T.O.d.i.e

Todos os dias insisto esquecer

T.O.D.i.e

Todos os dias, insisto esquecer.
Acho detalhes pra me fazer não querer
Acho motivos pra fazer com que voltemos a ser estranhos.
Na verdade, os procuro, encontro, mas não saem apenas de um bloquinho de notas que levo comigo.

Os encontro, mas, para que colocá-los em prática? Tá bom como tá. Casual.
Tá, já fomos, casal.
De certa forma eu te vejo como uma chave de virada, para que eu aplique a teoria de caos

O meu all star, mesmo que azul, já não combinaria com o seu. Que nem é preto. Se quer. 
E mesmo te amando, fiquei com medo de exagerar, então, corri atrás da carreira, dinheiro, canudo.
E minha gata, mesmo você sendo, algum dia a morada dos meus sonhos, já não é mais certo estar com você.

Tu é a pessoa dos passos nas escadas, mal iluminadas pelo abajur cor de carmim.
Tu é menina veneno, enquanto eu, já passei da parte da malandragem.

Talvez em algum lugar pra relaxar, eu vou pedir, pros anjos que já cantaram nosso amor, que cantem por mim, já que é assim, daqui pra frente.

Já que ultimamente tô diferente. Já que, toda vez que bate aquela saudade, conto os grãos de areia, que sobraram de lembrança, penso um pouco, e deixo, para mim, partilhar ao mundo, o que já foi a vida boa com você.

Já virou barco de papel, que, no nosso caso não, de papel em branco, já que cores, eram marca. Marca evidente. Mas já, olho, não com sentimento dividido, nem buscando te ver.

Larissa de Bastiani