICA!

Capítulo vinte e um - ApatiaMúsica: Change on the rise - Avi Kaplan

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Capítulo vinte e um - Apatia
Música: Change on the rise - Avi Kaplan


Claire havia sonhado com seu pai.

Já fazia um tempo desde que Claire não pensava em Régulus. Apesar de ter descoberto que seu pai estava vivo, era estranho a falta de consistência com a qual ele aparecia em sua cabeça... Era como se ele nunca tivesse estado lá. Nunca tinha passado por sua mente antes. Talvez fosse uma forma de defesa, afinal, havia tanta coisa para lidar naquele momento que a vida de seu pai desaparecido não fosse tão importante. Por mais que Claire houvesse sonhado em conhecer seu pai por toda a sua vida, a sensação que tinha em seu peito era a de que, na verdade, ela já o conhecia muito bem.

O sonho foi simples e bem tranquilo. Estavam os dois sentados em um balanço, encarando um lago congelado. Lado a lado e em silêncio. Claire olhou para ele e, então, ele sorriu em retribuição. Em sua cabeça, seu rosto jovem agora tinha rugas nos cantos dos olhos, seu cabelo negro como ébano estava mais comprido, como os de Sirius, e voava com o vento do inverno, caindo sob seu rosto. Apenas isso.

Haviam passado dois dias desde o dia dos namorados. Claire acordou mais tarde do que o costume, mas mesmo assim Anne e Kate ainda dormiam. Fulaninho, o gato de Kate, que havia passado os últimos meses internado diante uma infecção felina - vomitava bolas de pelo rosa-choque - ronronava em cima da mesa de cabeceira, com a cabeça grudada ao potinho onde Cogu e Shitake dormiam. Claire vestiu-se com rapidez e desceu para o salão comunal, onde encontrou Crabbe e Goyle conversando sentados à mesa de xadrez. Claramente não sabiam jogar e nem pretendiam; as peças estavam intactas. Draco estava no sofá, ainda com os cabelos bagunçados da noite mal dormida. O uniforme, porém, perfeitamente passado e abotoado.

-Bom dia, meninos - ela bocejou - Dormiram bem? - Claire olhou em volta, observando o namorado sorrir singelamente para ela - Pelo visto não fui a única que dormiu pouco.

-Não dormi pouco - respondeu o rapaz, lhe chamando com as mãos para sentar ao seu lado - Dormi mal.

-Goyle dormiu bem - respondeu Crabbe, lançando-lhe um olhar raivoso - Porque eu não preguei o olho. O ronco do Goyle não deixou.

Claire deixou um risinho escapar. Estava se acomodando nos ombros ossudos de Draco quando notou o broche que brilhava nos peitos de Crabbe e Goyle. Em letras garrafais estava escrito:

BRIGADA INQUISITORIAL

-O que é isso? - ela apontou.

-São brochas. - respondeu Goyle.

O Enigma do Protetor - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora